sábado, 18 de setembro de 2010

Cantinho do DVD

A profusão de adaptações de HQs é tamanha, que nessa mesma década tivemos um filme sobre o justiceiro, estrelado por Tomas Jane como o vigilante e John Travolta como seu antagonista, e um reboot (reinicio) do mesmo personagem em 2008. A versão de 2004, dirigida por Jonathan Hensleigh já não era a primeira vez que o personagem ia ao cinema. O sueco Dolph Lundgren já havia vivido o personagem nos anos 90. Curiosamente as três versões se deram mal nas bilheterias americanas e não chegaram a ser distribuídas nos cinemas brasileiros. A melhor das três é também a mais recente. Justiceiro: zona de guerra é o destaque desta semana em Cantinho do DVD. O filme dirigido por Lexi Alexander teve problemas durante sua produção (a diretora chegou a ser demitida pelo estúdio para ser recontratada algum tempo depois), mas resultou em um entretenimento de respeito para quem curte ação e quadrinhos. Nesta ordem.



Ficha técnica:
Nome original: Punisher: War zone
Direção: Lexi Alexander
Roteiro: Nick Santora e Matt Halloway
Elenco: Ray Stevenson, Dominic West, Colin Salmon e Julie Benz
Gênero: ação/ policial/suspense
Duração: 107 min
Estúdio: Lionsgate e Marvel Studios
Status: Disponível em DVD para venda e locação
Sell thru: (preço médio)
DVD simples = R$ 19,90




Crítica

A idéia de recomeçar do zero (pela terceira vez) a história de Frank Castle no cinema é boa. Isso por que a história do personagem que nos quadrinhos ganhou seu melhor tratamento nas mãos de Garth Ennis é bastante cinematográfica. O papel do ex-militar que após ter sua família chacinada em uma ação mafiosa se dedica a dissipar todo o mal que surge em Nova Iorque (principalmente os tentáculos da máfia) fica a cargo do ator Ray Stevenson, visto anteriormente como o Titus Pulo da série da HBO Roma. Justiceiro: zona de guerra (Punisher: War zone, EUA 2008) é a mais fiel versão ao espírito do personagem. Poucas palavras, humor negro em alta voltagem e muitas cenas sangrentas ao gosto do público que acompanha as desventuras de Castle nos quadrinhos. A idéia da diretora Lexi Alexander era manter a essência e não afastar os fãs do Justiceiro dos quadrinhos, algo que ocorrera com as versões anteriores. Não deu certo. O filme, tal qual seus predecessores, não emplacou nas bilheterias americanas e viu-se relegado ao mercado de homevideo em grande parte do mundo. Uma pena. Se Justiceiro: zona de guerra não é um primor de filme de ação ou não seja equiparável as melhores adaptações de HQ como Batman – o cavaleiro das trevas e Homem aranha, é um filme de ação eficiente como poucos. Stevenson encarna com naturalidade assombrosa o anti-herói que varre as ruas de Nova Iorque a base de balas.
A fotografia em tons escuros, aliada a uma direção de arte competente, confere um aspecto um tanto sujo ao filme que, no final das contas, valendo-se de personagens no limite de suas patologias, melhor captura o universo misógino e soturno do Justiceiro.

Olhar que mata: Stevenson convence como Frank Castle

2 comentários:

  1. Reinaldo, seu recorte (e argumentos) não me convenceu!
    rsrsrsrsrs

    Boa sorte da próxima vez!

    Bom fim de semana, meu amigo.
    ;)

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  2. rsrs. Que isso Cássio. rsrs É um filme tipo assim Os mercenários, para ficar em um exemplo recente. O acréscimo de gostar do personagem e tê-lo acompanhádo nos quadrinhos só faz da experiência melhor. O curioso é que é um filme para fã mesmo. E só para eles. Isso relegou o filme ao fracasso. Com o filme de 2004 foi o contrário. Excluíram os fãs do miolo. Descaracterizaram a ambientação do justiceiro e fracassaram tb. rsrs. Um dia eles chamam um diretor de ponta para reimaginar Frank Castle.
    abs

    Ótimo fim de semana para vc tb e muito obrigado pelo prestigio cinéfilo em Claquete. De verdade!
    abs

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