Todo mundo sabe que a corrida pelo Oscar é um Deus nos acuda eleitoral. Para conter o ímpeto político de alguns marketeiros e de certos estúdios poderosos, a academia estipulou algumas regras. Nada muito ortodoxo. Na prática, só inibe a cara de pau. Pois essas esquálidas regrinhas do politicamente correto não foram suficientes para Nicolas Chartier, produtor de Guerra ao terror. O produtor enviou um e-mail a diversos membros da academia pedindo votos para seu filme. Com as palavras muito sinceras e pouco espirituosas: “Precisamos que filmes independentes ganhem, portanto, se acham que Guerra ao terror é o melhor, ajudem-nos”. O produtor mandou o fair play para o espaço ao emendar: “Se todos falarem com um ou dois amigos (que votam no Oscar evidentemente) nós ganhamos e não um filme de U$ 500 milhões”. A alusão pejorativa a Avatar pode ter caído mal. Ontem a noite não se falava em outra coisa em Hollywood. O produtor mandou, algumas horas depois do primeiro e-mail, um e-mail aos mesmos destinatários pedindo desculpas pela indiscrição e pela violação das regras. A Summit, uma das distribuidoras do filme no mercado americano, também iniciou uma operação abafa. A academia não deve punir Chartier. Pelo menos não deverá censurá-lo em público. Como ainda não houve nenhum pronunciamento oficial sobre o ocorrido, especula-se que a punição possa se configurar em um desempenho bem mais tímido do que muitos creem que o filme terá no Oscar. Como mamãe dizia: O peixe morre pela boca...
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