De vez em quando um projeto suscita muito interesse nos
bastidores de Hollywood. Não há projeto que se adeque melhor a essa noção do
que "50 tons de cinza". Os produtores ligados ao projeto não têm pressa. A
pré-produção já vigora há quase um ano. A Focus Pictures, braço do cinema
independente da Universal, já detém os direitos de adaptação desde meados de
2012. De concreto, apenas a roteirista Kelly Marcel. Ela vem da TV e seu primeiro
roteiro é do ainda inédito Saving Mr. Banks. Kelly foi anunciada em outubro do
ano passado. Desde então, nenhuma outra novidade concreta surgiu na
pré-produção do filme. O processo de casting tem sido mais longo do que o
habitual; assim como a escolha de um diretor. Essa aparente hesitação só
tumultua o noticiário cultural que faz pipocar boatos sobre quem está na
dianteira para assumir as principais cadeiras de "50 tons de cinza" no cinema. A
direção, o papel de Christian Grey e o de Anastasia Steele.
Bledel e Bomer em pôster feitos pelos fãs |
Há atores se oferecendo ao papel, caso dos atores Stephen
Amell (mais conhecido pela série de TV "Arrow") que vazou que negociava com a
produção do filme e Alex Pettyfer (de Magic Mike) e há atores que refutam todos
os esforços da produção – como seria o caso de Emma Watson.
A mais recente onda de boatos dá conta de que Matt Bomer, o
favorito de muitos fãs tanto nos EUA como no Brasil pode, enfim, ser o
Christian Grey do cinema. Há, na verdade, uma fan page no Facebook que pede
para que o ator seja o escolhido e indica a atriz Alexis Bledel (de filmes como
Recém-formada e Sin city- a cidade do pecado) como a “Anastasia Steele” dos
sonhos.
O último nome aventado para a direção foi o de Joe Wright.
De acordo com reportes da Variety, a opção por Wright se daria por ele já gozar
de um bom relacionamento com o estúdio. Gus Vant Sant, que já havia se
oferecido para dirigir o último capítulo de Crepúsculo – dividido em dois
filmes – voltou a se oferecer para ser o diretor de um fenômeno pop literário
com forte apelo junto ao público jovem. Ainda não se sabe se sua reivindicação
surtirá algum efeito.
Tanto Wright como Van Sant seriam boas escolhas, mas talvez
fossem escolhas aborrecidas. Wright por seu academicismo exacerbado, ainda que
detenha vigor no enquadramento do feminino (tão bem emulado por ele em obras
como Desejo e reparação e Anna Karenina), e Sant por sua tendência de
“problematizar” um produto que vive para ser entretenimento. Cineastas como
Jane Campion, Adrian Lyne e mesmo Paul Verhoeven talvez fossem melhores opções.
Se a ideia é surpreender, boas pedidas seriam Anne Fontaine, Atom Egoyan,
Cristian Mungiu ou Roman Polanski. Mas é improvável que qualquer um desses
nomes seja considerado ou aceite a proposta.
Joe Wright dirige Keira Knightley nos bastidores de Anna Karenina: ele já disse não a 50 tons de cinza
Wright, envolvido em outros dois projetos, já disse que não
tem agenda para fazer o filme. Mas tudo é negociável em Hollywood. A escolha
do diretor, no entanto, é algo que habitualmente antecede o casting.
A boataria sugere que os atores não devem ser celebridades
do primeiro escalão. O que já cortaria nomes como Ryan Gosling, James Franco e
Jake Gyllenhaal da bolsa de apostas. Matt Bomer não deixa de ser um bom nome,
mas assim como seu rival mais lembrado – Iam Somerhalder – fraqueja nos dotes
dramáticos. Mila Kunis é muito sensual para o papel de Anastasia. Watson seria
a escolha perfeita, mas ela parece hesitante. A escolhida deve vir da TV.
Enquanto essas definições não chegam, e não se sabe ao certo até que ponto essa
demora tem a mão da autora E.L. James no zelo de sua cria, a fogueira das
vaidades hollywoodiana vai ardendo.
Ian Somerhalder seria perfeito para o papel de Christian Grey, mas acho dificil escolherem ele.
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