10 - A colisão de Crash na montanha brokeback (Oscar 2006)
Até havia os que previam o triunfo do filme de Paul Haggis. Principalmente depois da vitória no SAG (o prêmio do sindicato dos atores). Porém, depois da entrega dos prêmios de roteiro adaptado e direção para O segredo de Brokeback mountain, sem falar em toda a badalação em torno do filme, quando Jack Nicholson anunciou, em tom de espanto, a vitória de Crash, o auditório – e o mundo – vieram abaixo.
9 – Um italiano bobo alegre (Oscar 1999)
Impressiona a muitos, até hoje, a forma como o drama italiano A vida é bela cativou a academia de Hollywood. Com indicações em todas as categorias nobres, o filme sagrou-se uma das produções estrangeiras com melhor desempenho na história do Oscar. Contudo, nenhum dos prêmios entregues ao filme surpreendeu tanto quanto a vitória de Roberto Benigni como melhor ator. Não só sua vitória não era esperada, como sua reação tomou todos de surpresa. Benigni subiu nas cadeiras, pulou, berrou e vibrou. Poucas vezes o Oscar lembrou tanto uma conquista de copa do mundo.
8 – O beijo roubado (Oscar 2002)
A briga pelo Oscar de melhor ator estava entre Jack Nicholson por As confissões de Schmidt e Daniel Day Lewis por Gangues de Nova Iorque. Todos foram arrebatados quando Adrien Brody por O pianista foi anunciado o vencedor da categoria. O ator mais jovem a já ganhar o prêmio ainda protagonizou um dos grandes momentos da história do Oscar. Eternizando-se ao roubar um beijo de Halle Berry, que lhe entregaria a estatueta.
7 – Os cafetões brilham (Oscar 2006)
Depois de premiar o rapper Eminem, a academia seguiu quebrando tabus e contrariando alguns ritos conservadores ao premiar Jordan Huston e Cedric Coleman pela canção It´s hard out here for a pimp (algo como A vida é difícil para um cafetão) do filme Ritmo de um sonho. A cancão, interpretada pelo grupo Three six mafia valeu uma ótima piada do apresentador Jon Stewart. “Three six mafia 1, Martin Scorsese 0”, disparou o comediante. A tempo, já que no ano seguinte Scorsese ganharia seu Oscar.
6 - Sank you (Oscar 2009)
O filme japonês A partida superou o favoritismo do israelense Valsa com Bashir. Pouca gente havia visto e muitos nem sequer tinham ouvido falar do filme antes. O diretor da fita, Yojiro Takita, não sabia falar uma palavra de inglês. Visivelmente emocionado, e surpreso, disparou um Sank you. Não precisava dizer mais nada.
5 –Tom Hanks ganha novamente (Oscar 1995)
São poucos os atores que têm mais de um Oscar. Três só Jack Nicholson. Justamente por isso, impressionou meio mundo quando a academia de Hollywood concedeu o Oscar de melhor ator para Tom Hanks em 1995 por seu papel em Forrest Gump. Ele havia vencido no ano anterior por Filadélfia. Era esse o momento que o transformava não só em astro, como em lenda viva.
4 – Cidadão Kane não vence (Oscar 1942)
Para muitos, essa é uma das maiores injustiças da história do prêmio. Não é para tanto. Com bons filmes em competição, Como era verde o meu vale (o vencedor), O falcão Maltês (o melhor filme estrelado por Humphrey Bogart), Suspeita (um dos muitos grandes filmes de Hitchcock) e Sargento York, era de se imaginar que algo assim pudesse acontecer. No entanto, o filme que foi taxado de o melhor filme americano da história (para muitos ainda é) ficou sem o Oscar.
3- A (polêmica) vitória de Marisa Tomei (Oscar 1993)
A atriz venceu as duas favoritas Miranda Richardson e Vanessa Redgrave (mãe e filha que concorriam na mesma categoria). Até hoje sua vitória para lá de inesperada por Meu primo Vinny suscita discussões. Há quem acredite que o veterano Jack Palance errou o nome da vencedora e que a academia para não voltar atrás manteve Tomei como vencedora. De qualquer maneira, para afastar polêmicas dessa natureza, a partir daquele ano o vencedor passou a levar o envelope com seu nome para casa.
2- A animação imortal (Oscar 1992)
Na realidade, essa surpresa se deu antes da cerimônia do Oscar;ocorreu no anúncio dos indicados. A animação A bela e a fera foi indicada a melhor filme do ano. Roubando a vaga de produções tarimbadas como Cabo do medo de Scorsese, Thelma & Luise de Ridley Scoot e O pescador de ilusões de Terry Gillian. Um feito notável que só foi repetido esse ano com a inclusão de Up – altas aventuras entre os selecionados para disputar o Oscar de melhor filme. Mas a conquista de A bela e a fera é ainda maior devido a dois fatores: Só haviam 5 indicados na época, ao contrário dos dez desse ano e a animação ainda não representava a galinha dos ovos de ouro que representa hoje para Hollywood.
1- Woody Allen no Oscar (Oscar 2002)
Uma das pessoas que mais ostentam indicações ao Oscar, Allen já foi contemplado como roteirista, ator, diretor, compositor e produtor. Até mesmo ganhou o Oscar, em 1977 ,com Noivo neurótico, noiva nervosa. Mas nunca havia comparecido a cerimônia do Oscar. Diz-se avesso a toda aquela badalação (Há teorias que sustentam que ele não têm mais prêmios e indicações justamente por isso). Mas Allen compareceu a cerimônia de 2002 para fazer uma homenagem a cidade de Nova Iorque, que no ano anterior fora vítima do maior atentado terrorista da história da humanidade até hoje. A participação de Allen havia sido mantida em sigilo pelos produtores da cerimônia. Foi um belo presente para Nova Iorque e para os cinéfilos.
Veja o vídeo da participação de Allen no Oscar:
Caramba!
ResponderExcluirsério que ainda acham que Palance leu Marisa Tomei por engano? Hahahaha, que horror! Ainda nao assisti "Meu Primo Vinny" então não sei, mas dessa eu não sabia...eita!
Woody Allen no Oscar. Que momento de frescor, hã?
falou a unica aparição da Katherine Hepburn na sua lista, Reinaldo. Ela deu as caras uma vez lá também...
muy buena a lista!
ABS!
Obrigadão pelo apoio e pelos elogios Elton. Pois é, não pûs a Katherine assimi como não coloquei a ausência de Brando e a (falsa) india recebendo o Oscar em seu nome, pois não as considerei surpresas que se ajustassem a proposta desse top 10. Mas foram surpresas sim.
ResponderExcluirABS e continue por aí!
A premiação de Marisa Tomei, embora inesperada, não foi absurda. Seu desempenho foi bom, num personagem cativante, num papel de comédia, diferente das concorrentes, que concorriam em papéis densos e complexos. Muitos alegam que a academia desejou esnobar das outras 4 concorrentes, todas britânicas, enquanto que Marisa era a única americana das concorrentes ao prêmio de melhor atriz coadjuvante. Marisa Tomei teve a oportunidade de confirmar a sua competência artística, vários anos depois, em dois filmes nos quais recebeu indicação ao prêmio de melhor atriz coadjuvante (Entre quatro paredes e O Lutador).
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