A saga de um Ronin
Wolverine: imortal (The Wolverine, EUA 2013) certamente
ainda não é o filme que dá conta de toda a complexidade e carisma do personagem
mais controvertido e destacado do universo mutante, mas seguramente se aproxima
muito dessa condição. O filme de James Mangold é feliz não só ao situar a trama
desse segundo filme solo estrelado pelo mutante canadense no Japão, como por fazer do país, e sua cultura milenar e vocação high tech, elementos essenciais ao
desenvolvimento da narrativa. Mais do que isso, Wolverine: imortal é
visualmente impactante e recupera em muito a linguagem das HQs, como nas cenas em que Wolvie luta com um
capanga da Yakuza no topo de um trem em alta velocidade ou quando entra em um
bar, logo no início do filme, em busca de uma justiça que apenas alguém como
ele poderia buscar.
Wolverine: imortal se passa pouco tempo depois dos eventos
de X-men: o confronto final (2006) e Logan está atormentado pela culpa por ter
tido parte fundamental na morte de Jean Grey. Isolado do mundo e tendo
pesadelos que se provam cada vez mais perigosos, Logan é localizado por uma
emissária de Yashida (Hal Yamanouchi), um soldado japonês a quem Logan salvou
na iminência dos bombardeios que selaram a segunda guerra mundial. Yukio (Rila
Fukushima) chama Logan para ir a Tóquio para que esse homem, que hoje é um
verdadeiro magnata e está às vésperas da morte, possa se despedir. Nada é o que
parece ser e uma intriga familiar e o desejo de ascender a eternidade de
Yashida colocam Logan no epicentro de uma trama cheia de ação e que nada fica a
dever às melhores histórias do mutante nos quadrinhos.
Não obstante, Logan se apaixona por Mariko (Tao Okamoto),
neta de Yashida, e se esforça para protegê-la, no que o colocará em face de um
perigo ainda maior.
Reencontro: Wolverine: imortal propõe um reencontro de Logan com sua essência e seu propósito
Se Wolverine: imortal tem em seus dois primeiros atos, uma
força narrativa sólida e, ainda que sem grande complexidade, bem
fundamentada e cativante, seu último ato descamba para um clímax previsível e
com cenas de ação banais. Nada que interfira no bom resultado final. Muito em
parte porque o filme projeta o retorno do pária que é Wolverine a seus melhores
dias. O ronin (um samurai sem honra, sem mestre) finalmente encontrou a paz e
foi em um país estrangeiro e nos braços de uma mulher. É uma pegada romântica,
em um filme selvagem, que traduz fielmente o espírito do personagem.
Fazer de Wolverine: imortal essa jornada íntima à raiz de
sua culpa, e ainda assim um filme de ação apresentável, foi um acerto em muito
possível pelo afinco com que Hugh Jackman vive o personagem. Essa sinergia
entre realização e um ator tão à vontade na pele de um personagem tão
multifacetado e com tanto ainda por ser explorado rendeu um filme que faz crer
no futuro de Wolverine no cinema.
É a parte final desce a ladeira mesmo, principalmente por causa de algumas revelações... Mas, no geral, concordo que é um bom filme. Agora, se o terceiro ato quase decepciona, a cena pós créditos nos recompensa, não?
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Amanda: Olha, fui dos poucos impassíveis a essa cena pós-créditos viu?! A ideia de Magneto e Xavier unidos em prol de uma causa maior já está presente nos dois últimos filmes X-men. Tanto em O confronto final como em Primeira classe. Vamos ver no que dá essa insistência...
ResponderExcluirbjs
eu curti o filme...a unica prate foda na minha opinião foi o wolverine perder as garras de adamantium mas tb foi loco demais velas crescendo, resta saber como farão para recobrir as garras com o metal, de repente quem sabe não rola nos proximos filmes aquela cena clássica em Magneto arranca o adamantium de Logan e mais tarde ele recupera graças ao apocalipse, é só a minha opinião
ResponderExcluirquase ....o filme é infinitamente superior a bomba do origens , mas vamos lá , começa muito bem , nos mostrando o poder de cura fantastico dele , uma cena otima , cena do bar ok , chegada no japão , dai começam os problemas , ate que ficou legal ele ficando mais lento na regeneração , mas que cargas d agua como aquele bixinho foi parar no coração do logan ? ridiculo e mal explicada essa parte e no final fizeram caca de novo , o velho não tinha morrido e daonde eles tiraram a ideia ridicula de que se pode retirar o poder do logan , se esta incravado em seu dna , bom de resultado final ficou bom , mas podia ter ficado otimo ..
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