sábado, 19 de outubro de 2013

Especial O quinto poder - Os barões do digital



A rede social foi o primeiro. Este ano, já tivemos Jobs, em que Ashton Kutcher emulou com diferentes resultados o criador da Apple Steve Jobs, Os estagiários, para o qual muita gente torceu o nariz por ser uma propaganda assumida (ainda que espirituosa) do Google, e agora O quinto poder, sobre a figura cercada de curiosidade e polêmicas de Julian Assange, o criador do Wikileaks. Em comum, esses filmes tem mais do que sua contemporaneidade e o fato de serem essencialmente sobre sites, revolução nos costumes, e as pessoas que estão por trás disso. Eles refletem uma mudança que está cada vez mais embrenhada em nossa sociedade. Sete das dez empresas mais poderosas do mundo estão ligadas ao digital e à internet de alguma forma, inclusive as duas primeiras (Apple e Google). O Wikileaks obteve protagonismo e pautou a mídia internacional e, em nítida influência da ação do Wikileaks, o ex-funcionário da NSA (agência de segurança nacional dos EUA), Edward Snowden faz o mesmo no tocante as acusações de espionagem pelos EUA.
A dinâmica mudou, a linguagem mudou e a sociedade está mudando nesse compasso. É esse novo status quo que o cinema hollywoodiano tenta capturar focalizando, em um primeiro momento, nos precursores dessa transformação. Há mais filmes sobre Assange e Jobs no forno. Há o Netflix, que enseja mudanças na regra do jogo, e toda uma expectativa sobre como os barões do digital vão mudar nosso jeito de viver e, claro, de ver filmes.
Nesse sentido, A rede social – o épico sobre ganância e empreendedorismo dos novos tempos urdido por David Fincher – é o principal parâmetro. O filme captura brilhantemente o espírito da geração y e sua maneira de se relacionar entre si e com as demais gerações. É esse o alicerce diegético emerso da nova realidade.

3 comentários:

  1. Boa reflexão, Reinaldo. EStou curiosa em relação a O Quinto Poder, espero que seja um filme melhor que Jobs.

    bjs

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  2. Então, acho que essa onda reflete sim esse novo momento tecnológico e cultural, mas fiquei meio com o pé atrás quando vi que o "O quinto poder" rodou nas bilheterias logo nas estreia. Não acredito que isso se deva ao boicote do Assange, mas a um certo cansaço do público com a pauta ou com a figura real. Ou o problema seria mais do enredo/enfoque em si? O que vc acha?
    Bjs

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  3. Pior que "Jobs" não tem como ser Amanda.
    Bjs

    Aline: Definitivamente não se deve ao boicote liderado por Assange. É mais fruto do desinteresse do espectador médio sobre o filme. As críticas divididas tb não ajudaram. Falo um pouco mais sobre isso no post "As versões da verdade" do especial e também na seção Insight do próximo domingo.
    Bjs

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