Nesta edição da seção Em off, algumas apostas para o próximo
festival de Toronto; o veredicto de Ricardo Darín; um documentário que irá
merecer sua atenção e os filmes americanos que prometem polarizar as atenções
no ano.
Darín habla...
Em entrevista concedida à edição de julho da Playboy Brasil,
o ator argentino Ricardo Darín refletiu sobre sua expressividade no cinema
argentino; disse que os Oscars vencidos pelo país pouco repercutiram em matéria
de mudanças significativas na produção cinematográfica portenha; avaliou que a
Globo, ainda que indiretamente, é prejudicial ao desenvolvimento do cinema
brasileiro; disse que Maradona é melhor que Pelé “por coração e sem hipocrisia”
e se mostrou entusiasmado com os protestos que ganharam as ruas do Brasil em
junho. “Não é preciso muita educação para saber quando se está sendo
desrespeitado”, ponderou.
Darín acha que é cultuado no Brasil mais por conta de programadores cinéfilos que "dão vez ao cinema argentino" do que por seus próprios méritos
Ela merece um filme
Malala Yousafzai, a adolescente paquistanesa que sobreviveu
a um atentado perpetrado pelo Taliban no Paquistão, será tema do novo
documentário de David Guggenheim, vencedor do Oscar em 2007 por Uma verdade
inconveniente.
Ela foi atacada por defender o direito de meninas
frequentarem escolas. O Taliban havia vetado a presença de meninas nas escolas
por entender que esse fato violava mandamentos islâmicos. Ela foi atingida com
um tiro na cabeça em outubro de 2012. Na semana retrasada, foi aplaudida de pé em
conferência das Nações Unidas em
Nova Iorque ao dizer que não irá se silenciar e pedir
engajamento da ONU pelo direito à educação.
Os filmes do ano?
Duas produções que há muito tempo já eram comentadas para a
Oscar season 2013/2014 ganharam um baita de um impulso por circunstâncias do
lado de cá das telas. O primeiro é Fruitvale station, já em cartaz nos EUA, que
mostra o último dia da vida de um jovem negro assassinado por policiais em São Francisco no último dia de 2008. Os EUA hoje vivem momento de igual tensão depois que um segurança branco
matou, em alegada legítima defesa, um jovem negro desarmado que tomou como
elemento suspeito. O segurança foi inocentado em julgamento, mas a comoção
nacional segue e o filme segue nas telas.
O outro é The fifth estate, a primeira cinebiografia de
Julian Assange a chegar aos cinemas. O filme, marcado para outubro nos EUA,
teve seu primeiro trailer revelado há poucos dias e beneficiou-se do zumzumzum
que cerca o caso Edward Snowden, ex-agente da NSA que vazou informações de inteligência
americana que comprometem o país à medida que lhe imputa acusações de
espionagem disseminada. Assange, fundador do Wikileaks, é um dos grandes
defensores de Snowden e, principalmente, desse tipo de atitude em relação às
grandes potências.
Algumas baladas de Toronto em 2013 – parte I
Can a song
save your life?
A estreia do vocalista da banda Maroon 5 no cinema? Um pouco mais do que isso. O novo filme escrito e dirigido por John Carney, cujo crédito anterior é o premiado Once, tem a produção de Judd Apatow e Mark Ruffalo e Keira Knightley como protagonistas. Além de Adam Lavine (o homem que mexe como Jagger), Catherine Keener, Hailee Steinfield e do soul man Cee Lo Green. A trama gira em torno de uma cantora em início de carreira com o coração partido (Knightley) e um produtor musical em descrédito (Ruffalo) que por artimanhas do destino se juntam para fazer boa música.
Dallas buyers club
O filme que fez Matthew McConaughey pesar menos do que Gisele Bündchen e Jared Leto desaparecer como travesti. Trata-se do novo filme de Jean-Marc Vallée (C.R.A.Z.Y – loucos de amor) sobre os anos iniciais da Aids e a luta que se seguiu para que aqueles contaminados não fossem discriminados e tivessem amplo acesso a tratamentos de saúde. O filme terá estreia de gala em Toronto.
Jude Law faz um ex-presidiário, boca suja e ladrão de cofres
que busca voltar à ativa. O filme de Richard Shepard, do divertidíssimo O
matador (2005) com Pierce Brosnan, promete recuperar o viço de Law, ultimamente
em baixa no cinema, como leading man.
James McAvoy e Jessica Chastain estrelam esse ambicioso
projeto que marca a estreia na direção e roteiro de Ned Benson. Um filme
dividido em dois tomos que conta uma história de amor a partir de duas
perspectivas.
O segundo filme de Ralph Fiennes na direção. A trama
acompanha a longa e duradoura paixão do novelista Charles Dickens (o próprio
Fiennes) com a jovem atriz Nelly Ternam (Felicity Jones) e como essa relação
afetou o seu trabalho.
O prequel, ou prequela na versão abrasileirada, de Jackie
Brown, o melhor filme menor de Quentin Tarantino. Elmore Leonard roteiriza e
Daniel Schechter dirige. Mos Def faz um jovem Samuel L. Jackson e John Hawkes
um jovem Robert De Niro. Os meliantes sequestram a mulher (Jennifer Aniston) de
um executivo de alto escalão (Tim Robbins), mas não esperavam que ele se recusasse
a pagar o resgate.
Adooooooooooro essa seção! :D
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