É sobre o código!
Há uma cena em Velozes & furiosos 6 (Fast & Furius
6, EUA 2013) em que o vilão interpretado por Luke Evans encontra Toretto (Vin
Diesel) para dissuadi-lo de tentar colaborar com o agente Hobbs (Dwyane “The
Rock” Johnson) em sua captura e diz: “nada mal para quem começou roubando dvds em Los Angeles ”. O
personagem faz referência à extravagância do roubo realizado no Rio de Janeiro
no fim de Velozes e furiosos 5: operação Rio e lembra que depois de roubar U$
100 milhões, era natural imaginar que Toretto e sua trupe estivessem “curtindo
a aposentadoria”. O diálogo, mais do que acertar os ponteiros para o clímax do
sexto filme, dá a dimensão da estatura que a franquia Velozes e furiosos
alcançou. De um ladrão qualquer de um filme de ação surpreendente a um
“respeitado” líder de um grupo de assaltantes internacionais, Toretto fia-se no
valor familiar. Tanto lá quanto cá. É justamente esse o fio condutor que não
permite que Velozes e furiosos 6 perca de vista Velozes e furiosos, lançado no
longínquo 2001.
Equipe reunida: jogando para a platéia |
O filme, apropriando-se desse fio condutor, tem dois nortes.
O primeiro é revigorar a participação dos carros na franquia – um tanto
desleixada no quinto filme. Em Velozes e furiosos 6, temos conversas sobre
carros, rachas e acrobacias cinematográficas como aquelas que deram
popularidade a série e que surgiram em menor escala no filme anterior. O
segundo norte é aparar as muitas pontas soltas ao longo da jornada que culminou neste
sexto filme. Aí estão as fragilidades do longa. É de se louvar a boa vontade e
a retidão de produtores e roteiristas em “explicar” e “relacionar” todos os
acontecimentos fundindo em uma só narrativa toda a série, mas há flertes com a
inverossimilhança ainda maiores nesse aspecto do que Toretto mergulhando no ar
para salvar Letty (Michelle Rodriguez) em queda livre depois de cair de um
tanque de guerra em uma das principais cenas do longa.
O retorno de Letty, que agrada os fãs mais feudais da série,
é justamente o calcanhar de Aquiles do filme. Todas essas fragilidades, no
entanto, são escanteadas porque o filme entrega justamente o que promete: ação,
corridas de carro bem coreografadas e humor ligeiro na medida certa. A
habilidade de rir de si mesma da série, ensejada no quinto capítulo, está
mantida e envernizada. Velozes e furiosos 6 é um filme com mais bom humor do
que a média dos filmes de ação atuais. O que pode sugerir que, além dos homens
adultos solteiros, a franquia quer cativar famílias também. Os números das
bilheterias, cada vez maiores, sugerem que a fórmula está dando certo.
Acabei deixando esse filme para depois. E soube de um spoiler que vai me fazer ver a série inteira antes de encarar o sexto, então, vai demorar um pouquinho, hehe.
ResponderExcluirbjs
P.S. Mudou radicalmente o visual, heim? Bem legal, mas sinto falta de seus topos com fotos marcantes.
Pois é, a vida longa de "Velozes e furiosos" está pondo muita gente para "correr atrás do prejuízo"...
ResponderExcluirMal mudou e, já informo, o visual vai mudar de novo. Mas só em agosto. Esse visual será breve.Apenas até o aniversário do blog. Em agosto, chega uma versão mais próxima da "clássica" de Claquete...
Bjs