Nesta edição da seção Em off, Natalie Portman cada dia mais
completa como artista, a grita da equipe de O cavaleiro solitário, as novidades
em relação a Missão impossível 5 e mais filmes que farão o festival
internacional de cinema de Toronto.
A crítica da crítica 1
Johnny Depp, Armie Hammer e o produtor Jerry Bruckheimer
recorreram a um expediente feio e em crescente descrédito para justificar o
fracasso de O cavaleiro solitário nos cinemas: culparam a crítica. Em coro,
disseram que a má vontade da crítica especializada com o filme vinha desde o
anúncio de que Gore Verbinski dirigiria a produção. Bruckheimer disse que a
crítica foi ao orçamento e não à fita. Já Depp falou que a opinião estava
formada mesmo antes do filme lançado e Hammer apontou um conluio de críticos
americanos para destruir blockbusters de verão nas bilheterias.
A crítica da crítica 2
É relativamente comum entrevero como esses, mas nos idos da
internet já se sabe que a influência da crítica de cinema é cada vez menor.
Quadro ainda mais alarmante quando se leva em consideração produções de verão.
Filmes como O homem de aço, nesse mesmo 2013, foram tão negativados quanto O
cavaleiro solitário e fizeram boa bilheteria. A franquia Crepúsculo é o maior
exemplo de execração crítica e sucesso de público. Depp e companhia vão ter que
escolher um bode expiatório mais convincente.
Mark Marky contra-ataca...
Em entrevista à rádio BBC de Londres, Mark Wahlberg deu seus pitacos sobre a intriga envolvendo O cavaleiro solitário, que dará um prejuízo à Disney de cerca de U$ 200 milhões. "Hoje em dia os estúdios se preocupam tanto com o marketing dos filmes, de como empurrá-los para o público e acabam se esquecendo de medir a qualidade desses produtos em primeiro lugar". Wahlberg, que estará no elenco do quarto Tranformers e será perfilado este mês em Claquete, disse ainda que no caso particular de O cavaleiro solitário o buraco era mais embaixo. "Eles fizeram um filme de U$ 225 milhões, certo? Mas é um filme sobre dois caras a cavalo no deserto. Para onde foi o dinheiro?"
Wahlberg em foto tirada pouco depois da entrevista dada no dia 7 à BBC, todo prosa porque vai ter perfil em Claquete neste mês, diz que Tranformers 4 não será "O cavaleiro solitário de 2014"
Natalie Portman 3 X 4
Pouca gente se dá conta, mas Natalie Portman não é só um
rostinho bonito do cinema. Que a atriz oscarizada se formou em psicologia em
Harvard e fala razoável número de línguas, leitores ávidos de Claquete e outros
tipos bem informados certamente já sabem, mas a atriz que é também produtora
(tem uma produtora para chamar de sua, a Handsomecharlie Films) já persegue
uma carreira como diretora. O primeiro passo foi dado em 2008, com o curta Eve
(primeiro filho da Handsomecharlie Films), lançado no Festival de Veneza
daquele ano. No ano seguinte, dirigiu um segmento do filme coletivo
Nova-Iorque, eu te-amo e agora se prepara para estrear efetivamente na direção
com a adaptação da autobiografia do escritor israelense Amos Oz, “De amor e
trevas”.
À agência Reuters, Oz disse que Portmam pediu os direitos
sobre o material a “uns cincos, seis anos” e ele aceitou por causa da “alto
estima” que tem pelo trabalho dela.
“De Amor e Trevas" narra a infância de Oz na Jerusalém
dos anos 1940 e 50, passando pela morte da mãe dele (que será vivida por
Portman), sua ida para um kibutz e as idas e vindas da política israelense após
o surgimento da nação. Oz disse que está ajudando a escrever o roteiro e que
Portman deve viajar em setembro a Israel para participar dos preparativos da
produção. As filmagens estão previstas para começar em janeiro.
Trata-se de um projeto com potencial complexidade narrativa
e que pode ser um belo de um cartão de visitas para essa nova fase da carreira
de Natalie Portman.
Natalie comandando o set em Nova-Iorque, eu te-amo: artista com bala na agulha...
Escolha certa?
Depois de Brad Bird, escolha até certo ponto incomum ter
renovado a franquia Missão Impossível com O protocolo fantasma, que agradou a
crítica e se assegurou como a maior bilheteria da série, Tom Cruise confirmou
que Christopher McQuarrie será o diretor do quinto filme. McQuarrie já dirigiu
Cruise em Jack Reacher :
o último tiro, mais recente tentativa do astro de estabelecer uma nova franquia
de ação. O filme, ainda que bom, não rendeu o esperado pelo estúdio, a mesma
Paramount que produz e distribui os filmes estrelados pelo agente Ethan Hunt.
Até segunda ordem, a ideia de Jack Reacher virar franquia está abortada.
McQuarrie é, inegavelmente, um bom roteirista e a franquia tem o hábito de
acreditar em diretores iniciantes e promissores. Foi assim com J.J Abrams no
terceiro capítulo e com Bird, então um diretor de animações, no quarto filme. É
ver qual vai ser o saldo desse mix de ousadias.
Algumas baladas de Toronto 2013 – parte II
Bad words
A estreia na direção de Jason Bateman promete ser um desses
marcos da comédia que vez ou outra surge por aí. Bateman investe no seu humor
característico para mostrar a história de um quarentão murrinha que vai parar em
uma competição infantil.
Devil´s knot
O novo filme de Atom Egoyan, inspirado em fatos reais,
acompanha o cotidiano de uma mãe após seu filho ser um dos três
jovens assassinados em
West Memphis , crime que chocou a América no início dos anos
90. Resse Witherspoon produz e protagoniza o drama.
Don jon
A aguarda estreia de Joseph Gordon-Levitt na direção já
debutou em Sundance, mas vai a Toronto para capitalizar mais. A trama gira em
torno de um jovem consumista, viciado em pornografia que tem dificuldades de
manter um relacionamento sério com Scarlett Johansson.
Gloria
A fita chilena é outra que já debutou em um festival, no caso Berlim. Gloria valeu o urso de prata de atriz a Paulina Garcia que vive uma mulher de meia idade divorciada que persegue sua última chance de amar na pista de dança de boates.
Hateship, loveship
As idas e vindas do amor em um filme com um elenco atraente composto por Guy Pierce, Kristen Wiig, Nick Nolte, Jennifer Jason Leigh e Hailee Steinfield. A trama, adaptada de um conto de Alice Munro, mostra os esforços de uma garota em orquestrar um romance entre sua babá e seu pai, um viciado em drogas em recuperação.
Aclamado filme grego que investiga as razões do inexplicável
suicídio de uma garota de 11 anos e os segredos que cercam a família. A direção
é de Alexandros Avranas .
September
Coprodução entre Grécia e Alemanha, o filme de Penny
Panayotopoulou faz um estudo de uma mulher solitária que se torna obsessiva com
uma família vizinha depois da morte de seu cachorro.
Third person
Olá Reinaldo, tudo bem?
ResponderExcluirSó batendo meu ponto aqui, para que saiba que aproveitei esta tarde para ler todas as colunas que estava em falta.
Todas as críticas, como sempre, sem exceção, muito bem escritas; as notícias, com conteúdo conciso e inédito para mim - aqueles filmes já estão registrados em mente para quando de sua estreia; não passarão despercebidos graças ao Claquete!
Grande abraço.
É, a culpa continua sendo da crítica, né? rs. Eles têm que culpar alguém, faz se sentirem melhor do que admitir os problemas do filme.
ResponderExcluirBelos destaques, Reinaldo.
bjs
Cássio: Obrigado pelo feedback, pelos elogios e por essa referência sempre pulsante e viva que dá a Claquete. Mais importante ainda: obrigado pelo comentário!
ResponderExcluirabs
Amanda: Valeu Amanda. Beijos