Justin wants it all
2011 entrou com muita gente torcendo o nariz para Justin Timberlake e termina com uma vibração bem diferente. Na música, muita gente contestava a opção de Timberlake se dedicar tanto a uma improvável carreira no cinema. Do outro lado, muita gente questionava se o ex- n´sync poderia segurar a onda em Hollywood. Justin mostrou que segura o tranco muito bem. Depois de brilhar em A rede social, estrelou comédia romântica e filme de ação. Terminou o ano dizendo que irá voltar à música em breve e com a garantia de estrelar o novo filme dos irmãos Coen. Justin quer tudo e todos querem Justin.
O novo dono do pedaço: em 2011, Justin aconteceu no cinema...
Francamente...
Já James Franco entrou em 2011 como um dos atores mais descolados do cinema atual. De quebra, teve um recorde gostoso de se ostentar. Além da indicação ao Oscar (merecidíssima) por 127 horas, o ator dividiria a tarefa de apresentar a cerimônia com a bela Anne Hathaway. E foi aí que as coisas começaram a mudar para James franco. A performance da dupla foi para lá de desagradável e enfadonha e Franco se viu na mira de toda sorte de críticos. Resultado? Sumiu do mapa. Propostas cessaram e ele foi jogar a culpa nos roteiristas da cerimônia no programa do David Letterman. E o que dizer quando se é ofuscado por um macaco no único filme que lançou em 2011?
Being Steve Soderbergh
Em 2011 alguma estrela colidiu com Saturno na casa sol de Steve Soderbergh. Metáforas astrológicas a parte, só uma sessão de descarrego poderia devolver Soderbergh ao seu estado de normalidade. E não se fala de Contágio, filme em que o cineasta imagina o impacto de uma pandemia biológica na humanidade, que foi um dos highlights do ano. Fala-se da inominável indecisão que acometeu Soderbergh. Ele entrou o ano confirmando um boato que Matt Damon deflagrara ainda em 2010: que se aposentaria após o desenvolvimento dos dois projetos que estava envolvido. No festival de Veneza, onde exibiu Contágio, disse que não se trataria de uma aposentadoria e sim de um período sabático – como conjecturou Claquete em seção Insight no início do ano. Não obstante, elegeu um novo trabalho (Magic Mike), cancelou os tais outros projetos e não falou mais em período sabático, aposentadoria, pintura (o que faria enquanto não dirigisse) ou qualquer coisa que o valha.
Vivendo a melancolia de Von Trier
Pense rápido. Qual foi o último ano que Lars Von Trier lançou algum filme e não se viu envolvido em polêmicas fabricadas pelo próprio? Isso mesmo. A resposta talvez esteja na década de 80. Em 2011, porém, o dinamarquês se superou. Como bem sabe o leitor, declarou simpatia a Hitler, descobriu-se nazista, virou persona non-grata - ainda que de mentirinha - do festival que o fez grande e antes de anunciar que não participaria mais de entrevistas coletivas se declarou um incompreendido: “Não tenho culpa se não sabem apreciar meu senso de humor”, disse à Folha de São Paulo ainda sob o embargo em Cannes. Von Trier, como atesta seu belo filme, é um sujeito de profunda e indevassável melancolia.
Scarlett em pêlo
Insegurança é mesmo uma coisa maldita. Assola até mesmo belezas como a de Scarlett Johansson. Foi a insegurança, estivesse ela presente ou não, que fez com que La Johansson tirasse fotos do próprio corpo nu e as enviasse ao então marido Ryan Reynolds. A razão de essa informação ter vindo a público foi o fato das tais fotos terem sido hackeadas e causado um grande rebuliço na internet e redes sociais. É a mesma insegurança, puseram-se a conjecturar as revistas de fofoca, que faz com que Scarlett pule de galho em galho. Só não dão deixem Sean Penn saber disso.
O ciúme mora ao lado...
Para quem não sabe, Penn e Scarlet tiveram uma curta relação de aproximadamente quatro meses. O love terminou porque o ator vencedor de dois Oscars fazia uma marcação muito cerrada.
O brasileiro de maior sucesso em Hollywood
Que nos perdoe Rodrigo Santoro e que Fernando Meirelles não nos ouça, mas o posto de brasileiro mais bem sucedido em terras estrangeiras pertence a um carioca radicado na Califórnia. Estamos falando, é claro, de Carlos Saldanha. Em 2011, ele fez uma homenagem ao Rio de Janeiro, em um momento para lá de oportuno para a cidade, com uma das animações mais rentáveis do ano. Rio consolidou o status de Midas do criador de a Era do gelo. Mas aquele filme, que ganha mais um capítulo em 2012, não era uma criação inteiramente de Saldanha. A Blue Sky e a Fox o apoiaram e Rio mostrou que Saldanha é sim um artista criativo. O bom momento foi reconhecido no Brasil, onde até estrelou campanha promocional para a Nextel. Agora é esperar se ele será o primeiro brasileiro a ganhar um Oscar de fato. As chances nunca foram tão grandes.
Tempo de Fassbender
Ninguém se despiu tanto em 2011 nos cinemas quanto Michael Fassbender. Literalmente. O alemão de ascendência irlandesa beijou muito, e fez outras coisas também, para ganhar o leão de ouro de melhor ator por Shame, filme que investiga as amarguras de um executivo nova-iorquino com compulsão sexual. Ele revisitou o clássico Jane Eyre, renovou o olhar sobre um dos vilões mais complexos da cultura pop em X-men: primeira classe e foi, finalmente, entender as compulsões sexuais na pele de Yung em Um método perigoso. Mas todos esses personagens apenas favorecem o decreto mais cristalino de 2011: é chegado o tempo de Fassbender.
O declínio de Johnny Depp
Desde 2003, Johnny Depp é visto em Hollywood como a prova de balas, de críticas ou de fracassos. Mas 2011 será lembrado como o ano que mudou essa perspectiva. Tudo bem que Jack Sparrow foi sacado para render mais um bilhão de dólares para a Disney e fazer criador e criatura ficarem cada vez mais uniformes, mas Depp seguramente já viu dias melhores.
O ano começou com a mira em Depp por causa de O turista, thriller de espionagem muito mal recebido pela crítica. Apesar da boa recepção à animação Rango, o novo projeto de Depp e do diretor Gore Verbinski (Lone ranger) se viu em maus lençóis. Aliás, o projeto que já havia sido aprovado foi posto em suspensão para uma revisão de orçamento. Algo impensável há algum tempo atrás. O fracasso retumbante de The rum diary e algumas declarações infelizes de Depp (“me sinto abusado sexualmente quando pouso para fotos”) não ajudaram a tornar sua vida algo mais palatável em 2011. E claream as razões do porque a Disney está tão reticente em relação a Lone ranger.
A virada de Colin
Colin Farrell era uma das promessas de Hollywood no alvorecer da década passada. Mas um conjunto de polêmicas e más escolhas nas telas lhe afastaram do famigerado rótulo. Olhando para 2011, é possível dizer que essa nova condição foi para lá de positiva para o irlandês com cara de mau. Em 2011 foram três trabalhos. A ponta para lá de divertida como um “cheirador” de cocaína compulsivo e bem escroto em Quero matar meu chefe, o papel de coadjuvante como o assustador vampiro Jerry no remake de A hora do espanto e como um guarda costas boca suja em London Boulevard (este ainda inédito no Brasil).
Farrell deixou a expectativa de ser um astro para trás para se assumir como um ator em busca de bons papéis e, de preferência, divertidos.
Taylor mostra o muque
Em 2011 certamente o team Taylor cresceu muito. Com a proximidade do fim da saga Crepúsculo, Taylor Lautner procura se resolver como astro de ação. Enquanto Robert Pattinson pena para se desvencilhar da aura de galã, o intérprete do lobo Jacob logo achou moradia no cinema de ação. Tudo bem que Sem saída não é aquela coca-cola gelada e não rendeu a bilheteria esperada, mas Taylor mostrou desenvoltura e segurou as pontas como principal nome no cartaz. Algo que seus companheiros de Crepúsculo ainda não conseguiram fazer. O caçulinha do trio mostrou que quer mais em Hollywood do que um conto de fadas moderno.
Taylor para a Rolling Stone americana: Mamãe quero ser um action star...
Mais um ano na vida de Brangelina
Não tem jeito. Entra ano e sai ano e só dão eles. Foram boatos de casinhos com assessoras (no caso de Brad) e pelo menos uns cinco rumores de divórcio. Estes só foram superados pelo número de rumores que davam conta de que o casal adotaria mais um rebento. A própria Angelina Jolie desmentiu os boatos (por ora) em uma reveladora entrevista à Vanity Fair. Angelina disse, também, em outra ocasião que tem poucos amigos e que todas as suas confidências são para Brad. Além de dirigir um filme, envolto em polêmicas, Jolie também se viu cercada de boatos com relação à excessiva magreza que apresentou nos últimos meses.
No meio tempo, Brad Pitt vendeu duas casas e comprou outras três. O casal viajou o mundo junto e separado, se revezou cuidando das crianças e filmando e ambos têm indicações para o próximo Globo de ouro. No final das contas foi um ano tão agitado quanto qualquer outro para o casal vinte de nossa era.
Brad Pitt e Angelina Jolie no início do mês de dezembro na premiere americana de In the land of blood and honey, que marca a estreia de Angelina como diretora e roteirista
Cada vez mais confiável
2011 começou com Matt Damon chegando aos cinemas sob as ordens de Clint Eastwood em Além da vida. Naquele filme, um sucesso de crítica moderado, ele vivia um médium em conflito com seu dom. O ano termina com Damon sob as ordens de outro cineasta de prestígio e novamente vivendo um homem em conflito. Em Compramos um zoológico, uma das melhores opções desse fim de ano nos cinemas, ele vive um viúvo que durante a elaboração do luto muda radicalmente sua vida. Compra o tal do zoológico. A colaboração com Cameron Crowe recebe críticas tão moderadas quanto as obtidas por Além da vida. Contudo, Damon parece acima do bem e do mal. Os filmes dividem opiniões. Ele não.
Tem como não amar?
A outra grande interpretação de Compramos um zoológico é de uma menina de 13 anos. Trata-se de Elle Fanning. A irmãnzinha (não em tamanho) de Dakota. Em 2011, ela pôde ser vista roubando cenas em Um lugar qualquer, Super 8 e no já citado Compramos um zoológico. Dona de um sorriso hipnótico, um charme minimalista e uma energia que desconhece limites, Elle é mais do que uma estrela em franca ascensão. Ela é a constelação toda. Ah, e ainda é talentosa que só.
Ryan facts
Faz dois anos que Ryan Reynolds foi eleito o homem mais sexy do mundo pela People. Em 2009, o mundo parecia que seria dele. Mas foi só chegar 2011 para essa impressão se dissipar. Com o fiasco de Lanterna verde, um dos maiores fracassos do ano por qualquer ângulo que se observe, Reynolds viu a ascensão de outro Ryan em 2011. O Ryan que encabeçou a lista de destaques do ano em Claquete. Trata-se de Ryan Gosling. Para todos os efeitos, ele foi o Ryan do ano.
Duelo particular dos Ryans: não precisa coçar o queixo, você ganhou com sobras...
Química para que te quero!
Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway não são um casal, mas bem que poderiam ser. Eles ocuparam o pódio da química nas telas em 2011 com a fofurice sexy em Amor e outras drogas. Também mandaram bem Justin Timberlake e Mila Kunis em Amizade colorida, Mila Kunis e Natalie Portman em Cisne negro, Matt Damon e Emily Blunt em Os agentes do destino, Ryan Gosling e Emma Stone em Amor a toda prova e Chris Evans e Anna Faris em Qual seu número? Os reprovados na matéria foram Robert Pattinson e Reese Whiterspoon em Água para elefantes, Ahston Kutcher e Natalie Portman em Sexo sem compromisso e Amanda Seyfried e Shiloh Fernandez em A garota da capa vermelha. E o que dizer dessa Natalie Portman, hein? Pelas barbas do profeta!
Natalie Portman: abusando dos créditos em química em 2011