Rota da diversão
Rota de fuga (Escape plan, EUA 2013) não é exatamente um
filme. Pelo menos não no sentido mais conceitual, encorpado do termo. É uma
ideia, boa por sinal, esticada muito além do desejável e do recomendável. E se
Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger estivessem em uma mesma prisão de
segurança máxima e tivessem que se unir para fugir dali? É isso! Aí o filme
dirigido pelo sueco Mikael Hafström, dos bons Fora de rumo (2005) e O ritual
(2011), articula uma porção de momentos vergonha alheia e inverossimilhanças
para fazer a dita cuja da boa ideia prosperar na telona.
Stallone e Schwarza em cena de Rota de fuga: é, o jeito vai ser convocar os mercenários...
Mais do que qualquer outra coisa, Rota de fuga é um sinal
claro de que ambos os astros estão esgotados. Não por continuarem fazendo
cinema dos anos 80 nos anos 00, ou pelas cenas de ação nem sempre estimulantes,
mas porque o carisma já não está sendo suficiente para segurar uma bomba. Mesmo
juntos!
Stallone faz um tipo especializado em quebrar protocolos de
segurança de prisões federais. A justificativa estapafúrdia que o leva à prisão
em que o grosso do filme se desenvolve é das coisas mais canastras na história
dos filmes de ação. Até Stallone fica meio sem jeito, mas a coisa segue. Uma das
brincadeiras do filme é colocar o rapper brucutu 50 Cent – que sonha em virar
astro de filmes de ação – como um fora da lei high tech e com jeito de bandido
nerd e o cara de bom moço Jim Caviezel (que fez Cristo, para ficar em um
exemplo) como o implacável – e algo afetado – diretor da prisão. Há outras
pontas de gente bacana como Amy Ryan e Vinnie Jones, mas Rota de fuga se ocupa
mesmo de tentar dar viço àquela boa ideia aventada no início desta crítica. Não
dá para dizer que é bem sucedido nesse intento. Não dá para dizer que falha
também. A condescendência dos fãs, sempre necessária em filmes nesses moldes,
precisará ser redobrada neste caso. Isso posto, é diversão garantida.
Ah, tá aí, vou discordar de você, rs. O filme é estapafúrdio, mas a gente consegue comprar a ideia pela forma como ele constrói desde o início. Eu gostei muito de algumas coisas, como a cena da revelação de onde é a prisão. E do início, onde a gente não sabe exatamente ainda qual é a história. Os dois estão desgastados, é verdade, repetindo a mesmo fórmula sem ser mais garotos, mas esse filme, em específico, eu achei que conseguiu algo interessante independente deles.
ResponderExcluirbjs
Amanda: Vc pode discordar à vontade de mim amanda! rsrs. Sempre bem vinda! Eu acho que só na base da condescendência elavadíssima a gente consegue comprar a ideia do filme ( e a forma como ela é tarbalhada). Isso posto, me diverti com o filme.
ResponderExcluirBjão
Péssima crítica. Não fica claro a exposição das idéias, e baseado em mais de 10 críticas que li do filme, a sua é a única que vê o filme mais como um fracasso do que um sucesso, que é o que o considero, já que conta com uma grande atuação de Sly e com a humildade de Arnold, que aceita sempre estar em segundo plano nas cenas e ser um coadjuvante, o que é ainda mais nobre vindo de um ex governador americano.
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