Perdeu!
Uma fita de ação e espionagem com um grupo de atores descolados e piadas ligeiras parece uma boa idéia certo? Os perdedores, estrelado por Chris Evans, Jeffrey Dean Morgan e Zoe Saldanha honra essa descrição, mas não parece ter agradado o público americano. A fita ficou apenas duas semanas entre os 10 filmes mais vistos e não conseguiu se pagar. No Brasil, o lançamento já foi adiado duas vezes. A última data disponibilizada pela distribuidora brasileira é nesta sexta-feira, dia 4 de junho.
O vencedor paraguaio
No mercado cinematográfico brasileiro a discrepância proporcionada pelo 3D para aferir o campeão de bilheteria legítimo em um final de semana é ainda maior do que nos EUA. Vejam o que ocorreu neste mês de maio. No fim de semana do dia 30 de abril e do dia 7 de maio, Homem de ferro 2 teve mais público do que Alice no país das maravilhas. Contudo, a fita de Tim Burton, exibida em 3D com tíquetes mais caros, arrecadou mais. O mesmo ocorreu no final de semana seguinte. Alice arrecadou mais do que a estréia Robin Hood, embora o filme protagonizado por Russel Crowe tenha atraído mais público. Esse desnível de público e faturamento pegou de jeito o departamento de marketing dos estúdios. Agora ficou difícil dizer qual filme é o campeão de bilheteria. O que arrecadou mais dinheiro ou o que foi mais visto?
O reinado de Chico Xavier
A onda do espiritismo só faz crescer. Na TV, a novela mais bem sucedida da atualidade versa sobre o tema. Há quem diga que até mesmo a série Lost se enveredou por uma vertente espírita. De qualquer jeito, a biografia do deflagrador do espiritismo no Brasil é, ela própria, catalisadora dessa tendência. Chico Xavier, o filme, já levou mais de três milhões de brasileiros aos cinemas e continua bem posicionado no disputado ranking que conta com superproduções do verão americano. A fita de Daniel Filho é o remanescente mais longevo do top 10 nacional. Em tempo: ainda este ano estréia outro filme sobre espiritismo, As mães de Chico Xavier.
A seu, o seu dono!
Todo mundo conhece o ditado “não é para quem quer, é só para quem pode”? Pois bem, Tony Stark (Robert Downey Jr.) pode. Homem de ferro 2, além de registrar a melhor estréia do ano até aqui, bateu em módicas duas semanas o ostensivo faturamento que Como treinar seu dragão construiu em dois meses de exibição. Detalhe: e com cópias em 3D. Em precisos 13 dias de exibição nos EUA, Homem de ferro 2 recolheu U$ 211 milhões de dólares deixando Como treinar seu dragão para trás com U$ 208 milhões.
Longevidade é teu nome
E por falar em Como treinar seu dragão, a animação da Dreamworks fechou a conta de mais um mês no top 10. O filme que estreou no primeiro fim de semana de março, se despediu de maio na décima posição do Top 10 norte-americano. Um feito e tanto. Essa longevidade é rara no Box Office americano, ainda mais se considerado que estamos em plena temporada mais agitada do cinema ianque.
Não se faz um Robin Hood como antigamente
Pois é. Robin Hood, a versão radical do mito tocada pela dupla Russel Crowe e Ridley Scoot, não agradou a crítica e parece não ter agradado o público também. Depois de um fim de semana de estréia abaixo da expectativa do estúdio Universal, a fita seguiu o curso de baixo faturamento. Com o custo de U$ 200 milhões, o filme rendeu até agora U$ 140 milhões mundialmente e não demonstra fôlego para dar lucro. Nos EUA a situação é tão alarmante que a fita não parece capaz de romper a fronteira dos U$ 100 milhões (considerada providencial para superproduções evitarem o prejuízo homérico).
Ogro bom de bola
Quem se recuperou bem foi Shrek para sempre. O quarto longa do ogro verde (que também chega em 3D) estreou bem abaixo das metas do estúdio. As previsões eram em torno de U$ 100 milhões no primeiro fim de semana, mas Shrek para sempre “só” fez U$ 74 milhões. Mas a vitória mesmo viria no final de semana seguinte. Com duas estréias de peso no circuito americano (Sex and the city 2 e Príncipe da Pérsia: areias do tempo), devido ao feriado do memorial Day,Shrek parecia destinado a deixar o topo. Isso não aconteceu. Além de registrar o menor percentual de queda por sala de exibição (38%) das estréias desse verão, Shrek para sempre fez U$ 43 milhões e manteve a liderança. As estréias tiveram que brigar entre si, com cerca de 10 milhões a menos em faturamento, pelo segundo lugar. No total, a quarta aventura do ogro verde já soma U$ 134 milhões.
Não tem botox que dê jeito!
Envelhecer é uma m... diria uma famoso personagem de um programa de TV obscuro. E as meninas de Sex and the city tendem a concordar com essa máxima. O primeiro filme do quarteto de nova-iorquinas não agradou a crítica, mas acertou em cheio o público. O estarrecedor sucesso de bilheteria fez com que o segundo filme das meninas chegasse rapidinho. Mas a piada envelheceu. A decepcionante bilheteria de estréia (U$ 32,2 milhões) fica ainda mais decepcionante se comparada com a do primeiro filme (U$ 55 milhões) de dois anos atrás.
Jack Sparrow cadê você?
Jerry Bruckheimer deve estar doido para um certo pirata voltar logo. O pomposo e aguardado Príncipe da Pérsia: areias do tempo, que ele produz, estreou com a pior média de público por sala entre todas as superproduções que já debutaram nesse 2010. O que é um baita de um mau sinal. A terceira colocação no ranking também não ajudou. O filme estrelado pelo improvável herói de ação Jake Gyllenhaal faturou U$ 30 milhões neste primeiro fim de semana.