sábado, 15 de junho de 2013

Espaço Claquete - Star Trek

J.J Abrams conseguiu o que poucos criam ser possível. A benção dos trekkers, legião dos fãs de Star Trek reconhecidos por serem extremamente passionais e tradicionalistas. Se Star Trek (EUA 2009), a reimaginação do universo trekker perpetrada por Abrams em parceria com seus colaboradores dos tempos de "Lost" Alex Kurtzman e Roberto Orci (responsáveis pelo roteiro), foi aprovada pelos fãs, quem é a crítica para fazer oposição. É mais ou menos sob esse signo que o filme de Abrams foi lançado. O segredo para a aceitação maciça passa tanto pela reverência ao material original, como pela coragem de afrontá-lo. Lógico que tudo dentro de uma confortável margem de segurança. Abrams promove sua releitura em uma realidade alternativa (ou paralela), o que torna tudo mais “trekker” e justamente fascinante. A pujança do universo mais notório do sci-fi não aliena o espectador ocasional e é aí que o esmero narrativo e a habilidade de Abrams como diretor se insinuam.
O diretor consegue bancar um filme de origem para o espectador que ignora a franquia, uma revisão nostálgica para trekkers de longa data e uma fita de ficção científica respeitável dentro do anacronismo característico vigente no gênero.
Na trama, vemos o início truncado da relação entre James Kirk - aqui defendido com gosto por Chris Pine – e Spock – o fascinante vulcano interpretado com a devida mesura por Zachary Quinto.
O início da jornada da Enterprise é posto à prova quando uma horda de romulanos pretende destruir planetas como vingança pela destruição de seu planeta. A jornada é, também, uma vendeta pessoal de Nero (Eric Bana) contra Spock. Passado e futuro se mesclam de maneira engenhosa nessa proposição dramática de Abrams, Orci e Kurtzman.
Star Trek, que fique claro, ainda não é o filme que essa franquia definidora dentro do universo da ficção científica merece. Mas é uma indicação de um caminho mais promissor do que o seguido até hoje no cinema. Já é muita coisa.

Um comentário:

  1. É, se os trekkers aprovaram, só nos resta dizer amém, hehehe. Ele conseguiu mesmo fazer um bom trabalho, apesar de concordar ainda não ser definitivo.

    bjs

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