Albert Brooks, já premiado por seu vilão em Drive, é um dos estranhos no ninho entre os principais concorrentes aos prêmios de coadjuvantes do ano
Um dos aspectos que mais chama a atenção na corrida pelo Oscar de melhor ator coadjuvante nesta temporada são os nomes dos principais postulantes. Alguns pela inusitada participação como coadjuvante em uma produção, outros por aparições completamente diferentes das que estamos habituados a vê-los.
Pegue, por exemplo, o veterano sueco Max Von Sydow. Aos 82 anos, o ator que já ostenta uma indicação ao Oscar por Pelle, o conquistador (1989), desfruta de seu melhor momento no cinema americano. Em 2010 esteve em Ilha do medo e em Robin Hood. Foram duas participações pequenas, mas marcantes. É o mesmo perfil de sua atuação em Tão forte e tão perto. Pouca gente viu o filme, mas muitos já dão como certa sua inclusão entre os cinco finalistas no Oscar. Uma indicação pelo longa de Stephen Daldry seria indissociável dessas performances potentes ainda que confinadas a papéis curtos e pequenos.
Mais surpreendente ainda é a cotação que Albert Brooks vem recebendo por Drive. Brooks é outro que ostenta uma indicação ao Oscar conquistada no longínquo anos 80. Concorreu como coadjuvante por Nos bastidores da notícia em 1988. Apesar de ter participado de filmes como Taxi driver e Laços de ternura, uma rápida olhada na filmografia do ator não deixa dúvidas. Ele é uma cria da comédia. Era justamente o contraponto que o diretor Nicolas Winding Refn estava procurando para viver o mafioso de Drive, papel que já valeu a Brooks o prêmio da crítica de Nova Iorque.
Não é de hoje que Brooks domina o expediente dramático, mas não deixa de ser irônico que seja reconhecido em termos artísticos por isso. Basta ter em mente que Jim Carrey nadou, nadou e, ao que tudo indica, morreu nessa praia.
O veterano Max Von Sydow em cena de Tão forte e tão perto: melhor momento no cinema americano |
Tom Hanks é outra escolha improvável para coadjuvante. O ator, do primeiríssimo time do cinema americano, geralmente encabeça projetos e dificilmente é visto em um papel coadjuvante. Ele abdicou dessa prerrogativa institucional dos astros para fazer um pequeno papel em Tão forte e tão perto. Por se tratar de um filme de Stephen Daldry, e de Tom Hanks, observadores e indústria cogitam uma possível indicação ao Oscar. A eventual indicação também teria efeito reparador. Afinal, Hanks não é indicado ao Oscar desde 2000 quando concorreu por Náufrago. Depois disso teve ótimas atuações em Estrada para perdição (2002) e Jogos do poder (2007), para ficar em duas que não vingaram em reconhecimento da academia. Distinguí-lo como um dos coadjuvantes do ano também seria uma forma de bombear uma carreira que já viu dias melhores. Seria a sexta indicação ao Oscar de Hanks, mas a primeira em 11 anos.
Pode ser que nenhum dos três chegue vivo à disputa pelo Oscar. Mas é interessante que nessa altura do campeonato sejam eles os polarizadores das atenções e que reúnam essas particularidades que certamente deixam a corrida muito mais emocionante.
Se tem um improvável que eu gostaria de ver na disputa é Alan Rickman!!
ResponderExcluirConcordo plenamente, Alan Rickman fez um trabalho primoroso, fez cada diálogo, cada gesto valer a pena. Seria uma surpresa bem legal.
ResponderExcluirConcordo plenamente 2.
ResponderExcluirAlna Rickman seria O improvável dos improváveis! rsrsr
Seria muito improvável mesmo gente. Francamente, eu acho muito difícil Rickman entrar na disputa. E sendo muito sincero, correndo o sério risco de linchamento aqui, ele não mereceria. Não me entendam mal. Ele está um ARRASO em HP7 -parte 2,but not that much!
ResponderExcluirAbs