segunda-feira, 30 de novembro de 2009
ESPECIAL ABRAÇOS PARTIDOS - Almodóvar em cinco tempos
Em um de seus primeiros trabalhos já como cineasta conhecido, embora a consagração internacional viesse no ano seguinte com seu próximo filme, Almodóvar explora a sexualidade em seu estado mais bruto. Em A lei do desejo os protagonistas Pablo (Eusébio Poncela) e Tina (Carmem Maura), que antes de ser Tina era Tino, são submetidos a um vendaval de desilusões e tragédias amorosas. Todas desencadeadas por um forte, e muitas das vezes insalubre, desejo. Incesto, transexualismo e homossexualismo formam o eixo central de uma história que se banha tanto do drama inerente aos personagens reféns de impulsos e repressões quanto de um erotismo pulsante e, invariavelmente, chocante para a época.
Mulheres a beira de um ataque de nervos (1988)
Depois de A lei do desejo, Almodóvar realizou esta comédia dramática com retoques de tragédia grega em que uma atriz vivida por Carmen Muara mergulha em crise afetiva após ser abandonada pelo amante. Ela não entende as razões para tal atitude. Almodóvar apimenta sua trama com uma fauna de personagens improváveis (um casal de classe média que se aboleta na casa da protagonista, uma nora maníaco-depressiva e até um terrorista xiita), para dar viço a um discurso feminista e de independência a certas tradições machistas. O sentimento feminino nunca tinha sido tão bem capturado e adornado com tamanha leveza e senso de humor no cinema.
Carne trêmula (1997)
Se há alguém capaz de divagar, e surpreender a cada divagação, sobre as fases e reboliços da paixão, esse alguém é Almodóvar. Em Carne Trêmula, ele desvela um emaranhado de crimes, desejos, ciúmes, impulsos e todo o tesão que move os personagens a fazer o que fazem. De casualidades a irreversibilidades, tudo em Carne trêmula é movido por sentimentos tão fugazes quanto poderosos. Vitor (Liberto Rabal) perde sua virgindade com Elena (Francesca Neri) em um ato sexual quase selvagem, de pouco minutos. Apaixona-se e põe –se a procurar por Elena. Um belo dia a encontra, mas ela não compartilha do mesmo sentimento que ele. As coisas daí em diante só se complicam. Interessante notar como Almodóvar aproxima e envolve seus personagens em uma perversa busca por afirmação emocional, que para o cineasta está diretamente relacionada a satisfação sexual.
Fale com ela (2002)
Esse talvez seja o filme mais premiado de Almodóvar. É também o que marca uma ruptura em sua filmografia. Aqui os homens, e seus conflitos, deixam de ser periféricos em sua obra para se ocuparem dela. Em Fale com ela, Marco (Dario Grandinetti) não sabe ao certo como situar seus sentimentos por Lydia, acidentada e em coma profundo, enquanto que o enfermeiro Benigno (Javier Cámara) nutre um amor platônico por Alicia, também em coma. Esses dois homens desenvolvem uma amizade e põem-se a falar entre si e com elas sobre suas aflições, temores e anseios. Um sensível retrato da consternação do macho. De quebra, Almodóvar faz implodir a platéia ao aferir a um crime, tido como covarde, a pecha de prova incondicional de amor. E faz mais. Tira desse ato, o sopro da vida. Um filme belíssimo e que muitos consideram o último grande trabalho do cineasta.
Volver (2006)
O último trabalho do diretor (antes de Abraços partidos) foi um tratado de paz com seu passado. Mais precisamente com sua mãe. A maternidade, e por consequência, a feminilidade, sempre foi um elemento forte na obra do diretor. Mas em Volver ela não é só o fio condutor, é também o objeto de análise do cineasta. Raimunda (Penélope Cruz) é dessas personagens fortes, que Almodóvar cria tão bem. Por mais que seu destino lhe pregue peças, ela se recusa a abaixar a cabeça. Raimunda, no entanto, esconde algumas mágoas e frustrações que serão remediadas quando o fantasma de sua mãe (Carmen Maura), que já estava aparecendo para sua irmã Sole (Lola Dueñas), lhe visitar para tirar o passado a limpo. Um filme sobre a capacidade de perdoar e de amar, e de como um, invariavelmente, depende do outro.
domingo, 29 de novembro de 2009
Insight
Justamente pela qualidade primorosa da grande maioria das séries em exibição na atualidade, que a comparação com o cinema vem sendo aventada. Para muitos, a TV americana chega a ser mais interessante do que o cinema ianque no momento. Exageros à parte, fato é que cada vez mais astros do cinema acham um retiro na TV. Kiefer Sutherland ( 24 horas), Gleen Close (Damages), Tim Roth (Lie to me), Sally Field (Brothers and Sisters),Patricia Arquette (Medium), Tomas Jane (Hung),Anne Heche (Hung), Gabriel Bryne (Em terapia) e Charle Sheen (Two & Half men) são alguns dos casos mais bem sucedidos dessa mudança de ares.
Com salários inflacionados, sets gigantes, orçamentos astronômicos e roteiros mirabolantes, não há muito o que distingua a produção de um filme para uma série em termos de estrutura. As ficções Lost e Fringe, ambas frutos da mente do produtor J.JAbrans, abusam de cenários grandiosos e de efeitos especiais, enquanto que o drama de época Mad men reconstitui com perfeição os anos 60 por meio de figurinos e cenários.
Mas é sem dúvida alguma, a originalidade dos roteiros, a devoção dos atores e o respeito e o espaço dispensados aos autores pelos executivos dos estúdios que têm determinado o atual padrão de excelência na tv americana.
Sobre crises e criatividade
É inegável o avanço que as séries americanas sofreram nessa década. O status de programa intelectual, cult, popular e sofisticado alcançado por algumas dessas séries é, em grande parte, fruto da crise de originalidade contumaz que abateu o cinema americano. Basta dar uma olhada nas bilheterias, ou mesmo nos últimos vencedores do Oscar, para adquirirmos convicção. As 20 maiores bilheterias da década são adaptações de games, quadrinhos ou obra literárias infanto juvenis. Enquanto que dos vencedores do Oscar de melhor filme na década, apenas Gladiador e Crash - no limite são criações originais.
Com o cinema americano apostando em fórmulas certas, restou a TV americana abrigar quem estava disposto a romper com a ordem do dia. Não surpreende que muita gente do cinema tenha seguido esse fluxo e hoje tenham encontrado paz, sucesso e reconhecimento na tv. Com a “amigável” disputa entre tv e cinema, quem ganha é você, espectador, com mais opções e mais qualidade de entretenimento.
Michael C. Hall é Dexter: Nunca houve um psicopata tão tridimensional como ele
Top 10
10 – Desperate Housewives
Depois que Beleza americana desmitificou, de forma despudorada, a felicidade dos subúrbios americanos, surgiu essa ácida série criada por Marc Cherry. Em Desperate Housewives acompanhamos o cotidiano de donas de casa, seus maridos, seus amantes e seus filhos. Desperate Housewives é um retrato eloquente da vida moderna. A série, em sua 6a temporada, ainda demonstra fôlego alinhando drama e humor em mise-èn-scene das mais inteligentes.
Onde assistir: Sony às quartas-feiras às 22:00hs e aos domingos às 22:00hs
status: 6a temporada
DVD: As cinco primeiras temporadas já estão disponíveis
9 – True Blood
Vampiros, sexo e crítica social. Parece uma combinação improvável, certo? Bem, improvável sim, mas não impossível. Alan Ball, roteirista de Beleza americana ( para ficar em um filme contumaz aqui da lista) é a mente criativa por trás da série. Na fictícia Bon Temps, o vampiro Bill começa um relacionamento com a humana Sookie. Mas a série apenas parte disso. Após os japoneses terem desenvolvido uma bebida sintética que substitui o sangue humano, os vampiros assumem sua posição na sociedade civil. Ball discute direitos humanos, preconceito e política. Sem abrir mão do sexo e do sangue.
Onde Assistir: Na HBO
Status: A segunda temporada se encerrou em setembro, a terceira está prevista para julho do ano que vem.
DVD: A primeira temporada já está disponível
Advogada inescrupulosa faz de tudo para ganhar, inclusive destruir os sonhos, e a vida, de sua pupila. Você já viu esse filme antes? Não com a pujança e brilhantismo dessa série envolvente e surpreendente. Em Damages Gleen Close brilha como a insuperável e intragável Patty Hewes. O curioso desse drama é que diferentemente de inúmeras séries jurídicas ele se passa nos bastidores, pouco se vê de tribunal. É um dos programas mais inteligentes atualmente na TV americana.
Onde assistir: AXN
Status: A segunda temporada encerrou-se em agosto e a terceira está prevista para janeiro (nos EUA)
DVD: A primeira temporada já está disponível e a segunda deve ser lançada em janeiro
7 – Dexter
Quem não gosta de um psicopata? Na dramaturgia, que fique bem claro. Pois nem Hannibal Lecter, nem Norman Bates, o psicopata mais bem desenvolvido na cultura pop americana é Dexter Morgan(soberbamente interpretado por Michael C. Hall). Em Dexter acompanhamos a rotina do personagem título. Ela se constituí entre seu trabalho, como perito da polícia de Miami, entre a família da namorada Rita e entre sua vítimas, que são psicopatas. Não tema gostar de Dexter. Ele só mata gente má.
Onde Assitir: FX
Status: A segunda temporada foi exibida no ano passado. Não há previsão para a exibição da terceira no Brasil e nos EUA a quarta está sendo exibida atualmente
DVD: As duas primeiras temporadas já estão disponíveis em DVD
6- Glee
A caçulinha da turma. Quem gosta de musicais vai adorar Glee. Quem gosta de produções que privilegiem a critica social, mas que o façam com leveza e sofisticação vai amar Glee. Glee é a nova produção de Ryan Murphy (criador de Nip/Tuck) e versa sobre um coral incomum de uma escola que aprende e ensina muito durante o ano escolar. Músicas pop em versões deliciosas, cenas belamente coreografadas e um moralismo para lá de receptivo. Entre para o clube.
Onde assistir: Fox às quartas-feiras às 22:00hs; às sextas-feiras e domingos às 21:00
Status: atualmente em sua primeira temporada
DVD: ainda não há previsão de lançamento em DVD
5- House
Não é só uma série médica. Pegue um médico ranzinza, genial, implicante e com toques de Sherlock Holmes. Consegue imaginar? Então dá para ter uma idéia de quem é o dr. Gregory House (interpretado com charme britânico por Hugh Laurie). Em House, além diagnósticos precisos e drama pessoais, podemos ver a dinâmica dos relacionamentos de House com aqueles que o cercam. E acreditem, vale a pena.
Onde Assistir: Universal às quintas-feiras às 23:00
Record às segundas feiras às 24:00
Status: Atualmente em sua 6a temporada
DVD: As cinco primeiras temporadas já estão disponíveis no formato
4- Lost
Quem nunca ouviu falar de Lost ?E quem não sabe do que trata a série? Lost talvez seja um dos maiores hits dessa década. É bem verdade que a série teve altos e baixos, mas com a proximidade do fim, a próxima temporada vai ser a última, é imperioso saber o mistério dessa ilha. A título de incentivo, os roteiristas de Lost sabem desenvolver como poucos, episódios que aliam suspense, romance, drama, comédia e ação.Além do mais a série apresenta uma galeria de personagens das mais interessantes.
Onde assistir: AXN
Status: A quinta temporada se encerrou recentemente e a sexta está prevista para fevereiro (nos EUA)
DVD: As cinco primeiras temporadas já estão disponíveis no formato
3- Californication
A promiscuidade nunca foi tão cult antes. Hank Moody é um escritor que não consegue superar seu maior sucesso nem o amor de sua vida. Se lança então em uma atitude destrutiva em que conjuga sexo, confusões, sexo, bebidas, sexo, drogas, sexo , rock n´roll, sexo e bem, você pegou a idéia. Californication resgatou o talento de David Duchovny que brilha como Hank nessa série sarcástica, inteligente e profundamente pessimista.
Onde assistir: Warner Channel
SBT aos domingos às 01:20
Status: A segunda temporada se encerrou há dois meses e a terceira temporada já está em exibição nos EUA
DVD: As duas primeiras temporadas já estão disponíveis no formato
2- Em terapia
Revolucionária é pouco para descrever essa série que teve a coragem de reinventar a forma de se assistir uma série na tv. Na série acompanhamos o terapeuta Paul (Gabriel Bryne) atendendo quatro pacientes, um por dia, e no último dia vemos ele mesmo em sua terapia. Essa inflexão proposta pela série da HBO sobre os rumos e os desafios da terapia é muito salutar. Além dos bastidores da terapia, podemos acompanhar o desenvolvimento de personagens sob uma ótica totalmente inesperada. Com texto primoroso e atores excepcionais - em sua maioria, Em terapia é um colosso de realização.
Onde assistir: HBO
Status: A segunda temporada se encerrou recentemente e a terceira está em pré-produção
DVD: Não há previsão de lançamento da série em DVD
1- Mad men
Passada nos anos 50 e 60, essa série captura o momento de afirmação do american way of life. O surgimento do feminismo e do poder da publicidade são os motes principais dessa série tão elegante quanto inteligente. Acompanhamos os bastidores de uma agência de publicidade que serve de painel para as mudanças que ocorreram na época nos EUA. Personagens maravilhosamente escritos e interpretados dão o verniz necessário para calorosas e perspicazes criticas a nossa sociedade.A de ontem, a de hoje a até mesmo a de amanhã.
Onde assistir: HBO
Status: A segunda temporada acabou há seis meses. A terceira que já se encerrou nos EUA deve chegar ao Brasil em fevereiro
DVD : A primeira temporada da série chega as lojas agora em dezembro
Quer saber mais sobre alguma dessas séries? Peça por ela nos comentários ou no e-mail de contato do blog.
sábado, 28 de novembro de 2009
ESPECIAL LUA NOVA - Repescagem
"É difícil escolher entre Edward e Jacob, os dois são especiais, mas prefiro Jacob, ele é aquela pessoa amiga que te ajuda nas horas boas e ruins!
Para mim Jake é simplesmente: um amigo leal, engraçado, divertido, corajoso, mais humano que Edward... Então transmite emoções verdadeiras, sincero, quase sempre de bom humor, sensível, principalmente protetor!
Eu sou Team Jacob por que:
ele não brilha como diamante, Jake nunca abandonaria Bella e Edward a abandonou, Jake sempre fala a verdade mesmo se Bells gosta ou não, ele sabe que tem pouca chance com Bella, mesmo assim ele não desiste, os quileutes existem para proteger os seres humanos e os vampiros matam os humanos, é interpretado por Taylor Lautner, simplesmente porque é Jacob Black!"
* Claquete agradece a Natália por seu depoimento.
De olho no futuro...
Todos anseiam por Nine
Tommy Lee faz cara de mau: Liberdade criativa ou nada feito!
ESPECIAL LUA NOVA - Ponto final
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Você viu aqui primeiro!
Cenas de cinema
Essa faz parte da galeria “sou totalmente sem noção”. O galã Teen Zac Efron, que estréia hoje nos cinemas americanos o filme Orson Welles e eu, declarou recentemente em um programa de rádio americano que quer viver um vilão de James Bond. Perguntado se alimenta esse desejo para o futuro, foi enfático. “Gostaria de ser o antagonista de Daniel Craig”. O ator de 22 anos, além de não ter nenhum senso de posicionamento, claramente não compreende o status da série. Me digam quando que um vilão em um filme de 007 foi tão fofo assim gente?
Carla Bruni diz sim
Há cerca de um mês atrás, quando estava na França promovendo seu mais recente trabalho, Tudo pode dar certo, Woody Allen declarou sua profunda admiração pela primeira dama francesa, e ex-maluquete, Carla Bruni. Falou que adoraria fazer um filme com ela. O que parecia bajulação gratuita virou um convite formal, o qual a mulher do baixinho Zarkozy aceitou essa semana.
Quem pode não ter apreciado o sim de Bruni, além do maridão, foram os produtores que tentam trazer Allen para filmar no Rio de Janeiro. Com Bruni a bordo, e o fato de Paris ser próxima de Londres (locação de seu último filme, you will meet a tall dark stranger), a França parece bem mais atraente do que o Brasil.
Corrupção ou dor de cotovelo?
Para que uns vençam, outros precisam perder. Essa certeza é tão pública e antiga quanto a descoberta do fogo, mas ainda hoje persistem os maus competidores. Aqueles que não se contentam com a derrota, por mais justificável que ela seja. É o caso do diretor James Toback,cujo documentário Tyson – sobre a vida do ex-campeão dos pesos pesados Mike Tyson, acabou de fora da lista dos 15 pré-selecionados pela academia para angariar uma vaga entre os finalistas do Oscar. Toback saiu–se a propagar aos quatro ventos, para quem quisesse ouvir, que a academia é corrupta e que seria inconcebível que seu filme estivesse de fora. Esse comportamento desequilibrado denota duas coisas: A primeira, Toback tem-se, e a seu filme, em grande estima. E segundo, ele parece não saber que apesar de certos requisitos técnicos e pragmáticos, essa escolha se dá, maiormente, por critérios subjetivos do colegiado responsável; portanto difícil de se mensurar. A academia emitiu comunicado oficial em que polidamente ressalta isso. Toback, agora sim, parece ter arruinado suas chances no futuro. Como diriam os chineses: O silêncio é ouro...
O carma é forte!
E Roman Polanski hein? Lembram dele? Essa semana duas notícias envolvendo o cineasta, que está sob custódia da justiça suíça, ganharam a mídia. A primeira delas foi a decisão da suprema corte de libertar o franco polonês sob fiança no valor de 3 milhões de euros. Uma bagatela, certo? E não é só. O diretor será monitorado 24 horas e terá sua mobilidade restrita a ambientes pré-estabelecidos. Além, é claro, de entregar seu passaporte.
A outra notícia circulou na internet brasileira. O ator Carlos Mossy revelou que participou, a pedido do cineasta, de orgias no Rio de Janeiro na década de 60. O ator disse ainda, para por mais lenha na fogueira, que não saberia dizer se as garotas que participavam das surubas eram menores de idade.
Contra fatos não há argumentos
Eles negam até dizer chega. Os rumores são quase tão desorientadores quanto as negativas
de Robert Pattinson e Kristen Stewart. O último grande achado da celebrity gossip, no entanto, dá conta de que Robert e Kristen estão sim juntos. Foram flagrados trocando carinhos em Paris na semana passada. Como vocês podem conferir na foto aí debaixo, love is in the air, até que se prove o contrário.
Não são só as meninas...
A prestigiada, e prestigiosa, Rolling Stone, uma das principais revistas culturais da América se rendeu ao “talento com algo a mais” de Taylor Lautner, o lobisomem Jacob de Lua nova. O ator estampa um ensaio sensual (algo raro na revista, ainda mais tratando-se de homens) e é tema do tradicional perfil da Rolling Stone. Lautner, com o barulho que sua participação descamisada em Lua nova já começa a fazer, começa a roubar a cena do colega de elenco Robert Pattinson. Depois da disputa pelo amor de Bella, a disputa pelo amor das meninas do mundo todo.
Lautner fazendo pose 'too sexy for my love'
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
OSCAR WATCH - De olho no futuro
A arte da adivinhação é um negócio complicado. Muito admirada, é cortejada por oportunistas e perseguida por gente um pouco mais séria, ela é em algumas profissões, uma qualidade bastante desejada e que se pretende imperceptível. Médicos e economistas fazem uso dela quase ininterruptamente. O truque é não demonstrar que se trata de uma adivinhação. Escondê-la por meio de fundamentações deslocadas ou superadas pode ser uma ferramenta útil. Nós, cinéfilos, nos lançamos a essa arte, mais imputáveis à primeira categoria do que à segunda, sempre que se espraia a temporada de premiações no cinema. Apaixonados por cinema, mídia, críticos e publicações especializadas tentam antecipar os integrantes das mais badaladas premiações. E apontar também os vencedores. Como a temporada de premiação ainda não se iniciou seria precoce dar nome aos bois. Ou seja, dizer quem vai ao Oscar, globo de ouro e congêneres. Como os primeiro termômetros (os prêmios de sindicato e associação de críticos) só se iniciam em dezembro, e muitos dos concorrentes nem sequer estrearam, seria pueril acreditar ser possível fazer prognósticos certeiros. Contudo, alguns projetos e alguns nomes podem, e devem, ser levados em grande consideração. Em parte devido ao calibre da produção em questão, em parte pelo bafafá da critica ou por pura intuição. São esses que Claquete apresenta aqui para você. Nesses, você pode investir seu dinheiro.
Nine
O musical dirigido por Rob Marshall (Chicago) é a adaptação da peça de mesmo nome, que por sua vez foi inspirada no filme 8 e ½ de Fellini. Musicais são por hábito benquistos pela academia e festejados no círculo de críticos. Imaginem um filme com esse pedigree. Que além de esmerar-se na obra mor de Fellini, conta com um elenco sublime com nomes como Daniel Day Lewis, Nicole Kidman, Judi Dench, Penélope Cruz, Fergie, Kate Hudson, Sophia Loren e Marion Cottilard. Há ainda um dado curioso sobre Nine que pode lhe favorecer. Na presente década que se encerra, o ator Daniel Day Lewis (conhecido por ser um ator bissexto) só atuou em três filmes. Gangues de Nova Iorque (2002), O mundo de Jack e Rose (2005) e Sangue negro (2007). O ator engatou em Nine, menos de um ano depois de terminar seu trabalho em Sangue negro. Algo raríssimo. Certeza de que é coisa boa.
Se existe outra figura muito querida em Hollywood, essa figura é George Clooney. Diferentemente de Day Lewis, Clooney trabalha quase em ritmo industrial. Alia projetos comerciais, como a trilogia de Onze homens e um segredo, com projetos mais sentimentais, como Boa noite e boa sorte. Esse ano, o ator, embora em proporções mais tímidas, tem a chance de reviver seu ano artístico mais glorioso. Em 2005 por Boa noite e boa sorte e Syriana, Clooney foi figura carimbada em todas as premiações possíveis e imagináveis. Esse ano ao reeditar a parceria com o co-roteirista de Boa noite e boa sorte Grant Heslov, que estréia na direção em The man who stares at goats, e ao juntar forças com outro atual american darling, o diretor Jason Reitman, em Amor sem escalas, Clooney vê suas chances, literalmente, dobrarem na temporada mais concorrida de Hollywood.
Ele surgiu junto com Ben Afleck e foi no Oscar que se apresentou ao mundo. Daí em diante, ele e seu chapa seguiram caminhos opostos. Matt Damon é um ator confiável e que gosta de trabalhar com diretores criativos e ressonantes como Martin Scorsese, Paul Greengrass e Steve Soderbergh. Contudo, desde Gênio indomável ele não figura entre os credenciáveis para o oba oba das premiações do cinema. Até agora. Ao juntar-se a Clint Eastwood para rodar um filme sobre o apartheid africano (eles já estão juntos em um segundo projeto, denominado hearfter) e de colaborar de forma mais séria, mas sem perder o senso de humor, com Soderbergh em O desinformante, Damom parece aposta certa esse ano. Afinal de contas já passou da hora de enaltecer não só o talento, mas o excelente faro para bons papéis desse ator. E ele ainda deu a canja de estar, para variar, ótimo.
Todo ano é preciso evidenciar o trabalho de uma atriz ou ator da nova geração. Essa passagem de bastão, com o aval da indústria, é tão tradicional quanto saudável. E esse ano é a vez de Carey Mulligan de 24 anos. Não tão nova assim, mas talhada para brilhar. Algo que deve acontecer intensamente após sua performance em Sedução (an education) correr o mundo. Por viver uma adolescente indecisa (convenhamos nada de novo) em um drama sobre as escolhas da vida e como nos cercamos delas, Mulligan despertou elogios vultosos da critica americana. Seu nome, portanto, já é quente.
Certamente esse filme fará figura nas cerimônias de premiação do inicio de 2010. Oxalá não belisca uma vaga entre os 10 finalistas a estatueta de melhor filme do ano no Oscar. Algo que parecia improvável com 5 concorrentes, soa natural em um pleito com 10. Não houve, pelo menos até agora, filme mais feliz em ajustar originalidade á um discurso que a academia de Hollywood aprecia (preconceito racial). E é ficção científica, um gênero há muito desprestigiado na categoria principal do Oscar que pode voltar com força esse ano (ainda há Avatar de James Cameron).
O nome do querido e admirado Peter Jackson por trás da produção ajuda bastante.
Audrey Tautou
Hollywood anda se rendendo as estrangeiras ultimamente. Elas têm ganhado cada vez mais papéis importantes e, no que mais impressiona, prêmios importantes. As vezes por filmes que não são nem mesmo falados em inglês, caso de Marion Cottilard que por seu papel como Edith Piaf tirou, há dois anos, o Oscar da favorita Julie Christie ( já ela uma estrangeira, uma inglesa) por Longe dela. Kate Winslet, Penélope Cruz, Tilda Swinton são algumas outras estrangeiras que tem roubado a cena, e o careca dourado, das americanas.
Audrey Tautou tem uma vantagem que Marion não tinha. Já é conhecida do público e da critica americana, estrelou o blockbuster O código DaVinci, e estrela uma biografia (sub gênero afeito a premiações) de uma personalidade extravagante, Coco Channel. O fato de o filme ser falado em francês é só um detalhe em um circuito de premiações cada vez mais internacional.
Audrey faz pose: Repara como ela tem estilo...
Abraços Partidos
O filme não foi escolhido para ser o representante espanhol na luta por uma vaga entre os selecionados estrangeiros do Oscar da categoria. O que parece suicídio ou sandice é, na verdade, fruto de uma pendenga entre Almodóvar e o ministério da cultura da Espanha. Seu filme, no entanto, deverá estar presente em premiações diversas, inclusive no Oscar. Além da possibilidade de ganhar em quase todas as premiações de críticos como melhor filme estrangeiro, Penélope Cruz pode ser lembrada também.
Bastardos Inglórios
Não é só Tarantino quem acha que esse filme é sua obra prima. Muita gente o acha superior até mesmo a Pulp fiction. E isso deve se refletir na temporada de ouro. Algumas indicações já são tidas como certas. Caso da nomeação do austríaco Christoph Waltz na categoria de ator coadjuvante. Outros palpites são aventados como direção de arte, fotografia, figurino e roteiro. Mas ao que importa: não se assustem em ver Quentin (como diretor) e o próprio filme entre os highlights da temporada.
Clint Eastwood
Outra figura que, principalmente a partir dessa década, só se dedica a filmes “com cara de Oscar”. Só por esse rótulo já dá para ter uma idéia do que esperar de Invictus sobre a cruzada de Nelson Mandela por uma África do Sul mais pacífica. Clint pode até não ganhar nada, mas é convidado de honra em toda a premiação que se preze.
Clint em preto e branco: bem longe do "Go ahead punk. Make my day!"
Jane Campion
Uma das únicas três mulheres a conseguir uma indicação ao Oscar na categoria de direção, Campion não deve repetir a dose, mas o roteiro de Brilho de uma paixão deve lhe valer passe livre entre a nata da produção cinematográfica de 2009. O filme ainda tem outras chances também, mas definitivamente, é na figura da cineasta que residem as reais chances de triunfo.
Precious
Todo ano tem que ter um independente para polarizar as atenções. Precious é a bola da vez. O filme sobre uma adolescente negra e obesa hostilizada por onde quer que passe tem cativado a todos desde o festival de Sundance em janeiro. O cume de seu desempenho, no entanto, se aproxima.
It´s complicated
Nancy Meyers talvez seja a diretora e roteirista que melhor saiba manusear temas espinhosos com graça e presença de espírito. Seus filmes geralmente agradam público e critica, mas não recebem muita atenção nas cerimônias de premiação (por se tratarem de comédias leves). It´s complicated, estrelado pela acadêmica Meryl Streep, é o filme na hora certa, do jeito certo. É aqui que Meyers abraça o drama dos temas que freqüentemente aborda, mas sem abrir mão do senso de humor, e confia seu ótimo roteiro a um belo elenco. Em um ano com 10 filmes indicados ao Oscar, Nancy Meyers pode ser a surpresa mais cantada de todos os tempos.
Meryl Streep e Alec Baldwin em cena de Simplesmente complicado: Com um título desse tudo fica fácil...
Oscar watch
ESPECIAL ABRAÇOS PARTIDOS - Movie Pass
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Critica - Coco antes de Chanel
Figuras históricas quando abordadas pelo cinema tendem a gerar controvérsias. Isso pode ser decorrente da disposição em desconstruir a personagem em questão, sendo assim o próprio filme combustão de polêmicas e indagações, ou pela postura reverente, e por vezes, enfadonha que se adota em alguns casos. Coco antes de Chanel (Coco avant Chanel, FRA 2009) se aproxima da segunda categoria.
A diretora Anne Fontaine (de ótimos filmes como Nathalie X e A garota de mônaco) sempre se interessou pela força do feminino. Natural que uma figura histórica tão importante para conquistas femininas despertasse o interesse da diretora. No entanto, seu filme peca não só pela adulação que faz a estilista (seria surpreendente, e talvez mal sucedido se não o fizesse), tão pouco pela omissão de importantes traços da trajetória de Gabrielle Chanel, como seu flerte e apoio ao regime nazista, o maior erro do filme é sugerir que as conquistas de Chanel não são realmente, ou inteiramente, suas.
No filme, acompanhamos Coco (como era chamada, em virtude de uma canção que cantava em parceria com sua irmã em uma boate) debater-se com sua inadequação á valores e costumes da França pré-primeira guerra mundial. Testemunhamos seu envolvimento com Balsen, homem rico que lhe cedera um teto em troca de favores sexuais. Fica claro no filme o inconformismo de Coco com uma nobreza de hábitos chulos e irresponsáveis. Mas sua atitude em nada rompe com isso, o que evidencia, a despeito da omissão do roteiro, seu gosto pela comodidade de certas situações (o que poderia ser potencializado se seu envolvimento com o nazismo tivesse sido abordado). Seu gênio para a costura é algo percebido pelo amante Boy, aristocrata inglês que mantém negócios com Balsen, por quem Coco se apaixona. É boy quem viabiliza a gênese da carreira de Coco. Uma mulher que embora se ressentisse da nobreza foi capaz de tudo para adentrar a suas hostes. Essa é a mensagem mais eloquente de Coco antes de Chanel. O triste é que não era para ser. Tudo o que poderia suscitar polêmica foi amenizado, ou simplesmente limado do roteiro. Contudo, na expectativa de emoldurar o retrato de uma mulher a frente de seu tempo, entrega-se um filme, que embora busque a adulação, deixa escapar a imagem de uma mulher mais oportunista do que com senso de oportunidade.
De qualquer maneira não deixa de ser regozijante ver uma história de triunfo real nas telas. Chanel manteve-se no topo, a despeito de alguns laços espúrios, por talento. Tal qual outra biografia de figura ilustre que promete render discussões semelhantes, Lula - o filho do brasil, Coco antes de Chanel esquivou-se dos elementos sombrios de sua biografada. A mulher que redefiniu o corte e costura e ajudou a redimensionar a posição social da mulher em uma sociedade, favorecendo - através de suas roupas, a individualidade de cada uma, recebeu um tratamento pouco satisfatório no cinema. O que há de mais notável em Coco antes de Chanel é mesmo Audrey Tautou, uma presença que de tão poderosa chega a emocionar, mesmo em um filme tão etéreo quanto um corte bem feito.
ESPECIAL LUA NOVA - A voz do povo e a voz da critica
Lua nova é o tipo de filme a prova de críticas. O que para os produtores e para a autora Stephenie Meyer deve ser revigorante. Não deve deixar de ser um tanto incômodo (para eles) a forte resistência que o filme enfrenta na critica especializada. Que encontra mais destempero e virulência na atuação da crítica brasileira. A atriz Kristen Stewart disse recentemente que o público que sentiu ser o mais apaixonado, dentre os países que visitou, era o brasileiro. É aqui também que Lua nova obtém menos tolerância. O famoso crítico de cinema brasileiro Rubens Ewald Filho disse: “A má notícia é que dá impressão que não melhoraram de propósito, este segundo capítulo é quase tão ruim quanto o primeiro. Tem pouca ação, é interminável e com vários finais (depois que se percebe que são realmente 130 minutos), os efeitos especiais não melhoraram (os lobisomens são falsos e mal feitos e deixam saudade do Lobisomen Americano em Londres feito há mais de 20 anos).” O respeitado Pablo Villaça embora enalteça os esforços do diretor Chris Weitz lembra: “Lua nova está perigosamente perto de ser um filme ruim, já que insiste em acompanhar um romance profundamente entediante.” E ironiza: “Considerando o talento de Bella para atrair pares românticos bizarros, mal posso esperar para chegar ao quarto filme da série, quando ela provavelmente já estará sendo disputada não apenas pelo vampiro Edward e pelo lobisomem Jacob, mas também pela criatura de Frankenstein, pelo monstro do pântano e por Freddy Krueger. A esta altura, as fãs da ‘saga’ Crepúsculo certamente estarão ainda mais comovidas com a natureza sofrida da garota, enxergando-a como uma romântica inveterada.”
Essa tem sido a tônica da critica nacional para com Lua nova. O filme, não tem um panorama muito melhor em escala internacional não. Das 161 resenhas cadastradas no site Rottentomattoes, 113 avaliam o filme como ruim. Um aproveitamento de apenas 30%. Para efeito de comparação, Abraços partidos, outro filme com especial sendo publicado atualmente aqui em Claquete, tem 81% de aproveitamento com 280 resenhas publicadas. Mas Almodóvar é outro papo.
Veja a seguir um pouco do que foi dito sobre o segundo filme da saga Crepúsculo:
“Apesar da tentativa acima das expectativas de Chris Weitz, essa é uma história sem nenhuma qualidade real”
Jimmy O. do site Movie Emporium
“Um de seus pretendentes fica fora a noite toda com seus amigos estranhos, enquanto que o outro faz seu “ momento Brokeback Mountain” na florestas com seus chapas”
Michael Szymanski, da revista Sci-fi weekly
“Lua nova não tem bem uma história; o negócio é Bella sofrendo pelos cantos. Mas o diretor Chris Weitz sabe uma ou duas coisas sobre o amor...”
Rob Gonzáles do site efilmcritic
“ Alterna-se entre uma horrenda soma de maus diálogos e um humor tolo para adolescentes;exceto por alguns bons momentos envolvendo os lobisomens e os Volturi.”
Edward Douglas do site coomingsoon.net
“A narrativa é truculenta, o compasso é lento, é muito longo e, bem, não acontece muita coisa...”
Scoot A.Mentz do Access holywood
“Não vai desafiar Titanic em termos de profundidade, mas a saga Crepúsculo é mais do que uma novela focada em adolescentes na tela grande.”
Jeffrey Lyles do site Gazette
“A segunda mordida é sem graça”
do jornal inglês The Sun
“Um triunfo...para twilighters”
Larry Carroll no blog da MTV americana
“Se você se importa com coisas como história e personagens, azar o seu.”
Leslie Gornstein do E! on line
“É certo que mais meninos verão Lua nova. É certo também que eles dirão que preferem esse ao primeiro, mas é mais certo do que tudo isso, que serão as adolescentes quem terão uma experiência plena e irrevogável ao assistir ao filme. E são somente elas, as pessoas capazes de tirar isso de Lua nova.”
Reinaldo Matheus Glioche do site Claquetecultural
Passando a régua - o fenômeno em números:
+ Maior abertura do ano no Brasil (1, 4 milhões de expectadores nos três primeiros dias de exibição)
+Melhor média de público por sala no Brasil
+ Recorde de ingressos vendidos no regime de pré – venda no Brasil e nos EUA
+ Maior arrecadação da história dos EUA em um único dia (U$ 72,7 milhões)
+ 3ª maior arrecadação da história no primeiro fim de semana de exibição no mercado americano (U$142,8 milhões)
+ A maior arrecadação da história no fim de semana de estréia de um filme que estreou fora do verão americano
+ De acordo com levantamento do estúdio responsável por Lua nova, a Summit, 80% desse público era composto por mulheres e 50% com menos de 21 anos.
+ Estreou em primeiro lugar nas bilheterias da Itália, Inglaterra, França, Brasil, EUA, Portugal, Espanha, Alemanha, entre outros
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
ESPECIAL ABRAÇOS PARTIDOS - Ponto crítico
“Ninguém aborda o desejo como ele”
Singularidade - Heitor acredita que Almodóvar se destaca porque alia recursos valiosos que outros cineastas dispõe, mas imprimindo uma marca pessoal arrojada.“Ninguém aborda o desejo como ele! Especialmente o desejo na sua forma mais dantesca, a neurose a crueldade.Outra coisa que faz Almodóvar ser singular é a maneira que ele trata o absurdo (ou o que convencionamos entender como absurdo) com tremenda sinceridade, mas sem julgamentos. Não foge da raia em mergulhar no que quer, mas não condena seus personagens.”
A extravagância do colorido – Para o critico as cores surgiram para Almodóvar com a mesma naturalidade que o cinema se desvelou para o homem interiorano que chegou a cidade grande. A profusão de referências pop aliadas a truculência de uma ditadura militar alinhavaram, na opinião de Heitor, a identidade visual do cinema de Alomodóvar.
“Almodóvar se mudou pra Madrid lá pro fim dos anos 60 porque queria fazer cinema. E o que existia nessa época? Andy Warhol, liberação sexual, Caetano Veloso, David Bowie e Dzi Croquettes. O que falam? Muito sobre o sexo e androgenia humana, libertação por meio do comportamento. Um caldeirão comportamental e cultural que é dividido por todos.
Enquanto a ditadura existia por lá, vários artistas tentavam burlar a linha oficial do país, buscar uma arte que fosse extremamente libertadora de anos de repressão e essencialmente underground (por forças da circunstância). Por isso que quando Franco saiu do poder, explodiu a tal da La Movida Madrilena: quando acabou a ditadura, “surgiu” (na verdade, pra mim, passou a ter espaço pra ser visto) esse momento, de cinema, artes plásticas e teatro.
Aí um cara do interior vai pra capital e vê tudo isso acontecendo e se acha. Voilá! Você consegue imaginar os anos 60 sem se referenciar a cenários coloridos? Pra mim, a gênesis do excesso de cores está nesses fatores: um desejo de fazer o oposto ao cinza e ao momento sisudo do período de ditadura, aliado ao que acontecia nos anos 60 e também às referências visuais (Andy Warhol e Fellini, por exemplo) e conceituais/temáticas (Buñuel e surrealismo).”
Ele já ganhou um par desses...
A comunicabilidade de seu cinema - Os filmes de Almodóvar são sempre comunicativos e tem a capacidade de se comunicar de forma inteiramente distinta com um mesmo público, em momentos diferentes da vida. Para o crítico, o cineasta valoriza as subjetividades e a contundência de seus personagens e discursos são tanto sua responsabilidade, quanto de quem assiste. “ Em Labirinto de Paixões acho muito mais provável que a sexualidade atinja um público jovem, especialmente um gay adolescente, que esteja naquela fase em que quebrar regras e chutar o pau da barraca é o que vale.
Talvez para os mais velhos, o filho do magnata em Abraços Partidos seja mais contundente. Afinal, ali o diálogo é mais psicológico, esbarra no autoritarismo, posição paterna, a resposta que o ser humano dá quando se sente ferido.
Tudo isso eu digo pra defender que, quanto à sexualidade, depende de qual fase da vida e do acúmulo de vida que o espectador tenha e esteja para achar que “A” ou “B” é mais contundente pra ele.
O mesmo pra religiosidade: a de “Maus Hábitos” pode conversar diretamente com um jovem que acabou de descobrir meia dúzia de sacanagens que a igreja fez ao longo da História. Talvez alguém mais velho se identifique mais com “Má Educação”, porque aquele mundo é contado pelo olhar de alguém que sentiu e passou por tudo aquilo. Alguém adulto e com outras experiências ao longo da vida.”
Em Abraços partidos o diretor colabora pela quarta vez com sua atual musa, Penélope Cruz
Pessoalidade e evolução – A despeito das afirmações (na grande imprensa) de que o cineasta vinha sendo mais introspectivo em seus filmes, Heitor as relativiza. Lembra que elementos de cunho pessoal sempre pautaram a obra do diretor, que não esconde o viés terapêutico que seu cinema lhe proporciona. “ não concordo da premissa que apenas em “Má Educação” e “Volver” ele tratou de temas pessoais. Se você disser que nesses dois filmes seus fantasmas estão mais claros, concordo, afinal, “Volver”, por exemplo, se passa em um lugar rural que, por 'acaso', vem a ser La Mancha, onde o nosso diretor nasceu.
Antes de condenar a igreja em “Má Educação” – eu acho que sou um dos poucos dentro da imensa e heterogênea crítica brasileira que não execra esse filme – ele a ironizou em “Maus Hábitos”. Existe, sim, a igreja que é referência da infância dele, mas também existe a igreja que representa o conservadorismo e apoiou o Franquismo. Ou seja, a igreja do “eu sujeito individual” e a do “eu sujeito coletivo”. E ele maltratou as duas nesses filmes.
Em “Kika”, a Kika é mais mãe do que mulher dos caras que ela se envolve. Mas a figura do tempo toma pesos maiores quando se envelhece, e por isso eu acho que ele vai acertando, pouco a pouco, suas contas com a posição de mãe. Por exemplo: “Abraços Partidos”. A mãe desse filme, tem um lado cuzona muito forte, mas ela tenta proteger seu filho de todas as maneiras (mesmo que da errada). É como se ele desse um sinal (para si próprio e para o espectador): olha, ela não é perfeita, mas teve lá suas razões.
Essa mãe, pra mim, é a mesma mãe morta-viva de “Volver”. Tá claríssimo que ela está longe do projeto perfeito de mãe. Mas, ao longo do filme, vamos pensando 'ah, bem que ela tentou, né?'. O tempo, para um homem que hoje tem praticamente 60 anos, ajudou a redefinir essa mãe.”
Lado feminino - Almodóvar é um cineasta que como poucos emula o feminino. E isso não é fácil de responder o por quê. Para o crítico, o cineasta provoca empatia entre pessoas com o lado feminino aguçado. Podendo ser homens, mulheres, gays, travestis, transexuais e etc. “ Acho que quem tem um forte lado feminino dialoga diretamente com o cinema de Almodóvar, porque ele é, em sua essência, sensível e melodramático.”
Heitor ainda acrescenta: “Outra característica geralmente o associa à mulher, que é a neurose. Aliás, ele adora personagens neuróticas.”
Para quem quer descobrir Pedro Almodóvar, Claquete recomenda, além de ver seus filmes, ler o belo livro Conversas com Almodóvar.
Editora do livro: Jorge Zahar
Autor: Frèdéric Strauss
Ano: 2008
Fotos: divulgação
As feras e o belo
Enquanto isso, Claquete queria saber quem é o melhor par para Bella a humana as voltas com seres fantásticos na saga Crepúsculo. O vampiro charmosão vivido pelo galã Robert Pattinson levou a melhor sobre o bonzinho Jacob. Mas se nem mesmo Cristo foi unanimidade, Edward não haveria de ser, o vampiro light cravou 90% dos votos, mas não conseguiu se estabelecer como a primeira unanimidade em uma enquete promovida por Claquete.
domingo, 22 de novembro de 2009
ESPECIAL LUA NOVA - Insight
Em Lua nova, o triângulo amoroso formado pela humana Bella, pelo lobisomem Jacob e pelo vampiro Edward é potencializado. Ele é sem dúvida alguma, além do fio condutor da trama, seu elo mais poderoso. A despeito da resolução do triangulo (até porque no cinema ele ainda não foi resolvido), é preciso admitir que existe uma forte predisposição humana a valorizar dilemas amorosos dessa natureza. Algo que o cinema explora muito bem.
A clássica situação de dúvida sobre qual o melhor repouso para o coração, não é algo novo. O dilema de Bella já foi abordado em outros filmes de maneira diferente, muitas vezes até mesmo mais satisfatoriamente, e sob variados ângulos e perspectivas.
Em filmes como Os sonhadores e E sua mãe também, assim como na saga Crepúsculo, os integrantes do triângulo amoroso são jovens e iniciantes nas coisas do amor. Em Os sonhadores, os irmãos Theo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green) se envolvem com o americano Mathew (Michael Pitt) durante o maio de 68 na França. Em E sua mãe também, os amigos Julio(Gael Garcia Bernal) e Tenoch (Diego Luna) descobrem todos os sentimentos que se intercambiam ao amor, como ódio, inveja, luxúria, paixão, desapego, apego, traição e cumplicidade na figura de Luiza,uma mulher mais velha que os seduz.
Contudo, os dois exemplares mais eloquentes, sensuais, robustos e significativos de triângulos amorosos no cinema são Vick Cristina Barcelona, de Woody Allen e Proposta indecente, de Adrian Lyne. No primeiro há a incidência da casualidade, da sedução e do conflito entre impulsividade e controle como pouco se vira em filmes que se predispuseram a abordar triangulos amorosos no cinema até então. Juan Antônio (Javier Barden) tenta seduzir simultaneamente duas amigas. A inglesa Vick (Rebbeca Hall) e a americana Cristina (Scarlet Johanson). Tudo fica ainda mais complicado quando um quarto elemento surge, a ex – esposa de Juan Antonio, Maria Elena (Penélope cruz).
Triângulos amorosos no cinema podem ser sexy, dramáticos, românticos ou engraçados
Já Proposta indecente é mais feliz no comentário que elabora sobre as circunstâncias do poder. E de como esse elemento pode ser desestabilizador em um triangulo amoroso. No filme, o bilionário John Cage (Robert Redford) faz a chamada proposta indecente para o casal falido vivido por Demmi Moore e Woody Harrelson. Um milhão de dólares por uma noite com a personagem de Demi. Não é preciso dizer que essa proposta não irá mexer com o mundo de todos os envolvidos. Um filme sofisticado, que a despeito da solução um tanto conservadora, põe em debate um aspecto dos mais polêmicos sobre as razões, os efeitos, e as reverberações de um triangulo amoroso.
Lázaro Ramos, Alice Braga e Vágner Moura em cena de Cidade baixa: Pode uma amizade resistir e intempestividade de uma paixão?
ESPECIAL LUA NOVA - Bilheteria
Terça-feira vocês verão uma matéria especial analisando a repercussão de Lua nova no mundo. Nas bilheterias e na critica.
ESPECIAL LUA NOVA - Robert Pattinson moves forward
O segundo video é na realidade o trailer do próximo filme estrelado por Pattinson. A Summit entertaiment, mesmo estúdio da saga Crepúsculo, liberou o trailer, do lançamento que ocorre em março do ano que vem, nesse fim de semana. Em Remember me, Pattinson vive um adolescente angustiado ( o que deve pautar suas primeiras aparições pós- Crepúsculo) com problemas familiares e emocionais, mas que parece disposto a mudar os rumos das coisas depois que conhece uma garota com conflitos semelhantes. Também estão no elenco do drama Emily de Ravin ( de Lost), Pierce Brosnan e Chris Cooper.
ESPECIAL LUA NOVA - Critica
Bella sofre por amor: Os dramas de Lua Nova lembram uma ópera. Só que feita para adoelscentes ...
A aguardada sequência de Crepúsculo, Lua nova (New moon, EUA 2009),finalmente chegou as telas de cinema do mundo inteiro. Como se imaginava, o filme é muito superior ao primeiro. Obviamente que o inflado orçamento tem sua participação nisso (principalmente no tocante aos efeitos especiais, bem melhores do que no primeiro filme), mas é em seu grande atrativo, ou seja o romance, que reside a principal melhoria promovida por esse segundo capítulo na saga de Crepúsculo. Lua nova é tragicamente romântico. E abrange os dilemas de seus protagonistas de forma mais satisfatória. Obviamente que isso vem também do livro de Stephenie Meyer, mas o diretor Chris Weitz consegue equilibrar as arestas da trama de forma muito mais orgânica do que a diretora Catherine Hardwickie fizera no primeiro filme. Com exceção dos primeiros 20 minutos onde o tom over impera, Lua nova elabora-se como um estudo da angústia de seus personagens. Pode-se argumentar que um estudo ralo, mas ainda sim extremamente interessante para aqueles predispostos a sofrer por amor.
No segundo filme encontramos Bella, embora com 18 anos, preocupada com seu envelhecimento e, na decorrente, impossibilidade de passar a eternidade com seu amado Edward. Este por sinal, após um incidente em que a vida de Bella foi posta em perigo, decide abandoná-la para garantir-lhe o direito de uma vida feliz e plena. Ambos sofrem com a decisão. Bella mergulha em uma depressão profunda e, profundamente incomum para sua idade, e é na figura de Jacob que encontra conforto. Jacob também atravessa mudanças (é durante a aproximação de Bella que ele descobre poder virar Lobisomen), mas tem uma atitude diferente de Edward em relação a como sua “maldição” deve influir na relação com Bella. É nessa diferença que Lua nova brilha mais. A tragédia romântica em que os personagens se embrenham sistematicamente é o que de mais reluzente o filme tem para apresentar. E ninguém sofre mais do que Jacob nesse filme. É ele quem, a despeito de seus esforços, não termina com uma promessa de felicidade. Jacob e Bella em momento climão: a dor de ser a segunda opção
Lua nova se assume como super produção, não pelos efeitos especiais ou pelas filas homéricas nas salas de cinema, mas pela opção de potencializar aquilo que fora sempre a galinha dos ovos de ouro da literatura de Meyer. A história de amor trágica entre a adolescente Bella, o vampiro Edward e o lobisomen Jacob. É certo que mais meninos verão Lua nova. É certo também que eles dirão que preferem esse ao primeiro, mas é mais certo do que tudo isso, que serão as adolescentes quem terão uma experiência plena e irrevogável ao assistir o filme. E são somente elas, as pessoas capazes de tirar isso de Lua nova.
ESPECIAL LUA NOVA - Insight
Não é de hoje que o cinema e platéias do mundo inteiro se rendem aos encantos e a fascinação exercida pelos vampiros. Vira e mexe, eles voltam com força total. Atualmente ocupam o topo da cadeia alimentar dos seres mitológicos na cultura pop. Em muito devido ao Edward Cullen da saga Crepúsculo. No entanto, os vampiros, antes da metáfora atual do amor imaterializado e da angústia eterna, já serviram a outras metáforas menos românticas. Voltaire usava a lenda (dos vampiros) para aprimorar seu discurso filosófico e Karl Marx, talvez na mais contorcionista visão que se pôde aferir dos vampiros, relaciona –os ao capitalismo. “O capital é o trabalho morto que, como um vampiro, vive somente de sugar o trabalho vivo e, quanto mais vive, mais trabalho suga.”
Marx e Voltaire são expoentes de uma cultura que se serve de elementos mitológicos e fictícios para explicar, ou tentar explicar, a realidade. E é justamente sobre isso, tentar emular a realidade a partir de seres e universos fantásticos, que versa a ficção científica, lar atual da produção vampiríca. Existem, obviamente, elementos de terror, mas os vampiros representados hoje são muito diferentes daqueles representados nos primórdios. Comparando Edward Cullen e Drácula de Bran Stoker, excetuando-se a tragédia romântica que marca suas trajetórias, não há sombra de similaridade entre eles. Cullen é menos bestial e mais afeito a trivialidades humanas, enquanto que Dracula é imperioso e impiedoso. Mas o que de fato essa diferença sinaliza?
Hoje os vampiros continuam a servir a metáforas como antigamente. Basta olhar para a bem engendrada trama de cunho social da série True Blood, mas essas metáforas perderam força. Diluíram-se em um caldeirão pop de referências e fórmulas. A própria saga Crepúsculo é uma colagem de referências agregada a um discurso casto da América cristã. Não é novo, não é diferente, e motivará mais uma profusão de cópias. O que deve colaborar para a banalização da representação dos vampiros. Reparem que nos cinemas e nos livros, há alguns anos, vampiros só podiam caminhar á noite, hoje, devido a necessidades narrativas, eles já caminham de dia. A “humanização” dos vampiros incide no risco supremo de desglamourizar essas criaturas e tirar-lhes o charme imortal. Afinal de contas, quanto mais se aproximarem de nós, menos interessantes serão. O erotismo, a angústia, o sangue, a depravação, a incorreção, a dor e a repulsa pela humanidade foram os elementos que tornaram os vampiros interessantes para nós. O processo de “humanização” que impomos a eles agora, diz mais sobre nós do que qualquer metáfora que possa ser filtrada de qualquer filme sobre vampiros.
Veja também:
A nova onda dos vampiros
Top 10: Vampiros inesquecíveis
ESPECIAL LUA NOVA - Pílulas de Forks
A frase que Bella dispara assim que bate os olhos em Jacob é exatamente o que pensa a platéia do lado de cá (principalmente a feminina). O ator Taylor Lautner, que a despeito de sua avantajada forma física nesse segundo filme, cumpre direitinho o papel de colírio da vez. Jacob suspira, protege, enfim faz tudo por Bella em Lua Nova e, como já se sabia, leva um pé na bunda. “It´s always been him”. A dolorosa frase de Bella no epílogo de Lua nova no entanto, não deve encontrar eco entre as adoradoras de Edward. Essas sim são capazes de balançar em suas convicções.
Pai babaca!
Tudo bem que Bella seja saidinha e que seu pai não desconfie de metade do imbróglio vampírico que ela está envolvida. Mas peraí, Charlie(Billy Burke) que calha de ser também o xerife de Forks, não deixa de parecer um tanto frouxo. Ele simplesmente não consegue impor limites a sua filha. Pode-se argumentar que isso acontece com todos os pais às voltas com filhos adolescentes, mas eles pelo menos reagem mais energicamente a certas insubordinações características dessa fase. Charlie, infelizmente, leva o troféu de pai babaca da temporada. Há de se ponderar, o que ele faz lá afinal?
Meus cinco minutos
É impressionante o que bons atores são capazes de fazer. Mesmo com pouco tempo,Michael Sheen que vive o líder do clã dos poderosos e temidos Volturi,que se aparece 5 minutos em cena é muito, consegue cativar. Sheen, que já esteve do lado dos lobisomens em Anjos da noite, dá um delicioso toque inglês aos afetados vampiros. Charme e senso de humor que até então não haviam sido engatilhados corretamente por nenhum outro vampiro do filme. Com mais tempo de tela em Eclipse, Sheen deve roubar o filme para ele.
Assumindo a inspiração
Há muitas cenas para garotas suspirarem em Lua nova. Mas uma delas em especial deve ter um efeito cardíaco em muitas adolescentes. Edward ( um super pálido Robert Pattinson) recita um trecho de Romeu e Julieta de Shakespeare com paixão palpável. A angústia de Edward encontra em Shakespeare a mais bela e eloquente tradução.
Ainda os sentimentos
Muito se falou sobre a evolução dos efeitos especiais para esse segundo filme. De fato eles melhoraram sensivelmente. Mas o cerne da história e o que melhor tratamento recebe são os sentimentos desencadeados pelo triangulo amoroso mais badalado de Forks. O diretor Chris Weitz, por sinal, conseguiu ser muito mais bem sucedido nessa área do que muitos imaginavam ser possível.
Ainda os sentimentos II
E o amor não é para principiantes. Em meio a transformações, perda de alma, lobisomens, vampiros, pais inertes, vampiras vingativas e depressão, o amor permanece sendo o inicio, o meio e o fim. Para Bella, significa virar vampira para passar a eternidade com seu amado, para Edward, significa em resistir a essa tola vontade, e para Jacob, significa contorcer-se em sua dor de não ser ele o escolhido. Haja lágrimas.
Sobre atuar...
Todo o elenco parece melhor em Lua nova. Robert Pattinson capricha na cara de dor de barriga. Taylor Lautner se vira nos 30 muito bem, já Kristen Stewart destoa um pouco. Exprimir sentimentos tão dolorosos e intensos realmente não é fácil, mas a atriz exagerou um pouco nas caretas. O minimalismo passou longe das atuações em Lua nova. Mas quem se importa?
sábado, 21 de novembro de 2009
De olho no futuro...
E os produtores de Sex and the city 2 dão seguimento ao plano de reunir o máximo de mulheres “poderosas” para aparecer em participações especiais no filme. Depois de Penélope Cruz (o sucesso latino em Hollywood) e Miley Cyrus (a teen mais poderosa da atualidade), os produtores negociam as participações de Katie Holmes ( Mrs. Tom Cruise, precisa dizer mais?) e Victoria Beckham (bem, ela é uma ex-spice poderosa, vamos combinar?) na seqüência do sucesso de 2008. O inflado elenco de Sex and the city 2 pretende transmitir a seguinte mensagem; mulheres: é chique ser superficial.Vamos fingir juntas ter conteúdo. O que pode ser dito do filme também, que promete ser um desfile ainda mais desavergonhado de sapatos, bolsas e acessórios.
Você já deve ter visto um sem número de filmes com esse nome. Vem aí, Vírus, no original Carriers. Uma produção relativamente modesta da New line, R$ 35 milhões de dólares, estrelada pelos competentes Chris Pine , Piper Perabo e Christopher Meloni. No filme, acompanhamos 4 jovens que tentam cruzar o golfo do México enquanto um vírus mortal dezima a humanidade. A previsão de lançamento do filme, que no Brasil será distribuído pela Playarte, é em 19 de fevereiro. Fique com o trailer legendado:
Tá com tudo e (provavelmente) tá prosa...
A última dos bastidores do cada vez mais arrastado quarto filme da franquia Piratas do Caribe dá conta de uma oferta astronômica para que o astro Johnny Depp reconsidere sua decisão de se retirar do projeto após a demissão de Dick Cook da presidência do conselho administrativo da Disney. O estúdio teria oferecido a bolada de U$ 35 milhões para o ator, mais uma porcentagem, não divulgada, dos lucros do filme. Matemáticos de plantão calculam que Depp, caso aceite a proposta, pode faturar mais de U$ 60 milhões com o quarto filme da série. É mole ou quer mais?
Além de ser o astro mais bem pago da atualidade, Depp, e a proposta sem precedentes que recebeu, deixam claro que sem o ator, não há sobrevida para a saga dos piratas no cinema. Não custa lembrar que ele acabou de ser eleito o homem mais sexy do mundo. Isso que é partidão.
Ele segue a própria cartilha
Ledger em cena de seu último filme: 7 de maio no Brasil