As vias do amadurecimento
O pequeno drama inglês Educação (An education ING 2009), que debutou no festival de Sundance do ano passado, atinge com as três indicações ao Oscar que recebeu (filme, roteiro adaptado e atriz) o máximo de visibilidade possível. Bom para o filme e bom para o espectador que pode descobrir essa pequena pérola cinematográfica.
Em Educação, Jenny (Carey Mulligan), uma jovem de muita inteligência e ambição, quer viver seus sonhos o mais intensamente possível. Algo que parece palpável em seu futuro, já que fala francês fluentemente, tem bom gosto musical e para as artes e boas notas. De família de classe média e tradicional, a jovem Jenny se impressiona pelo mundo de boêmia apresentado pelo sedutor David (Peter Sarsgaard). Um judeu americano, uns 15 anos mais velho do que ela, bom de lábia e que valoriza tudo aquilo que ainda faz parte dos sonhos e desejos de Jenny. David, em seus insuspeitos movimentos de sedução, propõe a Jenny que tudo que ela sonha e fantasia pode ser real. Vívido. Tangível.
Em Educação, Jenny (Carey Mulligan), uma jovem de muita inteligência e ambição, quer viver seus sonhos o mais intensamente possível. Algo que parece palpável em seu futuro, já que fala francês fluentemente, tem bom gosto musical e para as artes e boas notas. De família de classe média e tradicional, a jovem Jenny se impressiona pelo mundo de boêmia apresentado pelo sedutor David (Peter Sarsgaard). Um judeu americano, uns 15 anos mais velho do que ela, bom de lábia e que valoriza tudo aquilo que ainda faz parte dos sonhos e desejos de Jenny. David, em seus insuspeitos movimentos de sedução, propõe a Jenny que tudo que ela sonha e fantasia pode ser real. Vívido. Tangível.
Peter Sarsgaard é o sedutor David: a materialização do machismo e do cinismo dominantes na Inglaterra do pós-guerra
O interesse romântico por David então se desdobra em outros anseios, que Jenny mantinha interiorizados até o surgimento desse homem que lhe proporcionará – direta e indiretamente - uma distinta e muito mais complexa educação.
É sobre essa enriquecedora jornada que trata o filme da dinamarquesa Lone Scherfig. A diretora sabe capitalizar muito bem em cima do roteiro escrito pelo inglês Nick Hornby. Além do processo de amadurecimento que testemunhamos, doloroso e rompante como de hábito, podemos vislumbrar, a partir da direção elaborada de Scherfig, outros rumos do filme.
A diretora valoriza a polarização de visões. Existe claramente no filme um confronto velado entre um movimento feminista, ainda que embrionário, e uma sociedade dominantemente machista. O final do filme, entre outras sutilezas, demonstra a força desse subtexto. Scherfig situa a Inglaterra do pós-guerra como um país ainda repleto de ranços ideológicos (e a cisma de alguns personagens com os judeus é eloquente nesse sentido), em um painel que se materializa na própria vertigem emocional que a protagonista atravessa. É Jenny quem põe as coisas em suspensão. Entre a resignação e a busca pela felicidade, que permeia o filme de uma forma ou de outra, Jenny, a despeito de alguns infortúnios, segue adiante; escolada na vida, pelos menos em sua concepção.
Educação é um filme pedagógico. Mas antes disso, é uma fita sexy e solar, que tem em Carey Mulligan, uma presença luminosa, seu brilho mais intenso.
Jenny e suas colegas de escola: Não há atalhos para o amadurecimento
Acho que Educação é uma das grandes surpresas do ano. É simples, mas ao mesmo tempo toma contornos universais por tratar de um tema já recorrente no final da adolescencia. Carey deslumbrante dando o fresco e seu lindo sotaque ao filme, e como você disse, brilhando.
ResponderExcluirTodo mundo viu menos eu!!!! Por que Deus??? Por que???
ResponderExcluirluis: É verdade. Uma grata surpresa.Tanto o filme, quanto Carey. ABS
ResponderExcluirEri: Não se preocupe Eri. Vc ainda vai ter a oportunidade de assistir. E tenho certeza de que irá gostar. ABS
Olá, moço! Ontem assisti a esse filme e vim aqui procurar seu comentário sobre ele. Achei um bom filme, mas não para estar na disputa pela estatueta. Mas é uma história bacana, que dá vontade de contar aos outros, como qdo a gente termina um bom livro. E concordo plenamente que Carey Mulligan é o que o filme tem de mais intenso, uma ótima atuação. Beijãozão.
ResponderExcluirOi Lygia, tudo bem?
ResponderExcluirÉ isso mesmo que vc disse. O filme só entrou na disputa pq são 10 indicados.Ainda assim é um filme superior aos dois favoritos, Guerra ao terror e Avatar. Feliz de te ver por aqui. Bjs
Oi Reinaldo, falou tudo! Realmente apreciamos o filme.
ResponderExcluirAcho fundamental ela ter passado por um processo empolgante e também decepcionante, é bem isso mesmo, para amadurecer não há como fugir dessa rota.
No mais, como você já o sabe, Educação é um filme para refletirmos como transitamos em nossas escolhas opostas, entre o tradicional e o inovativo. Essa escolha nunca foi fácil para mim.
bjs!
By the way, adorei as mudanças no blog. Sucesso no seu projeto, eu sempre torcerei por você, és um cinéfilo muito especial para mim. bjs!
ResponderExcluirObrigado madame. E conto com vc na jornada. Bjs
ResponderExcluirTentarei ver esta semana, por isso não li seu texto todo. E depois passo aqui e digo o que achei.
ResponderExcluirBeijos! ;)
Tá ok. Obrigado pela visita Mayara!Agora, eu tenho que confessar que não entendo direito o pq de vc preferir não ler criticas antes de conferir os filmes. Bjs
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