Atenção: A crítica foi escrita à época do lançamento do filme
Viva a caricatura!
O maior problema de Sex and the city - o filme (Sex and the City EUA 2008) adaptação dos seriado de sucesso da HBO para os cinemas, não é nem mesmo a falta de zelo e carinho com as personagens que ajudaram a solidificar o conceito de feminismo na nossa sociedade. O grande equívoco do filme está na banalização desse feito. O filme nada mais é do que uma insossa caricatura do que Sex and the city representou para a cultura americana.
Ao fazer a opção por privilegiar o merchandising despudorado abraçando as ânsias dos fashionistas e assumindo os clichês do gênero que a série tão arduamente combateu, o filme se mostra desnecessário e, por consequência, órfão do público que deu combustível a série.
No filme, reencontramos Carrie, Charlote, Samantha e Miranda, exatamente onde as deixamos. Carrie e Big, maiores vítimas do filme, põe seu amor á prova, no que se imagina, a maior provação que um casal, sabidamente feitos um para o outro, pode passar. A despeito desse arco principal, basta dizer que é totalmente infeliz. Desde a abordagem até solução. Involuntariamente, o que esse arco transmite é que as mulheres não podem contar com um felizes para sempre e que realmente não há um príncipe encantado por aí. E pior, pela solução encontrada, desenha a mulher como um bicho vulnerável e suscetível a qualquer tipo de desarranjo da ala masculina. Mais machista impossível.
A essência da série foi preservada nos arcos de Miranda e Samantha. Bem desenvolvidos, embora nunca recebessem a merecida atenção do diretor. Michael Patrick King aliás, deve ter sentido na pele o quão difícil e diferente é fazer cinema.
O saldo geral ainda é positivo. Afinal de contas, a mulherada quer é seu espaço. E sinalizou muito bem isso, conferindo uma ótima bilheteria á fita em seu fim de semana de estréia. Em uma temporada de filmes feitos para o gosto do público masculino, Sex and the City quebrou recordes. Mesmo que por vias tortas, as meninas, agora quarentonas, de Manhatan continuam a carregar e hastear a bandeira feminista.
Até hoje não conferi esse filme, e nem pretendo, rs
ResponderExcluirNada contra, mas eu sei que não vou gostar!
Não vai gostar msm. É quase impossível! rsrs. abs
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