quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Espaço Claquete - Contrabando

Contrabando (Contraband, EUA 2012) pode ser descrito vulgarmente como o melhor e o pior que Hollywood tem a oferecer em matéria de entretenimento. É, também, aquele tipo de filme que cresce exponencialmente na telinha (ou mesmo telona) de casa. Mark Wahlberg estrela como um sujeito de passado criminoso que se endireitou na vida e tem o respeito de seus antigos comparsas por isso. No entanto, ele é levado de volta à vida criminosa em virtude de um desarranjo de seu cunhado com um traficante de drogas local. Para manter sua família fora do radar dos criminosos, aceita contrabandear uma remessa de dinheiro falsificado do Panamá para os EUA. Obviamente, nem tudo sairá como o planejado.
Estão todos lá. Os principais códigos do filme de gênero que ergueram o bastião dos filmes B com estilo e classe. O desconhecido Baltasar Kormákur, na direção, consegue manter a tensão viva, mesmo que o público saiba precisamente para que ponto a trama vai. As reviravoltas, ainda que previsíveis, estão bem contextualizadas na trama e o bom elenco coadjuvante formado por Kate Beckinsale, Giovanni Ribisi, Ben Foster e Diego Luna ajuda a aumentar a boa vontade com o filme.
Mas a presença desses códigos e a total indisposição de “mudar um time que está ganhando” faz de Contrabando um filme símbolo do jeito industrial como Hollywood despeja filmes no mercado. Não à toa, a produção não foi sequer lançada nos cinemas brasileiros, indo direto para o home vídeo. Nos EUA, por exemplo, fez respeitáveis U$ 70 milhões (custou pouco mais de U$ 20 milhões), renda superior ao recente e muito mais caro Depois da terra. O que nos leva a constatação que esse tipo de filme vende. Existe um público cativo e fiel a esse tipo de produto que potencializa-se ainda mais nas megastores e locadoras. Se for bem feito, como no caso de Contrabando, o custo é mais do que bem recompensado.

2 comentários:

  1. Gosto do Mark Wahlberg que sempre demonstrou competência e evoluiu bastante como ator. Aliás, lhe parabenizo pelo perfil dele abaixo. Mas nem sempre fico interessado nos filmes de ação que ele protagoniza ou comédias. Depende do diretor, viu? Em O Vencedor, por exemplo, ele esta excelente. Em outras ocasiões: Os Infiltrados e TED, o qualificam como um ator capaz de vários desafios. "Contrabando" assim como Max Payne (mas depois eu assisti na TV) não despertaram tamanho interesse particular para valer um ingresso que fosse. Nem vi Contrabando ainda para falar a verdade! "Sem Dor, sem Ganho" será outro exemplo.
    Ótimo texto.

    Abs.

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  2. Rodrigo: Max Payne é o ó! rsrs. É para qualquer um ter aversão a Wahlberg. Mas na sua linha de raciocínio, eu culpo o John Moore. Diretor para lá de irregular. Mas acho que Wahlberg é mais talentoso do que muitos admitem. E é voluntarioso também, artigo raro na Hollywood atual. Além de ser um baita de um action figure...
    Abs

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