São 27 créditos como ator. Não é exatamente uma carreira
agitada no cinema a que ostenta Jared Leto, aos 42 anos de idade, mas com o
rosto de eterno menino. A média baixa de produções se justifica pelo fato do
ator também ser músico. Na concepção de Leto, e isso é muito importante, ele é
um músico que também é ator. O vocalista da banda de rock alternativo, nem tão
alternativo nos últimos tempos, 30 seconds to Mars, no entanto, em sua
encarnação no cinema não brinca em serviço. Às vésperas de se sagrar um
vencedor do Oscar pelo papel de um travesti HIV positivo em Clube de Compras
Dallas, Leto permanece sem novos trabalhos em vista. Criterioso ,
só se envolve em projetos que signifiquem muito em um nível pessoal. Talvez por
isso, estivesse afastado do cinema desde 2009.
A presença em filmes tão díspares e significativos, ainda
que em papéis menores, como Clube da luta (1999), Além da linha vermelha
(1998), Garota interrompida (1999) e Psicopata americano (2000) entrega o faro
apurado de Leto para bons projetos. Claquete destaca os melhores trabalhos do
ator.
Réquiem para um sonho (2000)
No drama pesado de Darren Aronofsky, o ator faz um viciado
com um grau de veracidade que ainda hoje espanta.
O quarto do pânico (2002)
Sob as ordens de David Fincher, ele vive um assaltante
inseguro e imprevisível e novamente espanta pela urgência que impõe à
performance. O tom grave de seu desempenho ajuda a manter o espectador preso à
poltrona enquanto Fincher tece um dos grandes suspenses contemporâneos.
Alexandre (2004)
Em um filme de muitos equívocos, Jared Leto é um dos poucos
acertos. No ambicioso épico de Oliver Stone, Leto faz o melhor amigo e objeto
de um amor abnegado do protagonista vivido por Colin Farrell.
O senhor das armas (2005)
Como o irmão instável do traficante de armas vivido por
Nicolas Cage, Leto surge intenso e emocionante; provando mais uma vez que sabia
dilatar papéis coadjuvantes como poucos atores de sua geração.
Capítulo 27 (2007)
No filme que acompanha os dias que antecederam o assassinato
de John Lennon a partir da perspectiva de seu assassino, Leto dá um show em um
papel complexo, obscuro e tremendamente desafiador. Pouco visto, seu desempenho nesta pequena joia do cinema independente permanece como um de seus melhores
trabalhos.
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