Um filme que era tido como certo desde o final do ano passado em Cannes este ano era Tree of life, novo trabalho do bissexto cineasta Terence Malick. Estrelado por dois darlings do festival, Brad Pitt e Sean Penn, Tree of life é um dos filmes mais comentados do ano nos círculos de arte. Contudo, Malick se enrolou na edição da fita e renunciou a cadeira cativa que teria na competição oficial. Diz a boca pequena que Tree of Life pode parar no festival de Veneza em setembro. Será que conta como punhalada?
Um Clint Eastwood viria a calhar
O diretor do festival de Cannes Tierry Frémaux sonhava com Clint Eastwood. Calma. O que Frémaux queria era que Hereafter, novo longa do diretor americano, ficasse pronto a tempo de integrar a lista dos filmes na briga pela Palma de Ouro. Não ficou. Hereafter ainda está em pós-produção e Cannes tem apenas uma produção americana em competição, o drama Fair game, de Doug Liman. Frémaux sonhava com Clint por se tratar de um cineasta americano cult e de muito prestígio em diferentes nichos. É dos poucos que agrada as massas e também os críticos.
Woody Allen e os antônios
É grande a expectativa em Cannes pelo novo tarbalho de Woody Allen. De seus últimos 5 longas, quatro estrearam no festival. Mesmo que tenham sido fora de competição, os filmes do diretor americano estiveram entre os que chamaram mais atenção nos corredores de Cannes. You will meet a tall dark starnger traz dois atores celebrados, e que nunca haviam trabalhado com Allen antes, em papéis coadjuvantes. O inglês Anthony Hopkins e o espanhol Antônio Banderas. Tanto Allen quanto os Antônios são aguardados em Cannes nessa semana.
Um Godard para variar
Ele não está na competição oficial, mas Jean Luc Godard tem tudo a ver com o festival mais importante do cinema. No ano em que completará 80 anos, Godard estará presente em Cannes com seu novo filme, Film socialisme. Pouco se sabe sobre a fita que integra a principal mostra paralela do evento (Um certo olhar). Especula-se que seja uma construção de Godard sobre a falência de certos ideologismos nesse começo de século.
O filme de abertura não agradou
Robin Hood, filme de abertura do 63º festival de Cannes, teve recepção morna na riviera francesa. O filme só não agradou menos a critica e aos jornalistas do que seu astro, o ator Russel Crowe, que proferiu algumas respostas irônicas aos jornalistas presentes na coletiva de imprensa. O ator chegou a dizer que se Robin Hood atuasse hoje, sua ação seria contra a mobilização da mídia.
“Nós também seremos julgados”
O presidente do júri dessa edição do festival de Cannes, o cineasta Tim Burton, mostrou-se reticente quanto a sua função. O diretor, que mais uma vez relativizou as vantagens do 3D na entrevista coletiva que deu esta tarde em Cannes, disse que ele e seus colegas de júri também estão sendo avaliados. E disse que o termo julgar não expressa bem o que farão na edição deste ano. “Somos muito sensíveis a palavra julgar. Precisamos estar abertos a tudo”, disse o cineasta.
Muito boa essa cobertura dada a Cannes !
ResponderExcluirAgora, já estava pressentindo que Robin Hood não era boa coisa, rs
Está dada a largada... Como já era esperado Robin Hood não agradou, embora tenha gente que tenha gostado do trabalho... Agora Tim Burton não sei se deveria elogiar tanto a tecnologia 3D assim não...seus fãs estão receosos com ele, desde sua Alice... vamos ver o que ele vai aprontar com a Família Adams.
ResponderExcluirABS!
Alan:E a cobertura de Cannes será diária aqui em Claquete. Stay on!
ResponderExcluirFernando:Pois é, vamos conferir Gladiado 2, digo Robin Hood, esse fim de semana.rsrs
Quanto a Burton, ele não elogiou o 3D, muito pelo contrário Fernando. Toda a oportunidade que ele tem de dimunuir e relativizar as vantagens da tecnologia, ele o faz. Até mesmo na coletiva inaugural do festival de Cannes. Lembre-se da minha matéria "Alice na visão de Tim Burton" em que ele se mostra cético e decepcionado quanto ao 3D e quanto ao filme que fez para a Disney. ABS