O 35º festival de Toronto se encerrou no domingo passado com um saldo muito positivo. Organizadores, público e crítica lançaram um veredicto unânime e difícil de haver em um evento deste porte. Toronto 2010 foi das melhores edições dos últimos anos. Muitos contratos de distribuição firmados, filmes que geraram irremediáveis Oscar buzz, e pencas de astros e estrelas desfilando pela cidade canadense. Os principais destaques da edição 2010 foram The king´s speech (eleito pelo público o melhor filme), Homens em fúria, The rabbit hole, Biutiful e Casino Jack.
Um Danny Boyle que incomoda muita gente
O primeiro filme de Danny Boyle depois do Oscar por Quem quer ser um milionário? é um filme que promete levar Boyle ao Kodak Theater novamente. 127 hours é um pequeno filme (mais um independente na carreira do cineasta inglês), inspirado em fatos reais e com uma interpretação, dizem, fenomenal de James Franco.
O que está pegando é que 127 hours, que acompanha a luta pela vida de um alpinista, tem feito muita gente passar mal durante uma cena de mutilação. É essa cena, dizem os que não passaram mal, que valerá a Franco uma indicação ao Oscar de melhor ator.
A sina dos irmãos Affleck
Em setembro o noticiário de Hollywood se dividiu entre os irmãos Affleck. De um lado, Ben – o irmão mais velho- que exibiu seu mais recente trabalho como diretor (Atração perigosa) nos festivais de Veneza e Toronto e lançou a fita em grande circuito no fim de semana passado nos EUA. Atração perigosa é sucesso de bilheteria e de crítica. O sempre contestado Ben parece ter encontrado paz na sua promissora carreira de diretor. O irmão mais jovem, Casey, que estrelou o debute do irmão na direção (Medo da verdade) também exibiu em Veneza e também lançou no circuito americano o documentário I´m still here: the lost year of Joaquin Phoenix. Considerado bom ator, a estréia de Casey na direção não foi festejada. A crítica torceu o nariz para o filme. Mais ainda depois de Casey ter admitido que tudo não passava de brincadeira. Porque o mau gosto já era nítido. Atração perigosa deve chegar aos cinemas brasileiros em novembro, já o documentário dirigido por Casey não tem previsão de distribuição no circuito brasileiro. Tanto Casey quanto Ben (e seus trabalhos) serão tema das próximas seções Insight aqui do blog.
Holofote
Claquete foi um dos primeiro veículos a apontar na direção de Andrew Garfield. Sim. Há um certo orgulho nessa afirmação. O ator, que David Fincher considera “um achado”, é dos nomes mais quentes em Hollywood atualmente. Recém anunciado como o Peter Parker do reboot que a Sony organiza para a franquia do Homem aranha, Garfield estrela dois dos principais filmes dessa Oscar season. O primeiro deles, que estréia no próximo fim de semana nos EUA, é A rede social. No vulgo “filme do Facebook” ele interpreta um dos fundadores do principal site de relacionamentos da atualidade.
O ator também está em Never let me go em que contracena com as inglesas Carey Mulligan e Keira Knightley. Dois filmes de pedigree e com ambições altas na temporada. Nada se compara, porém, a evidência que está por vir na pele do aracnídeo. Ele pode não ser o ator talhado para viver Peter Parker. Mas o ator que tem nome de gato, ao contrário de seu homônimo famoso, não tem preguiça de correr atrás do prejuízo.
Garfield ao lado de Jesse Eisenberg em cena de A rede social: um futuro brilhante
Deve começar já no meio de outubro a maratona de divulgação da primeira parte do último Harry Potter. Harry Potter e as relíquias da morte – parte 1 estréia em novembro nos cinemas de todo o mundo, mas antes disso o elenco, produtores e o diretor David Yates vão a alguns mercados estratégicos (já confirmados Londres, Los Angeles, Tóquio, Berlim e Cidade do México) divulgar o novo filme. Tudo pronto para a penúltima temporada em Hogwarts.
Primera mão
Sam Worthington sem 3D: em The debt, com estréia programada para dezembro nos EUA, o ator vive um espião
Paul Bettany é um padre incumbido de proteger a raça humanda dos vampiros na adaptação da Graphic Novel coearana O padre, que chega aos cinemas brasileiros em janeiro do ano que vem
Foi divulgada a primeira imagem de Pânico 4. O novo filme que conta com o elenco original e adições como Anna Paquin, Emma Stone e Hayden Panittere estréia em abril de 2011 nos cinemas de todo o mundo
Bolsão Oscar
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Natalie Portman
Depois das exibições em Toronto e Veneza, existe uma unanimidade. Mesmo que o novo filme de Darren Aronosfky, Cisne negro, não caia no gosto da crítica, sua estrela tem a glória das premiações a sua frente. O Chicago Sun Times escreveu: “Natalie é a certeza mais cristalina da temporada de premiações.”
Minhas mães e meu pai
Exibido com sucesso em Sundance e Berlim, a fita que mostra um cotidiano familiar diferente, agradou e muito a crítica internacional. Na falta de um candidato mais badalado como Quem quer ser um milionário? e Preciosa, é sério candidato a independente do ano no Oscar.
Ben Aflleck
Seu Atração perigosa tomou de assalto a crítica americana que está morrendo de amores pelo filme. Produtor, diretor, roteirista e protagonista da fita é difícil crer que Affleck não seja lembrado pelo menos como roteirista.
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Peter Weir
O diretor que é conhecido por só ter feito filmes bons não empolgou a crítica com seu mais recente trabalho, The way back. Exibido no começo do mês para uma platéia selecionada, The way back não impressionou. Weir que era tido como presença certa entre os diretores, passa a ser tido como carta fora do baralho.
Somewhere
Dos raros casos em que um leão de ouro provoca reação adversa. O prêmio em Veneza gerou má publicidade para o quarto filme de Sofia Coppola. O leão de ouro entregue por um júri presidido pelo amigo Quentin Tarantino foi o mais contestado dos últimos anos.
The next three days
O novo longa de Paul Haggis era aguardado até a divulgação do primeiro trailer. Russel Crowe estrela o filme que ganhou a indesejada pecha de thriller comum. Algo que ninguém esperava do homem por trás de filmes como Crash e No vale das sombras.
Olha a coluna hoje está bem agitada, né ?
ResponderExcluirEsse '127 horas' tá com cara de que vai ser bom e fazer sucesso, afinal, sem estreiar já está com isso tudo...imagina quando vir a público ? Vai bombar!
Ah cara, "Somewhere" ainda vai gerar muitas discussões, afinal sua vitória é mesmo um pouco...discutível.
Acho que a Natalie Portman ganha o Oscar de Melhor Atriz, está mesmo sendo muito bem falada!
Andrew Garfield pelo visto é um bom ator e está pegando bons papéis, tem mesmo uma carreira promissora pela frente.
Abs.
Ai meu deus, quanta coisa pra comentar rs.
ResponderExcluirJá estava anciosa pra 127 hours, ai começou esse bafafá, de cena que faz vomitar e tal, fiquei mais curiosa ainda !! Sempre achei J. Franco meio canastrão, mas parece que dessa vez ele vai me convencer !
Bom, o da S.Copolla, como já comentei aqui acho-a muito superestimada, então....
O Casey....é outro que eu não morro de amores. Tem o Assassinato de Jesse James e aquele Medo Da Verdade, ok sei que são filmes bons, a crítica adorou, mas eu não gostei não.
Sobre a Padmé, merece um oscar sim, ela é boa atriz, ma muito novinha não?
Falando nisso ( lá vai eu Rei, com minhas perguntas chatas rs ) quem é a atriz mais nova que já ganhou oscar? E ator?
Um beijo.
Alan: Acho que 127 hours será melhor do que Quem quer ser um milionário?, mas isso tb não é difícil né?!rsrs
ResponderExcluirSuper discutível a vitória de Somewhere e sério msm, tá bem mal falada no show business...
Natalie Portman é mesmo a front runner na corrida por melhor atriz...
E Andrew Garfield tem talento e um bom agente.
abs
Laís: James Franco é um dos nomes mais quentes dessa temporada. Vc vai ver. Acho ele bom ator. Foi o melhor do elenco de Milk, por exemplo.
Concordamos quanto a Sofia Copolla, vc sabe disso...
Acho Casey Affleck bom ator. Pelo menos é indiscutivelmente mais talentoso do que o irmão... O Affleck mais velho nasceu para a direção.
Vamos as suas perguntas: Não me lembro ao certo, mas creio que a atriz mais jovem a vencer um Oscar foi Tatum o´Neal pelo filme Lua de papel (1974). Ela tinha 10 anos à época. Anna Paquin por O piano (1994) vem logo atrás com 11 anos. No entanto, ambos os prêmios foram na categoria de coadjuvante. O ator mais jovem a vencer o Oscar foi Adrien Brody com 28 anos por O pianista. O mais jovem indicado foi Haley Joel Osment por O sexto sentido, à época com 12 anos (tb na categoria de coadjuvante).
Beijos