Tudo
indica que Sam Mendes irá retornar como o diretor do 24º filme de 007. Mas,
enquanto o contrato não é finalmente assinado, os produtores vão mantendo
sondagens a um punhado de diretores que surgem como possibilidades para assumir
a cadeira de diretor.
A
imprensa americana veiculou na última semana os nomes do dinamarquês Nicolas
Winding Refn, dos ingleses Tom Hooper e David Yates e do taiwanês Ang Lee como
nomes no radar da EON, MGM e Sony, estúdios responsáveis pela série junto aos
produtores Michael G. Wilson e Barbara Broccolli. Com alguns desses nomes,
inclusive, já se estaria negociando.
São
todos nomes de qualidade e que, certamente, fariam filmes interessantes. Mas a
abordagem de Bond e de seu universo seria diferente nas mãos de cada um deles.
Mas qual faria o melhor Bond? A cinefilia, às vezes, encontra eco na divagação.
David
Yates, por exemplo, é um homem de estúdio. Já provou eficiência na condução de
grandes séries inglesas, foi o responsável pelos últimos quatro filmes da
franquia Harry Potter, e seria o candidato ideal para rodar um filme de
colaboradores. O outro inglês da lista, Tom Hooper, seria uma escolha
inusitada. A princípio, sua menção se resumiria ao fato de ser britânico e à
intenção de manter o controle criativo de Bond em terra bretã. Uma reflexão
mais dimensionada, no entanto, mostra que Hooper é o tipo de diretor clássico
que possibilitaria um desenvolvimento coerente da série a partir do ponto em
que o também britânico Sam Mendes a deixou. Tanto Mendes quando Hooper vêm do
palco londrino, cresceram com o personagem como referência inglesa e de
masculinidade e demonstraram perícia técnica em suas incursões no cinema. Seguro
dizer, portanto, que a opção por Hooper, assim como Mendes, vencedor do Oscar por seu
primeiro longa-metragem, visaria reproduzir os efeitos da escolha pelo diretor de Beleza americana. Ang
Lee seria uma escolha corajosa. Principalmente pelo fato de que Hulk, o
único blockbuster essencialmente blockbuster da carreira do cineasta ficou
aquém das expectativas da indústria e de grande parte do público. Mas seria uma
escolha compatível com a fase de Bond ensejada por Operação skyfall. Lee é um
cineasta sensível que consegue aliar alma à cenas de ação – como provado em O
tigre e o dragão. Mas é sua capacidade de trabalhar com luz e sombras sobre os
personagens que faz de Lee a melhor opção entre as aventadas para assumir 007
Lee e seu Oscar por As aventuras de Pi: ele poderia finalmente levar Bond aos prêmios
Nicolas
Winding Refn seria uma aposta até certo ponto incoerente. Os produtores já
disseram que não dariam um 007 a Quentin Tarantino por entender que a linguagem
não bate. Então porque dariam a Refn, diretor tão estilizado quanto Tarantino e
até mais esteta? Não faria sentido contratá-lo apenas para censurá-lo. De
qualquer jeito, seria o Bond mais insuspeito e original – ainda que fosse um
filme ruim.
Por favor, Tom Hooper, não, hehe. Acho que ficaria surpresa, mas seria interessante ver Ang Lee nessa.
ResponderExcluirbjs
Desses aí, Lee tb seria minha primeira escolha. Até preferiria ele a repetir Mendes na direção.
ResponderExcluirBjs
Adorei a matéria, bom, você bem sabe que adoro a franquia James Bond. Interessante o nome do Ang Lee, Refn e Yates na roda, agora realmente, faço coro a Nanda, Hooper não!!! Seria um desastre!
ResponderExcluirNo fundo acho que eu quero o Sam Mendes de volta.
Abs.