sábado, 26 de dezembro de 2009

Critica - Avatar

Embarque no mundo azul de James Cameron!



É preciso reconhecer o tino empreendedor e revolucionário de James Cameron. O homem que se auto-intitulou o rei do mundo há uma década tinha na mente um projeto extraordinário. Avatar (EUA 2009) chega aos cinemas do mundo todo sob o peso das expectativas que o próximo projeto do homem que concebeu o Exterminador do futuro e Titanic pode despertar. É justamente o peso das expectativas o maior inimigo de Avatar. A bem da verdade, o novo filme de James Cameron é um filmaço. Extremamente bem realizado, serve-se muito bem da tecnologia de ponta (grande parte dela desenvolvida para o filme) e com uma história de grande apelo, a luta pela liberdade. Contudo, Avatar não configura em si a evolução cinematográfica que promete. E como história não é nada demais. A reciclagem perpetrada por Cameron na nova mitologia proposta tem desde 2001: uma odisséia no espaço até Matrix, sem deixar os westerns que fizeram a fama de Sergio Leone de fora.
Em Avatar, testemunhamos o renascimento de Jake Sully (Sam Worthington) um ex-fuzileiro que é enviado ao planeta Pandora para fazer parte de uma missão exploratória. Através de um humanóide, denominado avatar, ele irá se aproximar dos habitantes locais, os Na´vi, criaturas azuis com feições felinas.
A metáfora da segunda vida e as inúmeras possibilidades que ela acarreta nunca são exploradas satisfatoriamente por Cameron. A metáfora se dilui em uma bem intencionada alegoria ecológica (também ela nunca convence a contento) e nos efeitos especiais arrebatadores. É justamente o esmero visual, e conceitual, de Cameron o maior acerto de Avatar, mas isso simplesmente é insuficiente para relegar ao filme o lugar na história que seu criador pretende.
De qualquer maneira Avatar é um deleite. É uma aventura que equilibra muito bem todos requisitos do gênero. Quem gosta de uma boa ficção cientifica, um bom western ou uma boa história de amor vai curtir Avatar. E não há revolução cinematográfica que possa por abaixo essa verdade.

5 comentários:

  1. Já disse por aí que considero a história secundária pelo êxtase visual que o filme traz... Mas gosto dela tmbém, rs...

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  2. Vc está certíssimo cara. Tb curti Avatar pra c...
    Só tenho de reconhecer, enquanto cinéfilo e observador das coisas do cinema, que o filme não é isso tudo. Nem comercialmente, como mostram as bilheterias. Enquanto a tecnologia não baratear, os estúdios não vão embarcar na visão de Cameron. Essa é a primeira certeza que Avatar faz sentir.
    Isso de lado, o filme é um tesão!

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  3. Fui ver Avatar totalmente com o pé atrás. Achava que estavam fazendo muito estardalhaço pra algo que poderia ser desastroso. Minhas previsões mais pessimistas não se concretizaram, e tive que dar o braço a torcer para o James Cameron. O filme é de embasbacar qualquer um. Só não leva nota dez pelo roteiro, que achei por demais batido e lugar-comum. Mas nada que tire a incrível experiência que é ver Avatar no cinema.
    Ah, quero ver agora em 3D!!!!!!
    bjos

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  4. Que bom te ver aqui de novo Patty. Realmente Avatar impressiona nesse aspecto que vc citou. Mas não cho que seja essa experiência transformadora não. Para mim cinema ainda é muito direção, atuação e roteiro. O resto é complemento. Quando há inversão nessa lógica, a coisa já não ébem cinema...
    Bjs

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  5. Oi Reinaldo, eu me apaixonei por Avatar não só por este mundo sublime criado por James Cameron com o detalhismo e riqueza de cenários, mas porque há na simplicidade do roteiro a simplicidade que o ser humano perdeu em sua existência. São questões muito básicas e que são retomadas por Cameron. Confesso que a história de amor com a forma como os amantes Jake e Neytiri se conheceram,suas personalidades e como se unem como guerreiros colabora muito para poetizar o filme e fazer com que eu mergulhe nele. Estou enlouquecida para ver em 3D Imax. Definitivamente, quero morar em Pandora.

    Beijos da Madame!

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