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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Crítica - Rota de fuga

Rota da diversão

Rota de fuga (Escape plan, EUA 2013) não é exatamente um filme. Pelo menos não no sentido mais conceitual, encorpado do termo. É uma ideia, boa por sinal, esticada muito além do desejável e do recomendável. E se Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger estivessem em uma mesma prisão de segurança máxima e tivessem que se unir para fugir dali? É isso! Aí o filme dirigido pelo sueco Mikael Hafström, dos bons Fora de rumo (2005) e O ritual (2011), articula uma porção de momentos vergonha alheia e inverossimilhanças para fazer a dita cuja da boa ideia prosperar na telona.

Stallone e Schwarza em cena de Rota de fuga: é, o jeito vai ser convocar os mercenários...

Mais do que qualquer outra coisa, Rota de fuga é um sinal claro de que ambos os astros estão esgotados. Não por continuarem fazendo cinema dos anos 80 nos anos 00, ou pelas cenas de ação nem sempre estimulantes, mas porque o carisma já não está sendo suficiente para segurar uma bomba. Mesmo juntos!
Stallone faz um tipo especializado em quebrar protocolos de segurança de prisões federais. A justificativa estapafúrdia que o leva à prisão em que o grosso do filme se desenvolve é das coisas mais canastras na história dos filmes de ação. Até Stallone fica meio sem jeito, mas a coisa segue. Uma das brincadeiras do filme é colocar o rapper brucutu 50 Cent – que sonha em virar astro de filmes de ação – como um fora da lei high tech e com jeito de bandido nerd e o cara de bom moço Jim Caviezel (que fez Cristo, para ficar em um exemplo) como o implacável – e algo afetado – diretor da prisão. Há outras pontas de gente bacana como Amy Ryan e Vinnie Jones, mas Rota de fuga se ocupa mesmo de tentar dar viço àquela boa ideia aventada no início desta crítica. Não dá para dizer que é bem sucedido nesse intento. Não dá para dizer que falha também. A condescendência dos fãs, sempre necessária em filmes nesses moldes, precisará ser redobrada neste caso. Isso posto, é diversão garantida.


3 comentários:

  1. Ah, tá aí, vou discordar de você, rs. O filme é estapafúrdio, mas a gente consegue comprar a ideia pela forma como ele constrói desde o início. Eu gostei muito de algumas coisas, como a cena da revelação de onde é a prisão. E do início, onde a gente não sabe exatamente ainda qual é a história. Os dois estão desgastados, é verdade, repetindo a mesmo fórmula sem ser mais garotos, mas esse filme, em específico, eu achei que conseguiu algo interessante independente deles.

    bjs

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  2. Amanda: Vc pode discordar à vontade de mim amanda! rsrs. Sempre bem vinda! Eu acho que só na base da condescendência elavadíssima a gente consegue comprar a ideia do filme ( e a forma como ela é tarbalhada). Isso posto, me diverti com o filme.
    Bjão

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  3. Péssima crítica. Não fica claro a exposição das idéias, e baseado em mais de 10 críticas que li do filme, a sua é a única que vê o filme mais como um fracasso do que um sucesso, que é o que o considero, já que conta com uma grande atuação de Sly e com a humildade de Arnold, que aceita sempre estar em segundo plano nas cenas e ser um coadjuvante, o que é ainda mais nobre vindo de um ex governador americano.

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