sábado, 31 de outubro de 2009

Especial Halloween

A nova geração do Terrir



Nesse Halloween de 2009, Claquete destaca dois filmes que não são tão assustadores assim. Mas que capturam brilhantemente o espírito dessa festividade muito comum nos EUA e que começa a se popularizar aqui no Brasil. Garota infernal e Matadores de vampiras lésbicas ( ambos em cartaz no país) não tem muito em comum, a não ser a veia pop e o uso bem humorado que fazem do cinema de horror. Enquanto que o filme estrelado por Megan Fox se rende a alguns clichês de gênero para contar uma história regada a hormônios e com pegada de lenda urbana, Matadores de vampiras lésbicas assume os clichês para evidenciar o ridículo deles.


Fúria adolescente
Em Garota infernal ( Jennifer´s body EUA 2009) Megan Fox vive Jeniffer. Típica garota popular de High School. Ela é linda, metida e desconhece o bom senso. Justamente por isso estranha-se o fato de ser tão íntima de Needy (Amanda Seyfried), nerd de carteirinha. Em uma bela noite, Jennifer e Needy vão a um show de rock de uma banda obscura que tenta seu lugar ao sol. Jennifer se engraça com o vocalista e, mesmo desencorajada por Needy, aceita embarcar na van da banda após o show. Eles a levam para um lugar remoto para sacrificá-la para o Diabo, pensando que ela fosse virgem, para que possam obter sucesso na carreira. Pois bem, Jennifer não era virgem e daquela noite em diante, possuída por um demônio, precisa comer meninos, literalmente, para se manter forte e saudável.
A diretora Karyn Kusama e a roteirista Diablo Cody dão um tratamento de conto de terror, daqueles que a gente ouve em colônia de férias, a história. Quanto mais avança, mais incrédula e satírica ela fica. Talvez o maior pecado de Cody tenha sido preservar algumas das idiossincrasias que funcionavam tão bem em Juno. Aqui elas simplesmente não tem espaço e acabam por empobrecer uma história que poderia ser muito mais divertida sem subtextos e diálogos 'pensados' para ser pop. Nesse sentido, na comparação, inescapável, com Arrasta-me para o inferno de Sam Raimi, filme recente - que envereda pelo mesmo terror kirsh, Garota infernal acaba por se diminuir. Ainda assim é um filme digno para os verdadeiros fãs do gênero.

Sensualidade, gosmas, garotas e horror... o que mais você quer?

5 razões para assistir:
1- Megan Fox
2- O roteiro é de Diablo Cody, a hypada roteirista de Juno
3- É sexy e bem humorado
4- Há um beijo lésbico (com muita língua) entre Megan Fox e Amanda Seyfried
5- Tem Adam Brody (o Seth da série The O.C) fazendo um roqueiro que faz um pacto com o diabo

5 razões para não assistir:
1- Megan Fox
2- O roteiro é de Diablo Cody, a hypada roteirista de Juno
3- Tem piadas grosseiras que nem sempre funcionam
4- Há um beijo lésbico (com muita língua) entre Megan Fox e Amanda Seyfried
5- Tem Adam Brody (o Seth da série The O.C) fazendo um roqueiro que faz um pacto com o diabo

Frase icônica: “ TPM não existe. Isso foi algo que a mídia inventou para nos fazer parecer loucas” Jennifer (Megan Fox)


Heróis?
Todo mundo sabe que as comédias inglesas são as mais ácidas. O humor corrosivo dos ingleses não poupa nada e ninguém. Desde zumbis ( parodiados em Todo mundo quase morto) até filmes policiais tipicamente americanos (Chumbo grosso). Agora, o diretor Phil Claydon apresenta a mais nova perversão inglesa. Matadores de vampiras lésbicas (Lesbian vampire Killers ING 2009) adota uma dessas lendas burlescas sobre vampiros, que remetem a idade média, e faz graça dela. Um bobão que vive sendo feito de gato e sapato pela namorada descende de um barão que matou a vampira rainha Camille no século 18. Pois bem, uma série de coincidências colocam Jimmy McLarem (Mathew Horne), o descendente do barão, e seu amigo bonachão Fletcher ( James Corden) cara a cara com vampiras lésbicas dispostas a ressuscitar sua rainha. O filme é uma piada só. Infelizmente, uma piada que não é para todos os públicos. É preciso embarcar na brincadeira. Há nojeiras, mulheres gostosas e cenas grotescas, tanto do ponto de vista da realização, como do bom gosto.
Matadores de vampiras lésbicas vale a pena para quem curte filmes trash. É uma homenagem aos famosos filmes grindhouse dos anos 70 que Tarantino e Robert Rodriguez homenagearam há dois anos com o projeto de mesmo nome. Matadores de vampiras lésbicas carrega a chama desse cinema marginal, profundamente estilizado e inegavelmente nonsense.


You taste so good!
5 razões para assistir:
1- É muito trash
2- Não se leva a sério um momento sequer
3- Tem vampiras lésbicas se beijando o tempo todo e um gordinho engraçado
4- É uma comédia inglesa sobre vampiros
5- É uma comédia inglesa sobre matadores de vampiros

5 razões para não assistir:
1- É muito trash
2- Não se leva a sério um momento sequer
3- Tem vampiras lésbicas se beijando o tempo todo e um gordinho engraçado
4- É uma comédia inglesa sobre vampiros
5- É uma comédia inglesa sobre matadores de vampiros

Frase icônica: “ Pois é, elas são vampiras lésbicas. É mais uma brincadeira de Deus para me contrariar. Mulheres gostosas, mesmo mortas, preferem fazer sexo entre elas do que comigo.”
Fletcher ( James Corden )

De olho no futuro...

Os três tenores
Essa semana aconteceu algo que certamente adentrará os anais da história do cinema. Bruce Willis, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger gravaram uma cena para o filme Os mercenários, dirigido por Stallone. O filme, que foi parcialmente rodado no Rio de Janeiro, mostra um grupo de mercenários destacado para depor um ditador na América latina. O filme, um projeto antigo do eterno Rambo, reúne um timaço de craques de filmes de ação. Com nomes como Jason Stathan, Jet Li, Mickey Rourke e Dolphen Longley. Mas é inegável o apelo desse trio que marcou época no gênero e, de certa forma, é responsável por sua solidificação no cinema.

O novo faroeste dos irmãos Coen
Depois de ganharem o mundo, e o Oscar, com Onde os fracos não tem vez, os irmãos Coen retornam ao Western. Novamente adaptando um trabalho elogiado. Dessa vez, os Coen realizarão uma refilmagem, tal qual fizeram com Matadores de velhinha. Bravura indômita é refilmagem do filme de mesmo nome estrelado por John Wayne em 1969. Na história, um xerife e uma menina partem em busca do assassino do pai dela em território indígena. No elenco da refilmagem já estão certos Matt Damon, Josh Brolin e Jeff Bridges. Promessa de chapa quente á frente.

A gestação de Sinatra

Existem papéis que são disputados a tapas em Hollywood. Seja pela evidência que proporcionam ou pelo potencial de prêmios que antecipam, causam verdadeiras guerras nos bastidores. Um desses papéis é o de Frank Sinatra na biografia que Martin Scorsese vai realizar para a Universal. O jornal britânico The Guardian publicou reportagem, essa semana, sobre o imbróglio que anda mexendo com a cidade do anjos. São 3 os nomes cotados para viver “os olhos azuis” na tela grande. O primeiro deles é Leonardo DiCaprio, que segundo fontes anônimas largaria na frente por ser habitual colaborador de Scorsese, além de ter olhos azuis, claro. George Clooney seria o preferido de Tina Sinatra que gostaria de ver o pai vivido pelo ator de quem é fã confessa. Executivos ligados a produção prefeririam, no entanto, Johnny Depp, que, supõe esses executivos, foi talhado para viver o personagem.
A coluna lembra ainda de Chris Pine, que foi um dos primeiros nomes cotados para interpretar o ícone. E que, francamente, se ajusta muito melhor a figura do biografado do que todos esses outros nomes.



Sinatra, Di Caprio, Clooney e Pine: O papel mais disputado em Hollywood atualmente

E os alienígenas querem tomar o lugar dos vampiros
Ultimamente na ficção não tem tido para ninguém. Os vampiros dominaram com presas, sangue e muito charme. Mas velhos conhecidos querem derrubar os dentuços do trono. Depois do acachapante Distrito 9 (atualmente em cartaz nos cinemas do Brasil), vem aí uma nova safra de filmes protagonizados por aliens ou por nossos defensores. Além dos anunciados reboots de Aliens, com Ridley Scoot de volta a cadeira de diretor, e Predador, a cargo de Robert Rodriguez, essa semana a Columbia anunciou a terceira parte de MIB. Isso mesmo Homens de Preto 3 vai acontecer. O roteirista Ethan Cohen de filmes como Trovão tropical e Madagascar 2 é o responsável pelo roteiro. O estúdio não divulgou mais detalhes sobre a produção. Mas é de se imaginar que haja um pré – acordo com Tommy Lee Jones e Will Smith. Afinal de contas, sem eles não tem graça. Literalmente.

Critica - Substitutos

Máquinas, tecnologia e os erros de sempre!

Substitutos ( Surrogates EUA 2009) poderia ser um grande filme. Não o é, em parte por preguiça criativa, em parte porque pertence a uma nova safra hesitante da ficção científica. A fita dirigida por Jonanthan Mostow acerta no clima, na ação e na narrativa. Então qual é o problema? Apresentemos o mote primeiro. Na trama de Substitutos, a humanidade, após ter desenvolvido - com incrível velocidade, máquinas perfeitas passíveis de serem controladas por nossas mentes, abdica inteiramente de viver a vida. “Vivendo” através dessas máquinas. O mundo real, passa a ser um mundo cibernético, onde humanos que resistem a essa profunda transformação social vivem marginalizados. Tudo vai muito bem nesse mundo utópico; as taxas de violência caíram a níveis próximos do zero, o preconceito inexiste e todo o mundo parece perfeitamente ajustado a essa nova realidade. Eis que acontece um assassinato. E a vitima é justamente o filho do inventor desse revolucionário modo de vida. É aí, que nosso herói, o policial Tom (Willis digitalizado e de peruca na versão robótica e careca e enrugado na versão carne e osso) dá as caras para trazer de volta a humanidade a suas origens.
O primeiro problema do filme é tentar se promover como um produto sério. Não buscasse justificar sua história a todo momento e valorizasse o entretenimento que propõe, Substitutos seria um filme melhor. O segundo problema deriva imediatamente do primeiro. O filme não consegue viabilizar sua tese. Há estrondos no roteiro que nem mesmo o carisma de Bruce Willis consegue eclipsar. O subtexto do perigo da tecnologia mal administrada já parece esgotado e o filme reverbera ecos de Exterminador do futuro e do recente Gamer.
No fim das contas, o filme funciona como passatempo ligeiro. Apesar da boa premissa, muito mal desenvolvida, e de Bruce Willis, Substitutos perde em termos de qualidade e apelo para outra ficção científica em cartaz. O original e nervoso Distrito 9. Na dúvida, fique com os Aliens favelados.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cenas de cinema

Cá (não é) como lá
Ivete Sangalo passou por uma saia justa inacreditável nos últimos dias. A cantora baiana contratou um amigo fotógrafo para fazer as primeiras fotos de seu filho, para depois leiloá-las. A idéia da baiana era reproduzir no Brasil o que se vê em profusão na Europa e nos EUA, onde revistas especializadas na vida das celebridades pagam os tubos para estampar com exclusividade as primeiras fotos do bebê de uma importante estrela internacional. Que o digam Angelina Jolie, Tom Cruise e Madonna. Contudo, as ofertas não excederam o lance mínimo de, pasmem, R$ 6 mil. As poucas revistas que se interessaram, logo pularam fora. Enquanto isso, na Inglaterra, a modelo Samantha Burke, que teve um rápido, e mal resolvido, affair com o ator Jude Law , recebeu U$ 500 mil da revista inglesa Hello para mostrar a pequena Sophia de 1 mês, fruto dos descuidos de Law. Que ainda não conheceu a filha, como fez questão de frizar a matéria, sensacionalista, de capa.



Pornografia
O sexto capítulo da franquia Jogos Mortais só poderá ser exibido em 8 cinemas na Espanha.
Mais precisamente nos exemplares pornográficos que ainda existem no país. Esse dado curioso se deve a classificação X conferida pelo ministério público do país. Classificação antes reservada apenas a produções de sexo explícito. Pode não haver sexo em jogos mortais, mas definitivamente tudo o mais é bem explícito.

O filme que ela quer fazer...
Jennifer Aniston é uma mulher de muitas crises. Das amorosas às de idade. A que chama atenção agora é a profissional, embora ela esteja profundamente vinculada às outras. Jennifer pôs-se a reclamar dos papéis que tem interpretado atualmente. Disse estar cansada de comédias românticas e de estar sempre à procura do amor ideal (nos filmes). Quer dar um basta nisso tudo, reinventando a carreira. Vê-se, por exemplo, em um filme de James Bond. Essa semana a atriz, aproveitando declaração de Daniel Craig –atual intérprete de 007, se convidou (pela segunda vez) para ser Bond girl. “Eu adoraria fazer um filme de ação. James Bond, glamour, Daniel Craig... seria muito divertido”.

Para derreter corações apaixonados
Não era nem mesmo oficial, mas boatos, creditados a fontes anônimas e circulados durante a semana por sites, blogs e até mesmo algumas prestigiosas revistas como a People, dão conta do fim do romance entre Robert Pattinson e Kristen Stewart, protagonistas da saga Crepúsculo. Segundo esses “amigos da onça” o romance acabou por que Kristen se sentia ‘sufocada’ por Pattinson que estaria querendo se casar com a atriz. Ou seja, ela teria posto fim ao romance mais comentado por adolescentes do planeta, por não querer fazer o que quase todas elas gostariam. Laçar Pattinson. Não tardou para que surgissem os boatos, mais virulentos, de que o ator estaria tendo problemas com bebida. Já que não estaria conseguindo 'superar' Kristen. Mais trágico impossível.
Muitos acreditam que todo o bafafá se deve a mais uma bem articulada campanha de marketing para promover o novo filme, Lua nova. Afinal são as fãs de Pattinson, e seu trágico Edward, que devem abastecer as bilheterias de todo o mundo.





Robert e Kristen: Entre dores, amores, dentadas e marketing

Ela não sabe o que quer!

A inglesinha bonitina, espivitadinha, que posa de caretinha e que tem algum talento não fala coisa com coisa atualmente. Depois de fazer um show, relativamente bem sucedido, no Brasil, Lilly Allen disse que iria se aposentar. Teria cansado da música e do seu circo. Lançaria-se à carreira de atriz. Que como todos nós sabemos, o business é completamente diferente né?
Depois disse que não largaria a música e que conciliaria as duas carreiras. Agora, mais precisamente nesta semana, disse que não tem tino para ser atriz e que não vai abandonar a música. Vai lançar uma gravadora. Mas Lilly,você vai continuar cantando? “Não sei ainda”, disse. E você, leitor, ainda lê uma coisa dessas...



Só sei que nada sei

Radiografia

Audrey Tautou ( Coco antes de Channel)


+Nasceu em 9 de agosto de 1976 na cidade de Beaumont


+Despontou para a fama internacional no papel principal de O fabuloso destino de Amelie Poulain

Não foi a primeira escolha para viver Amelie. A atriz Emily Waltson era a escolha original do diretor Jean Pierre Jeunet.

+Até o sucesso de Amelie Poulain só havia trabalhado em filmes e séries na televisão francesa

+ Estudou literatura na universidade

+Seus ídolos no cinema são Meryl Streep, Paul Newman, Jodie Foster (com quem já trabalhou no filme Eterno amor) e Julianne Moore

Foi escolhida pela publicação britânica Empire como uma das 100 estrelas mais sexies da história

+ É cotada para o Oscar por sua interpretação na biografia Coco antes de Channel

Principal filme hollywoodiano: O código DaVinci (2006)
Maiores sucessos de critica: O fabuloso destino de Amelie Poulain (2001), Coisas belas e sujas (2002) e Coco antes de Channel (2009)

Perola: “Eu acredito em Deus, mas não sei se posso confiar nele”

A seguir: Soins complets (atualmente em pós – produção)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Porque este é o homem do momento?

Oren Peli faz pose para foto: Seu filme não para de fazer dinheiro

O diretor e roteirista Oren Peli está sorrindo a toa. Seu filme de estréia, Atividade Paranormal (Paranormal activity) não para de bater recordes e estabelecer vistosas marcas no mundo do cinema. A fita de terror, rodada com módicos U$ 70 mil dólares alcançou a primeira posição nas bilheterias americanas nesse fim de semana. Depois de 1 mês em cartaz com circuito reduzido, e de uma imensa campanha boca a boca, Atividade paranormal teve seu número de cópias aumentado pela distribuidora, a Paramount e já se aproxima da acintosa marca dos U$100 milhões de dólares. Ou seja, em termos práticos, é o filme de maior faturamento, não só do ano, como muito provavelmente da década. O último filme independente a fazer tamanho estrondo nas bilheterias havia sido A paixão de Cristo de Mel Gibson, que custara algo em torno de U$ 25 milhões e arrecadara ao redor do mundo U$ 600 milhões.
Mas o modelo de produção e as expectativas não poderiam ser mais diferentes. A paixão de Cristo era um filme coberto de polêmicas, com uma grande estrela envolvida e que o mercado, de uma forma geral, ansiava pela estréia. Atividade paranormal guarda mais semelhanças com outra produção B, também de terror, que tomou de assalto os cinemas do mundo todo há exatos 10 anos. A bruxa de Blair, falso documentário sobre incidentes sobrenaturais em uma floresta, rodado com U$ 60 mil, que rendeu só nos EUA U$ 140 milhões. Tanto Atividade paranormal, como A bruxa de Blair foram projetos vetados por executivos de estúdios que só ganharam vida graças ao brio e perseverança de seus idealizadores. A despeito de suas qualidades como cinema, ambos os filmes representam verdadeiros triunfos comerciais, e por que não – artísti cos, em Hollywood.
Oren Peli não conseguiu vender sua idéia para ninguém. Rodou o filme basicamente com empréstimos e financiamentos. O filme, que só credita dois atores, foi adquirido pela Paramount, depois de pronto, que o lançou em menos de 50 salas. O efeito foi imediato. Em uma semana, o filme tornou-se o principal tópico do twitter. Semanalmente a Paramount aumentava o número de salas exibindo o filme, por força das circusntâncias. Até que no fim de semana passado, o estúdio finalmente concedeu a Atividade Paranormal o status de blockbuster, o distribuindo em todo o território nacional, em mais de 1400 salas.
Esse fato permite algumas conclusões. A primeira, e mais cristalina, dá conta do quão imprecisas são as previsões de executivos e engravatados acerca do gosto do público médio. A segunda mostra que ainda vale correr riscos em Hollywood. A recompensa, como no caso de Peli – e da Paramount, pode ser exorbitante. O diretor provou-se homem de visão, imaginativo e audacioso, e o estúdio está faturando horrores com uma fita que comprou por uma bagatela e não precisou mover uma palha para promover.
Para quem ficou curioso, o filme mostra um casal que após se mudar para uma casa nova, começa a notar atividades estranhas á noite na casa. Eles, então, colocam uma câmera para tentar descobrir do que se trata. É isso mesmo, não é nada de fora de série. Hollywood tem, de fato, seus mistérios.
Atividade Paranormal estréia no Brasil dia 4 de dezembro.

Movie Pass

O Movie pass de hoje destaca essa preciosa fita francesa sobre sexo, relacionamentos e as dolorosas bifurcações entre eles. Pintar ou fazer amor (Peindre ou Faire L´amour, FRA 2005) de Arnaud e Jean Marie Larrieu, tal qual o americano Closer de Mike Nichols, subverte algumas convenções cinematográficas a respeito de como abordar essas questões no cinema. Ao invés do tradicional triangulo amoroso, temos um quadrilátero. Não temos personagens jovens e sim já caminhando, quando já não estão, na meia idade.
Pintar ou fazer amor é bem menos brutal, insistindo na comparação, do que Closer. O exercício proposto aqui é meramente fetichista. Não há tanta analise. Vemos o despertar do desejo entre homens e mulheres, comprometidos, avançar para um desejo entre casais, ansiosos por redescobrir a paixão. Embora não haja muita profundidade, o filme parece suficientemente profundo para que nos proponhamos a acompanhar o desenrolar daquela história. É cult, em razão disso. Da habilidade de travestir-se em objeto de curiosidade intelectual, quando serve apenas a desejos carnais e alcoviteiros. Não deixa de ser, por causa disso, uma experiência interessante.

A seguir o trailer do filme, que está legendado em inglês.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Para as estrelas, 'this is it'

Um verdadeiro desfile se formou ontem para a premiere internacional, que aconteceu de forma simultânea em vários países – inclusive no Brasil, de This is it em Los Angeles. De Katy Perry a Will Smith, passando por estrelas menos talentosas, mas igualmente portentosas. O que se viu em Los Angeles foi gente querendo aparecer. O preto era traje obrigatório. “Em homenagem a Michael”, alguns diziam, mas o clima era de festa. Foi um evento da magnitude de uma premiação como o Globo de ouro, por exemplo. Poucas vezes se viu tanta gente reunida para uma premiere de filme. A conclusão que se tira é que mais do que homenagear Michael Jackson, a grande maioria queria mesmo era se promover em cima do imenso apelo, que mesmo morto, o popstar ostenta. Muitos ali, talvez ,tenham experimentado á sombra de Jackson, o supra-sumo de suas carreiras ocas.

Paris Hilton no tapete vermelho: Erhh... Michael is hot!
A teen star Ashley Tisdaley: Se dependesse de mim eu viveria homenageando Michael

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Brasil na rota de Lua Nova

A Paris filmes, distribuidora dos filmes da saga Crepúsculo, confirmou hoje a tarde um boato que ganhara força nos últimos dias. A atriz Kristen Stewart (Bella) e o ator Taylor Lautner ( Jacob) virão ao Brasil para divulgar o novo filme. A visita está agendada para esse fim de semana em São Paulo. Os atores deverão conceder uma entrevista coletiva e depois uma série de Junkets ( jargão jornalistico para rodadas de entrevistas de 5 a 10 minutos) para vários veículos da imprensa.
Curioso notar que será no Brasil, um dos primeiros compromissos internacionais de elenco e equipe de Lua Nova. Uma aposta, e reconhecimento, nos fãs brasileiros da saga. Ah, vale ressaltar. Não, Robert Pattinson não virá.

domingo, 25 de outubro de 2009

Notas

Um fenômeno chamado paranormal activity

O thiller inedependente de terror que já há algumas semanas vinha chamando a atenção nos EUA acaba de fazer mais um registro histórico. Estimativas apontam que o filme liderou a bilheteria americana nesse fim de semana. Devido a forte campanha de boca a boca, o número de salas exibindo Paranormal activity aumenta toda semana, mas ninguém acreditava que o filme fosse capaz de tal feito. Ainda mais se consideradas as estréias de sexta. O terror Jogos mortais 6, o drama Amélia e a fita de ação Astro boy (todos em escala nacional). Essa conquista vai para os entusiastas da máxima " uma camêra na mão e uma idéia na cabeça".

O veredito de Roma

E o festival de Roma (mencionado no Post debaixo) se encerrou na sexta feira passada. E premiou o filme dinamarquês broderskab. O filme trata das improvavéis relações entre o homossexualismo e o neonazismo. A inglesa Helen Mirren por The last station e o italiano Sergio Castellitto por Alza la testa foram escolhidos os melhores atores.

O pedido da América

E a justiça suiça deve se pronunciar em até quinze dias sobre a extradição de Roman Polanski. A expectativa é de que ceda á americana. Comenta-se nos EUA que o diretor franco polonês não deve escapar de cumprir uma pena mínima de 2 anos.

Insight

Para que servem os festivais de cinema?

Desde a última sexta feira, os paulistanos estão “respirando” cinema. Começou a 33ª mostra internacional de cinema de São Paulo que vai até 5 de novembro. Serão 424 filmes de mais de 30 países exibidos em mais de 17 pontos de exibição. Há pouco mais de duas semanas, outro festival de porte se encerrou no Brasil. O festival do Rio roubou do festival de Gramado a alcunha de principal festival do país. Contudo, aqui mesmo no Brasil temos, ainda, mais um punhado de festivais. Para ficar nos mais conhecidos e tradicionais, temos Paulínea, Brasília, Manaus e Ceará. Se essa variedade e profusão de festivais chama a atenção em um país que tem baixa produção cinematografia e pouco ressonância internacional, há de se ponderar o efeito que festivais de cinema tem ao redor do mundo.


Postêr do último festival de Cannes: excelência nem sempre está no cardápio, mas a sofisticação sim
De Veneza a Roma
O festival mais antigo do mundo, e um dos mais tradicionais, é o de Veneza. São duas semanas em setembro de muito cinema e glamour. Mais recentemente, outra importante cidade italiana deu inicio a um festival de cinema, na expectativa de rivalizar em charme e importância com Veneza. O festival de Roma existe há 3 anos. Acontece em outubro e até hoje tem funcionado mais como plataforma de lançamento de produções americanas na europa. Juno (grande figura do Oscar há dois anos atrás) foi o primeiro vencedor lá.
Contudo, entre Veneza e Roma, há outros importantes e prestigiados festivais de cinema espalhados pela europa. Cannes, que acontece sempre no fim de maio, é certamente o mais prestigiado e comentado de todos eles. A Palma de ouro é cortejada e desejada por 10 entre 10 cineastas. E é junto do Oscar, o prêmio de cinema mais conhecido e considerado por cinéfilos e não cinéfilos. Há também Berlim, que já gozara de mais prestigio. Muitos cineastas e produtores evitam Berlim na expectativa de ir a Cannes o que não tem sido de todo ruim. Enquanto Cannes premia velhos conhecidos e exibe trabalhos de crias da casa, Berlim se abre para o mundo (o cinema latino americano vem de duas vitórias lá, com Tropa de elite e A teta assustada).

Stallone acena para o público em Veneza: Ele foi homenageado como cineasta na última edição do evento italiano
Há ainda importantes festivais na Espanha, em Toronto, em Nova Iorque, quase qualquer cidade de proeminência economica tem um festival de cinema hoje em dia. A questão é por quê? O que os festivais agregam para o cinema, enquanto arte e enquanto industria? São apenas reuniões de um clube sofisticado e nós vulgos voyeurs?


Filmes como Voluntária sexual do sul coreano Kyong -Duk Cho, atualmente em cartaz na mostra de São Paulo, só chegam ao público através de festivais
Marketing e tendências
Os festivais nasceram com a simples meta de promover o cinema. É isso o que fazem primordialmente. E muito bem. Tanto é que se proliferam e se acotovelam na busca cada vez mais insidiosa de espaço e relevância. Essa promoção privilegia, por razões óbvias, produções mais herméticas, voltadas para um público de formação cultural mais sólida e interesses cinematográficos mais apurados. Também é por meio de festivais como Sundance e o próprio Cannes que muitos negócios são travados. Muitos acordos de distribuição fechados e muitas parcerias firmadas. Os festivais servem, em uma segundo momento, para capitalizar. Seria ingênuo afirmar que eles existem somente pelo amor ao cinema. Produtores e organizadores vislumbram grandes oportunidades financeiras na realização desses eventos. De fato, esses festivais rendem muito dinheiro e benefícios para as cidades que os sedeiam. Robert De Niro negociou acordos e pagou royalties para criar o festival de Tribeca em Nova Iorque após o 11 de setembro. Uma homenagem a cidade que também lhe rendeu dividendos.
Cinema é arte, mas também é negócio. Os festivais em sua concepção e, em seu momento mais bem sucedido, mostram que a arte, também ela, é um ótimo negócio.

top 10

O top 10 de hoje destaca os principais personagens da carreira de Bruce Willis que voltou nesse fim de semana aos cinemas brasileiros. Quem quiser saber um pouco mais sobre o astro, a seção radiografia (quatro posts abaixo) também o destaca.


10 – Jimmy Tulipa (Meu vizinho mafioso 1 e 2)
Aqui é Bruce Willis se divertindo. O ator está impagável na pele do mafioso durão que adora implicar com o vizinho medroso vivido por Mathew Perry. A continuação foi menos esperta, mas Willis manteve o charme do personagem em alta.

9- Jeff Taley ( Refém)
Jeff Taley não é muito diferente de outros personagens vividos por Willis. Faz o tipo durão, inteligente e corajoso. Contudo, o valente Taley enfrenta uma situação pouco comum em Refém. Xerife da cidade tem que possibilitar a fuga de dois seqüestradores da mansão de um milionário para salvar a própria filha. Um filme tenso e um personagem ao gosto de Bruce Willis. E de seus fãs.

8- John Hartigan (Sin City)
Aqui ele faz mais um tira (como os americanos gostam de se referir a policiais e detetives voluntariosos) incorruptível. A fotografia em preto e branco do filme, os cenários digitais e Bruce Willis soltando frases de efeito, fazem de Sin City, e de John Hartigan, figuras inesquecíveis da cultura pop.

7 – RJ ( Os sem floresta)
Ok. Aqui Bruce Willis não aparece.Mas seu vozeirão inconfundível contribui muito para o sucesso do simpático, e malandro, guaxinim que apronta todas com os ingênuos animaizinhos de Os sem floresta.

6 –David Dunn (Corpo fechado)
Em corpo fechado Willis vive o herói mais inusitado e, talvez o mais humano, já concebido no cinema. Além de ser um almágama de referências sobre super - heróis criado por M.Night Shymalan, David Dunn é um homem com conflitos humanos bem mais desafiadores do que os sobrenaturais.

5- Ben Jordan (A história de nós dois)
Aqui Willis se experimenta em um terreno incomum em sua carreira. Na comédia dramática em que divide a cena com Michelle Pfeiffer, ele vive um homem imerso em problemas conjugais, mas um homem disposto a fazer seu casamento, e o amor que o move, triunfarem. Talvez seja o maior e mais real herói vivido pelo astro.

4- Butch Coolidge (Pulp Fiction – tempos de violência)
Um pugilista famoso, rico e com problemas de dinheiro. Parece clichê, e é. Só que Willis investe em todo o seu carisma e acerta o tom dos diálogos de Tarantino para criar um personagem mais tridimensional do que o roteiro sugere. O filme era tão bom e tinha tantos superlativos que isso passou despercebido.

3- O chacal (O chacal)
Um dos poucos vilões que interpretou. O chacal de Bruce Willis se equipara em status ao verdadeiro. Á época do lançamento do filme não se falava em outra coisa, que não a caracterização mimética de Willis. O filme foi um sucesso graças a curiosidade, e a satisfação, em ver o ator como um legitimo bad ass.

2- Dr. Malcolm Crowe (O sexto sentido)
Talvez essa seja a melhor atuação do ator. Aqui ele evita todos os cacoetes que adquiriu ao longo da carreira de astro de ação e investe em uma atuação minimalista sendo generoso com o ator mirim Haley Joel Osment. Quando está em cena, porém, fica difícil atentar para as pistas que Shymalan solta pelo caminho.

1 – John McClane (Duro de matar, Duro de matar 2, Duro de matar: a vingança, Duro de matar 4)
Não podia ser outro. O personagem que o fez famoso e que definiu a forma de se produzir filmes de ação na década de 90, e que acabou sendo redescoberta agora nos anos 2000, é um ícone, não só do cinema, mas da cultura pop. John McClane garantiu a Bruce Willis não só um emprego, celebridade e dinheiro. Lhe concedeu a imortalidade.



Critica - Distrito 9

O inferno são os outros!

Peter Jackson sabe o que faz. Se ele bancou a realização de Distrito 9 (District 9, EUA/AFR do SUL 2009) era porque a idéia valia a pena. O filme do diretor estreante Neill Blomkamp é um primor sobre muitos aspectos. Contudo, é, antes de mais nada, entretenimento da melhor qualidade.
Blomkamp se utiliza de um expediente conhecido, mas que sob sua tutela apresenta-se como algo genuinamente novo. Ele registra seu filme como se fosse um falso documentário (recurso popularizado pelo seriado The office) para contar a saga de aliens que são hostilizados no planeta terra. A ação se passa na África, mais precisamente na capital sul africana, Johannesburgo. É lá que uma nave alienígena se estabelece, revelando milhares de seres subnutridos e confusos. Os humanos sem saber o que fazer, providenciam um acampamento, que logo vira uma favela. Humanos e aliens se chocam frequentemente. Surge a necessidade de remover os aliens para um acampamento mais afastado e é aí que entra em cena Wilkus van de Merwe ( o estupendo Sharlto Copley). Um burocrata nomeado para conduzir o remanejamento alien.
Daí em diante Distrito 9 segue uma cartilha de clichês, mas a originalidade da história e a força da analogia politica (com o apartheid sul africano, para ficar na mais óbvia) revestem o filme de urgência, viço e atemporalidade. Trata-se de um filme com um discurso poderoso. Ficções cientificas se prestam a elaborar um comentário (geralmente pessimista) sobre o estado das coisas, mas Distrito 9 com seus aliens favelados e com seus humanos gananciosos e violentos é de uma eloquência atroz. Suas referências são muitas, desde Aliens até Cidade de Deus, contudo, a despeito da iminente franquia cinematográfica que se anuncia, Distrito 9 caminha para ser, ele mesmo, uma forte e inescapável referência.
Apesar de priorizar a ação, e a tensão da história é continua e ineterrupta, a mensagem de Bloomkamp é clara. Intolerância gera intolerância. Colocar-se no lugar do outro, ainda é a forma mais humana, e digna, de se legitimar qualquer busca pela paz.

On TV

Semana cheia de estréias


O canal warner channel promove, essa semana, uma porção de estréias e realiza uma despedida. A famosa, importante, e hoje já desprestigiada, E.R chega ao fim. A série que adentrou a história como aquela que revelou George Clooney para o mundo terá seu último episódio exibido pelo canal nessa quarta às 22:00h. Antes disso, o canal exibe um especial com depoimentos de equipe e elenco, além de cenas que marcaram a história da série.

Na segunda, o grande destaque é o retorno de The mentalist. A série estrelada por Simon Baker (de filmes como O diabo veste Prada) foi o maior sucesso da tv americana na temporada passada. Valeu, inclusive, uma indicação ao Emmy para seu protagonista. Patrick Jane (Baker) é um mentalista, pessoas com aguçada capacidade de observação, e dedução, que ajuda a policia de Los Angeles a desvendar crimes. A série, graças ao timing e carisma de Baker, é muito agradável.

Quando ver: Segundas ás 22:00h no Warner Channel

Na terça, as duas principais comédias da atualidade retornam. Two & half men chega a sua 7ª temporada, enquanto que The big bang theory entra em sua 3ª temporada. Enquanto a primeira prima por um humor mais grosseiro e irascível, a segunda privilegia um humor mais inteligente e sutil. De qualquer forma, as duas são ótimas pedidas.

Quando ver: Terças ás 21:00 no Warner Channel

Na quinta é a vez de The vampire diares. A série, que estreou na verdade na quinta -feira passada, embora seja adaptada de uma obra literária mais antiga do que Crepúsculo, guarda muitas similaridades com a saga de Edward e Bella. É indicada para o fãs de Crepúsculo e de dramas teens.

Quando ver: Quintas ás 21:00 no Warner Channel

Apesar das boas novidades, a melhor série em cartaz atualmente no Brasil é Hung. Exibida pela HBO aos sábados ás 23:00 e nas quintas ás 21:00, a série estrelada por Tomas Jane é um primor de inteligência e irreverência. A vida de Ray Drekker entra em parafuso e ele toma medidas pouco convencionais para botá-la de volta nos trilhos.

Quando ver: Sábados ás 23:00 na HBO

sábado, 24 de outubro de 2009

De olho no futuro ...


Tudo pronto para a decolagem

Sam Raimi que esse ano fez as pazes com a critica ao lançar o terror Arrasta-me para o inferno, voltou a falar de seu rebento mais famoso. Homem aranha 4 está finalmente nos eixos. Está tudo pronto para começar as filmagens do filme que está previsto para estrear em julho de 2011. Raimi disse que foi um erro pessoal ceder as investidas do estúdio para que tivesse 3 vilões em Homem aranha 3. Falou também que só voltou para o quarto filme porque lhe foi prometida autonomia total. O diretor adiantou que Bruce Campbell, amigo e protagonista da série Evil dead, terá um papel, provavelmente de vilão, na próxima aventura aracnídea.

Dessa água não beberei mais. Peraí, e se eu sentir sede?

Foi anunciado nessa semana que o diretor Walter Salles dirigirá American rust. Adaptação, encomendada pelo estúdio Universal, da obra do escritor americano Philipp Meyer. Salles trabalhará uma vez mais com seus colaboradores de Diários de motocicleta, Jose Rivera (roteirista) e Eric Gautier (fotógrafo). Trabalhará, também, uma vez mais a serviço de Hollywood. Vale lembrar que o diretor pôs – se a falar mal e com virulência da experiência que tivera ao dirigir o, bom, filme Água negra de 2005. Chegou a dizer que nunca mais rodaria um filme para Hollywood. Nem no esquema de co-produção. Ou mudaram a etimologia da palavra nunca ou Salles exagerou para agradar uma platéia que adora difamar a Meca do cinema.

Eu estou falando sério, mas não tão sério assim!

Miley Cyrus em Sex and the city 2

Os produtores de Sex and the city 2 querem agradar as mulheres de todas as idades. A série da HBO se dirigia a mulheres maduras, mas na transição para o cinema, existe a necessidade de ampliar seu público. Talvez por isso, querendo fisgar a audiência mais jovem, Miley Cyrus participará do filme. No filme ela viverá ela mesma e colocará Samantha Jones (Kim Katrall) em uma saia justa.
Quem nunca passou por um constrangimento como esses?
Tem que pagar!

Julia Roberts se embrenhou na India para rodar cenas de seu novo filme. O drama, com toques de existencialismo, Comer, rezar, amar. Ela chegou a provocar furor da população local que, talvez por ela ser uma atriz poderosa, queria que ela pagasse para filmar nas locações indianas. Bem, Julia não pagou, as filmagens atrasaram um pouco e Javier Barden chegou. O ator espanhol viverá o brasileiro Felipe, por quem a personagem de Julia se apaixonará. Bem que os brasileiros podiam cobrar do Barden por ele interpretar um brasileiro, não é?
Barden e Julia se entrosando...

Confissões de um quarentão
George Clooney não tem twitter, mas anda abrindo o seu coração para o público. Pela via mais tradicional mesmo, ou seja, a imprensa. Essa semana o ator disse que já sofreu muito por amor e que tem uma dificuldade imensa de terminar um relacionamento. Já em Up in the air, seu novo filme que acaba de ganhar o título nacional de Amor sem escalas (repara na ironia!), ele vive um especialista em encerrar relacionamentos. Só que os profissionais. Na vida amorosa padece de solidão. A nova fita de Jason Reitman está prevista para estrear no natal aqui no Brasil.





O filme de 2010 em 2009

Você já viu aqui em Claquete o trailer de Origem (clique aqui para ver de novo). Pois bem o filme ainda não terminou de ser gravado. Esse fato permite intuir a expectativa em torno do novo trabalho de Christopher Nolan. O primeiro depois do mega sucesso de O cavaleiro das trevas. Para ajudar a controlar a ansiedade, ou no caso de alguns, desencadeá-la, seguem algumas fotos de bastidores.


Da esquerda para a diretira: DiCaprio retoquando a maquiagem, falando no pé do ouvido de Marion Cottilard e seguindo Ellen Page

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Radiografia

Bruce Willis (Substitutos)



+Alemão, nasceu na cidade de Idar – Oberstein na Alemanha oriental
+Cresceu em Nova Jersey
+Também é músico
+Entre outros instrumentos, toca gaita, trompete e violão
+Fez 54 anos em 19 de março
+Foi casado com a atriz Demi Moore por 11 anos
+Seu menor salário foi de U$ 5 milhões por Duro de matar (1988)
+Seu maior salário foi de U$ 25 milhões por Duro de matar 4 (2007)

Casou-se recentemente com a namorada Emma Herting, com quem já namorava há um ano

Ganhou um Emmy de melhor ator convidado por sua participação na sitcom Friends
É co – fundador da marca Planet Hollywood. Seus sócios são a ex – mulher Demi Moore, o ator Sylvester Stallone e o atual governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger.
Seus maiores ídolos são Robert De Niro,com quem trabalhou no filme What just Happend? (Inédito no Brasil), John Wayne, Gary Cooper e Steve McQueen.
Estrelou doze filmes que lideraram as bilheterias americanas no primeiro fim de semana e 6 que permaneceram a liderar na semana seguinte
Fez uma participação, como ele mesmo, no filme Doze homens e um novo segredo

Entre seus maiores sucessos de público estão: Armageddon (1998), Duro de matar (1988), Duro de matar 4 (2007), Corpo fechado (2000), O sexto sentido (1999), O quinto elemento (1997), meu vizinho Mafioso (1999),Lágrimas do sol (2003), Pulp Fiction – tempos de violência (1994), O falcão está a solta (1990), Duro de matar 2 (1990) e Duro de matar: A vingança (1995).
Seus maiores sucessos de critica são: Os doze macacos (1995), O calor da noite (1991), A fogueira das vaidades (1991), Sin City (2005) e O sexto sentido (1999).
Seus maiores fracassos são: Meu vizinho mafioso 2 (2004), A estranha perfeita (2007), Planeta terror (2007), Grande hotel (1995), O último Boy scout (1992)
Domingo tem mais Bruce Willis em Claquete. O top 10 lista os 10 principais personagens do ator.
Foto: Divulgação
Fonte: Boxofficemojo, IMDB e arquivo pessoal

Critica - Te amarei para sempre


Pela força das metáforas!
Existem diretores que acreditam piamente na força das imagens. Outros que acreditam na força das idéias. Robert Schwentke, diretor de Te amarei para sempre (The time´s traveler wife, EUA 2009), acredita na força das metáforas. São elas que pautam o filme. Se no romance, do qual o filme foi adaptado, A mulher do viajante no tempo de Audrey Niffenegger, a história era mais imaginativa e as metáforas se impunham com naturalidade, no filme elas são despejadas. Muitas das vezes de forma inconseqüente.
Te amarei para sempre não é um filme ruim. Emociona e é impossível não se cativar pela tragédia de Henry (Eric Bana). Privado de uma vida normal, pois viaja involuntariamente pelo tempo. Henry no momento que vislumbra a chance de amar, se agarra a ela. É algo essencialmente humano.
A despeito de alguns erros de continuidade e algumas solenes omissões do roteiro, Te amarei para sempre funciona como uma boa crônica dos percalços do amor. Do estágio inicial, mera fantasia, até o amadurecimento do sentimento, quando se está pronto para realizar sacrifícios; e também versa sobre a escolha de retornar a fantasia. Contudo, o filme não explora essa linha narrativa a contento. As metáforas que pipocam na tela parecem um capricho intelectual de diretor e roteiristas. Algumas são muito interessantes. Como a de Henry ficar pelado sempre que viaja no tempo, que é bastante eficiente em demonstrar sua vulnerabilidade cada vez que aquilo acontece. Também a que Clare (Rachel McAdams) trai o marido com uma outra versão dele mesmo, mas que pode lhe dar aquilo que ela busca. Essa última, como um sintoma do que acontece nas relações modernas.
Mas essas talvez sejam as duas boas metáforas que surgem no filme. E já vinham do livro. A bem da verdade, a adaptação não foi bem conduzida. Como a história é bonita e edificante, apostou-se cegamente em seu sucesso. Algo que o próprio atraso em lançar a fita (prevista inicialmente para o fim do ano passado), já escancarava não ser o caso.
Misturar elementos de ficção científica a uma história de amor, embora possa causar estranheza para alguns, não é algo novo. Recentemente o roteirista Charlie Kaufman e o diretor Michel Gondry saíram-se muito bem no mesmo território com o inesquecível Brilho eterno de uma mente sem lembranças.

Cenas de cinema

The show must go on... I
A essa altura do campeonato no ano passado, já sabíamos que Hugh Jackman, então recém eleito homem mais sexy do mundo pela revista People, seria o apresentador do Oscar. A cerimônia de 2009 foi de fato muito boa. Jackman deixou ótima impressão, mostrou-se showman nato, e ajudou a reerguer a combalida audiência da cerimônia.
A academia o queria novamente a frente do show. Assim como queria Bill Condon (diretor de filmes como Dreamgirls e Deuses e monstros), produtor da cerimônia passada. Nenhum dos dois se disponibilizaram.

The show must go on ... II

Condon alegou estar muito atarefado. Jackman ainda não se pronunciou oficialmente, mas boatos dão conta de que o ator deve declinar de um eventual convite acatando sugestão de amigos que acham que ele não deve enveredar por esse tipo de exposição. Precavida e não querendo emitir sinais de desprestigio a academia anunciou essa semana os nomes de Adam Shankman (diretor de filmes como Zohan, o agente bom de corte e Hairspray) e Bill Mechanic (produtor de filmes como Clube da luta e Moulin Rouge). Na tentativa de preservar o status e a verve criativa que Condon imprimiu na edição do Oscar desse ano, a academia movimenta-se para ter, além desses produtores renomados, Tom Hanks, atual vice –presidente da academia, como host da cerimônia.

Será que Wolverine vai vestir esse smoking novamente?

Não tweetarás meus segredos...

Os estúdios de Hollywood começam a reagir a febre do twitter e a indiscrição voraz que a ferramenta virtual desperta nas celebridades. Essa semana houve inclusive censura pública. A Dreamworks emitiu comunicado repreendendo Cameron Diaz e Mike Myers por “vazarem” segredos da produção de Shrek 4 em seus Twitters. A Disney por sua vez começa a colocar clausulas em seus contratos que proíbem os atores, atrizes e diretores de compartilhar detalhes da produção de seus filmes com os seus seguidores no Twitter. Há pouco mais de um mês foi o diretor e ator Jon Favreau quem foi chamado à atenção pela Paramount que entendia que o diretor 'tweetava' muito sobre a produção de Homem de ferro 2. Se as poderosas celebridades também não podem, fica mais fácil engolir a censura no escritório, não é?

Gordinha, magra, desaparecida

Há pouco mais de três semanas foi noticiado que um novo filme da balzaquiana Bridget Jones seria produzido. Os boatos ganharam força quando Liza Chasin, uma das produtoras do primeiro filme, disse que Renée Zellweger, ao contrário do que ocorrera nos dois primeiros filmes, não precisaria ter que engordar para viver Bridget pela terceira vez. Essa semana, Zellweger veio a público para desmentir qualquer mal entendido. A vencedora do Oscar por Cold Mountain disse que não houve nenhuma conversa sobre um terceiro filme de Bridget Jones e que ela não sabe como nem aonde esses boatos começaram.

Referências macabras

A diretora Mary Harron concedeu uma entrevista na segunda passada ao site de cultura BlackBookmag.com. A entrevista era em virtude do lançamento em DVD de uma minissérie de terror produzida por ela, mas não havia como não retomar o principal sucesso da carreira de Harron, Psicopata americano. A diretora entre outras tantas revelações, esclareceu da onde Christian Bale tirou inspiração para compor um personagem tão perturbado. “Eu e Christian estávamos discutindo o personagem. Tentávamos achar o tom certo de retratar aquele personagem que se via como de outro planeta, fora daquela realidade, pondo-se a observar e tentando se ajustar àquela rotina humana. Foi quando em uma bela noite, ele me ligou dizendo que havia achado sua referência. Detectou em Tom Cruise, que concedera uma entrevista a David Letterman na noite anterior, toda a solidão que precisava incorporar.”
O que será que Tom Cruise acha dessa história toda?
Duas faces de uma mesma moeda?

Ops, she did it again
Nem Rihanna, nem Lady Gaga. Britney Spears. É isso mesmo. Britney pode estar em baixa se comparada as divas pops de hoje, mas história é história. Toxic, clipe de seu álbum In the zone de 2004, foi eleito pelo site especializado em videoclipes Muzu.tv como o mais sexy de todos os tempos. Na outra ponta da lista ficou a popstar mais contraditória de todos os tempos. O clipe Hung up de Madonna foi eleito o menos sexy. O detalhe é que Britney já engatilha mais um hit com potencial de ser O mais sexy. Seu novo single, sobre um menage a tróis é lider nas paradas americanas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Movie Pass

O movie Pass de hoje destaca o filme Entre dois amores(Out of Africa, EUA 1980) de Sidney Pollack. O filme que valeu o Oscar de filme e direção a Pollack mostra a potência do amor. Mas sem devaneios. Na fita, há um retrato generoso, mas austero, da incidência do amor. De como o ambiente e as pressões sociais podem definir quando e como o verdadeiro amor aparece. Meryl Streep vive uma rica dinamarquesa que após um casamento por conveniência com um barão vai morar na África. Lá se encanta com a liberdade e lirismo representados na figura do aventureiro inglês vivido por Robert Redford. A paixão avassaladora que se anuncia nasce das ausências. Das carências e reminiscências. Em um retrato comovente, encantador e extremamente sincero de como o amor pode ser fortuito e, ainda assim, desejado.
Entre dois amores é um filme muito bem realizado em toda a sua plenitude. Vencedor de 7 oscars é considerado por muitos como o filme mais romântico dos anos 80. Apresenta um Robert Redord belo e uma Meryl Streep luminosa. Um filme que vale a pena ser descoberto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Critica - Gamer

Violência, sexo e tecnologia!

Não é de hoje que filmes de ficção científica, cuja proposta abrange um futuro próximo, se põem a divagar sobre as sandices e pragas que a raça humana trará sobre si. Contudo, com o passar dos anos, eles passaram a ser mais imaginativos e, conseqüentemente, pessimistas.
Um futuro dominado pela tecnologia e pelas possibilidades, inúmeras, que oferece para experiências fetichistas sobre violência e sexo é a matéria prima de Gamer (EUA 2009).
O filme dirigido e roteirizado por Briam Taylor e Mark Neveldine, os mesmos dos dois Adrenalina, se passa em um futuro em que condenados a morte participam de um jogo em que aquele que conseguir se manter vivo por 30 vezes, ganha a liberdade. Detalhe, eles são controlados por pessoas que compram os direitos sobre eles. Não é só. Há também jogos em que você pode ser controlado, ou controlar, para finalidades menos trágicas. É possível explorar fantasias e dar vazão aos mais cabeludos desejos sexuais em um jogo com a mesma dinâmica. Essas duas “febres” do futuro mostrado em Gamer são criações de Ken Castle( Michael C. Hall, com ecos de Dexter), uma distorção malévola de Bill Gates.
O filme é de ação, bem ao gosto dos ardorosos fãs de vídeo game do século 21, mas faz, mesmo que de forma vacilante, uma critica aos rumos da tecnologia. E lembra, que certos valores e preceitos tem de ser protegidos.
Gerard Butler empresta seu carisma a Kable, o mais perto de herói que o filme apresenta. Gamer, no entanto, em meio a tiros, corpos nus e papo high tech não é muito bem sucedido em suas pretensões. Não é nem forte critica social, nem bom filme de ação. Fica no meio termo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Perfil - Tim Roth

Cara de mau



Filho de uma professora e de um jornalista, Tim Roth nasceu e foi criado em Londres. O ator de 48 anos ,que atualmente faz sucesso na TV americana como o especialista em linguagem corporal Carl Lightman na série Lie to me, sempre chamou atenção para si nos filmes que estrelou, mas nunca chegou a constituir fama de astro. Tido como um ator versátil e confiável, Roth fez, ao longo de sua carreira, mais vilões do que mocinhos. Em um movimento pelo qual, muito provavelmente, Quentin Tarantino foi grande o responsável.
Os primeiros trabalhos de Roth foram para a tv inglesa. Os telefilmes Meantime (1981) e Made in Britain (1982) possibilitaram a estréia do ator na tela grande no filme O traidor (1984), um filme pequeno de Stephen Frears, mas que serviu para por o nome de Roth entre os atores tipo bbb. Bons, baratos e, bem, nem tão bonitos assim.
Seguiram-se trabalhos na Inglaterra como Complô contra a liberdade (1988), Mundo a parte (1990) e Caminhos da vida (1991). Foi justamente nos filmes do final dos anos 80 que Roth chamou a atenção de um cineasta estreante, chamado Quentin Tarantino, que o chamou para um dos principais papéis de Cães de Aluguel. O filme foi um sucesso e a América descobriu o talento de Tim Roth, o ensanguentado Sr. Laranja de Cães de Aluguel.
Antes de colaborar novamente com o diretor que lhe apresentara a América, Roth participou de outros filmes americanos. Como Corpos em movimento (1992) e Fuga para Odessa (1994), como de praxe sempre na pele de algum coadjuvante. Mas aos poucos Roth fazia-se notar. E foi novamente sob a batuta de Tarantino que Roth ganhou o mundo. Ele fez um papel pequeno em Pulp Fiction - tempos de violência (1994), mas memorável. Em parte pelo vigor dos diálogos, em parte pela energia emanada de sua atuação.

Roth na explosiva cena de abertura de Pulp Fiction. Segundo filme de Tarantino e segunda colaboração de Roth com o diretor

No ano seguinte, nova colaboração com Tarantino. Grande Hotel era um filme que reunia 4 episódios, dirigidos por 4 diretores diferentes. Roth era o único do elenco a aparecer nos 4 episódios e foi dirigido, novamente, por Tarantino. O filme foi muito contestado, mas Roth teve a chance de exercitar uma vertente cômica que até então passara despercebida. Ainda em 1995, viria seu maior momento de reconhecimento artístico. A indicação para o Oscar de ator coadjuvante pelo filme Rob Roy - a saga de uma paixão, em que viveu um tirano vilão. Não ganhou, mas dali em diante quem gostasse de cinema, e dos Oscars, estava ligado para sempre a Roth.
O ator passou a alternar trabalhos mais comerciais como Planeta dos Macacos(2001) - mais um vilão, e trabalhos mais pessoais como Pão e rosas (2000), O hotel de um milhão de dólares (2000) e Vatel - um banquete para o rei (2000). O ator alternava-se muito bem entre os mais variados gêneros e atestou sua versatilidade para diretores diferentes e colheu elogios de gente como Woody Allen que o dirigiu em Todos dizem eu te-amo (1996) e Walter Salles. Salles chegou a dizer, à época do lançamento de Água negra (2005), que Roth era um dos atores mais talentosos com quem já havia trabalhado. A carreira seguiu e colaborou com nomes como Win Wenders (Estrela solitária), Michael Haneke (Violência gratuita) e Francis Ford Coppola (Juventude perdida).
Hoje está abrigado na TV americana. Sua série produzida pela Fox, o canal de mesmo nome exibe a 1ª temporada no Brasil, é um sucesso de critica e público nos EUA. Ano passado o ator foi visto, mais uma vez como vilão, em O incrível Hulk. Seu nome está ligado a mais alguns projetos em desenvolvimento, porém, Roth deve priorizar mesmo sua série na TV. Não significa que não o veremos mais no cinema, muito pelo contrário. Por ser um ator de monstruosa versatilidade, cujo rosto é familiar para grande parte da platéia, e barato, Roth receberá muitas propostas por um bom tempo. Fato é que na tv, por enquanto, ele é o mocinho. É bom variar de vez em quando.
O ator em foto promocional da série que estrela: Comparam seu personagem mau humorado a outro célebre personagem da tv. O doutor House

Top 5 de Tim Roth

1- Cães de Aluguel
Um filme violento, cínico, eletrizante e pop. Combinação incomum? Era Tarantino mostrando para o mundo a que veio.

2- Violência gratuita
Se Roth havia se habituado a viver vilões, aqui ele é a vitima de um sádico jogo perpetrado por dois adolescentes. Remake dirigido pelo mesmo Michael Haneke do Fanny games original.

3- Pulp Fiction - tempos de violência
Pela lista, parece até que Roth faz apologia da violência. Em Pulp Fiction ele aparece rapidamente, mas sua presença é marcante neste filme que ajudou a definir a forma de se fazer cinema independente nos EUA.

4- Água negra
O filme de Valter Salles é, antes de ser um filme de terror, um elaborado drama psicológico. E Tim Roth com sua serenidade ajuda a sedimentar essa impressão.

5 -Rob Roy - a saga de um paixão
O filme é uma aventura belissíma. De quebra, Roth faz aquele tipo de personagem que amamos odiar.

domingo, 18 de outubro de 2009

Notas

Bilheterias americanas

O novo filme de Spike Jonze liderou, segundo estimativas oficiais divulgadas pelos sites epecializados americanos, as bilheterias nesse fim de semana. Where the wild things are, com U$ 33 milhões em caixa, ficou a frente de outra estréia de porte. Código de conduta, estrelado por Jamie Foxx e Gerard Butler arrecadou cerca de U$ 22 milhões e ficou com a segunda posição. O terror independente Paranormal activity ficou com a terceira posição.

Ainda sobre Bastardos ...

Os (e)leitores de Claquete realmente gostaram de Bastardos inglórios. 60% deles o consideraram como o melhor filme de Quentin Tarantino na enquete que listava suas obras. Escolha que foi ainda ratificada pelos 70% que consideraram Bastardos inglórios o melhor Tarantino, na enquete promovida para mensurar o grau de satisfação com o filme.
Foi escolhido também um ator (colaborador do diretor) para ser perfilado na próxima seção Perfil. Quem é, você fica sabendo na terça, dia da publicação da seção.

Insight

Nosso olhar sobre nós mesmos

Um sub gênero caro ao cinema é o chamado biopic, ou como chamamos aqui no Brasil, biografias. Retratar trajetórias de vida vitoriosas ou de proeminentes seres humanos que marcaram a história é uma característica itinerante do cinema, em particular do cinema americano. É compreensível, em um sociedade que aprendeu a valorizar a ambição e os desdobramentos dela, o fascínio por vidas que desconhecem limites ou que os subjugam com determinação e afinco vorazes.
O retrato que o cinema constrói de celebridades, políticos, grandes personalidades e ou gente que fez a diferença em níveis menos estratosféricos, geralmente é lisonjeiro. Há sempre uma preocupação vaticinante em homenagear o biografado, quando vivo, e de honrá-lo e reverência-lo, quando morto.

Cena de Jogos do poder em que Tom Hanks vive o congressista Charles Wilson: Não é uma biografia convencional, mas mostra muito sobre a vida e o jeito de ser do personagem

Esse é um dos cânones desses sub gênero. Há, no entanto, exceções. Cineastas que procuram a verdade, nem sempre abrasadora, sobre seus biografados. Há também biografias que se confundem com o registro de um período histórico, o que municia o cineasta com uma perspectiva diferente. Já que o olhar sobre o personagem parte de um outro referencial.
São muitas, não restam dúvidas, as formas e estruturas de elaborar uma biopic. O cinema americano é, por razões óbvias, o mais fértil na produção dessa ficção - verdade. Existem alguns filmes exemplares que se confundem com o que de melhor foi produzido por Hollywood. Recentemente tivemos filmes como O aviador de Martin Scorsese (sobre a vida do excêntrico Howard Hughes), Ray de Taylor Hackford (sobre a vida do cantor Ray Charles), Milk de Gus Vant Sant (sobre a vida do primeiro político americano assumidamente homossexual eleito Harvey Milk), W de Oliver Stone ( sobre o ex-presidente George W. Bush), 8 Mile (sobre o rapper Eminem), Uma mente brilhante (sobre o matemático John Nash) e O vigarista do ano ( sobre, bem, o trambiqueiro profissional Clifford Irving).

Leonardo Di Caprio como Howard Hughes: Um estudo elaborado de uma vida que desconheceu limites

Há ainda exemplos de filmes que mostram muito sobre uma personalidade a partir de um recorte específico. Ao invés de focar toda a sua vida, focam um evento importante que resume ou ilustra precisamente a vida dessas personalidades. Como o fazem Capote , de Bennet Miller (sobre o escritor e jornalista Truman Capote), Jogos do poder de Mike Nichols (sobre o congressista Charles Wilson ), Treze dias que abalaram o mundo de Roger Donaldson (sobre John Kennedy), Hollywoodland ( sobre o ator George Reeves) e o recente, em cartaz nas telas brasileiras, O desinformante de Steve Sodebergh (sobre um executivo em busca de notoriedade).
Pessoas comuns com histórias extraordinárias também são objeto de biografias. E não só hollywoodianas. O espanhol Ramón Sampedro que tetraplégico lutou bravamente para ter o direito de dar fim a sua vida, teve seu livro adaptado para os cinemas. Mar adentro foi um grande sucesso de público e critica do cinema espanhol.
Portanto, hoje as biografias se dividem, mesmo que em um movimento involuntário, em duas frentes. Aquelas que são biografias assumidas, tratadas com a pompa e, frequentemente, com a reverência características e aquelas que partem do minimalismo de um acontecimento ou momento específico para tecer um comentário maior. São essas as mais impiedosas, ou menos reverentes, com seus biografados.



Damon e Sodebergh no set de O desinformante: Crônica de um mentiroso compulsivo

Independentemente de reverências, agendas políticas, gostos e afinidades, as biografias são, em suma, uma aposta segura. Tanto para produtores, diretores e atores (é um produto de inegável prestígio acadêmico), para o biografado (o filme pode, muitas da vezes, ser redentor), quanto para o público ( na pior das hipóteses é uma aula de história regular, na melhor, cultura em sua melhor embalagem).
Biografias são por excelência sobre a vida de pessoas. Todd Haynes, porém, revolucionou essa percepção. Não estou lá é um filme sobre a vida da obra de Bob Dylan. Como se vê, se uma vida não tem limites, também não terá sua retratação em celulóide.
Portanto, há de se reconhecer a fluência e renovação do sub gênero que talvez seja, o que mais aproxima o homem de sua essência. Seja por seu acertos, por seus erros, por suas omissões ou por seus devaneios. É o homem se vendo pelo cinema.



Josh Brolin como o Bush de Oliver Stone: Um retrato meio desfocado da vida do então integrante da Casa Branca

200

Olá leitores de Claquete, tudo bem?

Primeiramente, deixem-me reiterar o imenso prazer que é recebê-los aqui em Claquete.
Venho me pronunciar, nesse editorial, em virtude da marca de 200 postagens alcançada por esse blog tão querido que toco tão apaixonadamente. Agradeço a vocês que durante a, curta, história de 3 meses de Claquete tem me acompanhado. É o gesto amigo, o interesse pelo cinema e a fidelidade fraternal que vocês me dispensam que, junto ao meu amor incondicinal pelo cinema, me movem adiante. Como eu disse, Claquete é feito com muito amor, devoção e vontade. Vontade de informar, de contextualizar, ampliar e repercutir o cinema e sua representatividade. Lembro que Claquete ainda é um projeto. Que está dando muito certo, graças a Deus. Aguardem mais novidades. Sempre com a perícia e obstinação que já marcam a história desse blog.
Aproveito essa marca, de 200 posts, para muitos cabalística, para agradecer o apoio e audiência de todos vocês. Continuem comigo. Claquete, afinal de contas, é de todos nós.
Grande abraço!

Critica - O desinformante

Mentir é preciso!

O novo filme de Steve Sodebergh é, além de entretenimento de alto nível, um elaborado estudo da paranóia corporativa dos tempos modernos. O desinformante ( The informant EUA 2009), baseado em fatos reais, acompanha a trajetória de Mark Whitacre (Matt Damon), um bioquímico de formação e executivo por vocação, que a pretexto de manter a consciência limpa, e tornar-se uma espécie de herói nacional, denuncia as ilicitudes de sua empresa para o FBI. Tornando-se, inclusive, informante.
O esquema de taxação de preços com os concorrentes denunciado por Whitacre, de fato existia, contudo, o irresistível apelo da mentira para Whitacre compromete a investigação e, mais adiante, a própria situação de Whitacre com a justiça.
O que interessa a Sodeberg, em um primeiro momento, aqui é delinear os efeitos nocivos que uma sociedade capitalista degenerada é capaz de produzir. Seja pela subversão de certas regras sociais, morais ou éticas. Em um segundo momento, Sodebergh mira na capacidade de um indivíduo, tido como bom cidadão, de recorrer a subterfúgios para garantir uma vida melhor. O tom do registro escolhido pelo diretor não poderia ser mais acertado. O humor negro e a ligeira inclinação à comédia de erros se fundem perfeitamente a história que, conforme avança, ganha contornos inacreditáveis.
E a atuação de Matt Damon, nesse sentido, é providencial. O ator, que engordou 15 quilos para o papel, dá um ar de bonachão a Whitacre. O timing cômico de Damon está apuradíssimo e os afiados diálogos ganham ainda mais viço com o ator em cena. O elenco de coadjuvantes também está muito bem. Mas é, de fato, Damon quem brilha. Não será nenhuma surpresa, se o ator receber algumas indicações a prêmios por essa acurada performance.
A conclusão que emerge de O desinformante, a despeito da bipolaridade diagnosticada de seu biografado, é que em um mundo tão distorcido quanto esse que temos aí, a mentira é uma ferramenta poderosa, desde que usada com moderação.

TOP 10

Essa semana comemoramos, mais precisamente no dia 15, quinta feira, o dia dos professores. Data muito especial, que tal qual os profissionais que homenageia, não é muito valorizada. Claquete, na expectativa de fazer uma pequena honraria a essa tão distinta e inspiradora profissão, lista 10 professores inesquecíveis que o cinema nos apresentou. Parabéns professores da vida real que inspiraram todos estes que veremos a seguir.

10 - Erin Gruwell/ Hillary Swank em Escritores da liberdade (2005)

Aqui se presencia uma parábola edificante do quão importante é perseverar. Resgatar jovens sem chances de seu destino cruel é o objetivo traçado pela professora Erin (vivida com a competência habitual por Hillary Swank). Ela supera hostilidade, preconceito e outros obstáculos nessa bonita história inspirada em fatos reais. E é justamente esse pedigree que vale a inclusão de Erin, e do filme, nessa lista.

9 - Rick Latimer/ James Belushi em Um diretor contra todos (1987)

Nesse pequeno filme de 1987 com um James Belushi surfando na popularidade de seu irmão, vemos um diretor de uma escola pública de um bairro pobre americano fazendo das tripas coração para fazer uma escola "parecer" uma escola. Uma rotina de violência, opressão e segregação não é fácil de ser contornada, mas esse diretor, de métodos nem sempre cristãos, faz o possível para tornar aquele um lugar melhor.

8- Micky Rosa/ Kevin Spacey em Quebrando a banca (2008)

Os professores nem sempre exercem boa influência sob seus alunos. E Quebrando a banca, mesmo que indiretamente, mostra isso. Micky Rosa é um professor que reúne seus alunos mais prodigiosos para faturar em Las Vegas contando as cartas no jogo 21. Não é preciso dizer que alguns experimentam o inferno por isso. Rosa é egoísta e totalmente incapaz de inspirar outra coisa senão a competição desenfreada em seus pupilos. Justamente por isso, e para a lista não ficar reverente demais, Micky Rosa pinta por aqui.

7- Roberta Guaspari/ Merly Streep em Música do coração (1999)

É difícil Merly Streep não figurar em algum top 10 de Claquete, tamanho talento e polivalência que a atriz demonstra em sua carreira. Em Música do coração ela vive uma professora de música interessada em levar conforto a seus alunos. Enfrenta o descrédito de pais e colegas, que julgam ser sua disciplina um passatempo, e tenta se comunicar com seus alunos em níveis que nenhuma outra pessoa parece disposta a fazê-lo.

6 - Willian Forrester/ Sean Connary em Encontrando Forrester (2000)

Ok. Ele não é um professor propriamente dito. Mas age com a disciplina e a devoção de um para endireitar Jamal Wallace, um garoto de enorme talento e potencial que corre o risco de se perder. O veterano escritor vivido por Connary guia e doutrina o rebelde vivido por Robert Brown com graça e afinco dignos dos mestres.

5- Louranne Johnson/ Michelle Pfeiffer em Mentes perigosas (1995)

Ser mulher em ambientes que predominam o machismo, já é, por si só, desafiante. Imagine em um lugar que a lei da violência impera e que nas escolas, estudar é o que menos se faz. É mais ou menos esse o rojão que a professora Louranne pega pela frente. Em um ambiente que muito faz lembrar o das escolas brasileiras. Um filme denso e que, principalmente para os professores brasileiros, faz muito sentido.

4- Mark Thackeray/ Sidney Poitier em Ao mestre com carinho (1967)

Experiências e ensinamentos são coisas que podemos filtrar de nossos mestres. É sobre isso que trata Ao mestre com carinho. Dessa relação, muitas vezes conturbada, mas freqüentemente recompensadora. Mesmo que em um nível estritamente íntimo. E Sidney Poitier captura isso muito bem com sua personagem.

3- John Nash Jr. / Russel Crowe em Uma mente brilhante (2001)

Uma mente brilhante é sublime sob muitos aspectos. Mas poucos o observam pela bela referência que faz ao magistério. Nash segue a carreira acadêmica com a arrogância característica dos gênios. Domado pela cruel doença, volta a lecionar, já idoso, por se sentir útil e prolifero naquele ambiente. Recebe, ainda, honrarias tanto por sua contribuição econômica quanto por sua contribuição como professor, esta última, em uma das cenas mais emocionantes do filme.

2- Trevor Garfield/ Samuel L. Jackson em 187, código de violência (1997)

Samuel L. Jackson vive aqui, talvez, o mais eloqüente exemplo do que é ser um professor hoje na rede pública. Desamparo do estado, falta de recursos, e alunos totalmente resistentes a idéia de estudar e ser alguém na vida. A violência passa a ser parte do cotidiano em uma deturpação social homérica. Esse filme tem ainda uma das cenas mais tensas da década passada. E um final acachapante.

1- John Keating/ Robin Willians em Sociedade dos poetas mortos (1989)

Não existe professor no cinema que reverbere mais. Muitos professores até usam esse filme em suas aulas. Em uma jogada do inconsciente, talvez. Ou pelo simples fato de buscar o compartilhamento da inspiração vivida por aqueles personagens. Despertada pela poderosa presença do professor John Keating e seu lema sagrado. Carpe diem.

sábado, 17 de outubro de 2009

De olho no futuro...

Onde está a Dilma?

Lula – O filho do Brasil, que promete se inscrever como o filme mais antecipado da história do cinema nacional, bem ao modo de seu biografado, tem estréia marcada para o dia 1º de janeiro do ano que vem. Contudo, a fita de Fabio Barreto será exibida pela primeira vez na abertura do festival de cinema de Brasília que ocorre entre os dias 17 e 24 de novembro deste ano. Em tempos de sucessão presidencial, há de se perguntar se Dilma Roussef está no longa. Facilitaria, e muito, no processo de popularização da presidenciável petista.

Chris Pine como o novo Jack Ryan

Ele já fez par com Lindsay Lohan, revitalizou a figura do célebre capitão Kirk e é cotado para viver Frank Sinatra nos cinemas. Se o mundo não está aos pés de Chris Pine, está bem perto disso. E a prova cabal é o fato de seu nome estar praticamente garantido para o novo filme do agente da CIA Jack Ryan. O papel que já foi de Alec Baldwin, Harisson Ford e, mais recentemente, de Ben Afleck está aterrisando no colo do ator de 29 anos.
Pine será escalado para o papel em mais uma tentativa de rejuvenescer o personagem. Tentaram a mesma coisa em 2002, quando Ben Afleck estrelou A soma de todos os medos. Embora o filme tenha feito boa bilheteria, os produtores ficaram descontentes com o desempenho do ator.
Pine é uma aposta que muitos estão fazendo em Hollywood. Bonito, inteligente, competente e com muita boa vontade, o ator tem escalado a passos largos a montanha do sucesso.



Daqui para frente só quero saber de ícones

That´s how it´s done: Lesson 386

E as mentes responsáveis pela promoção de Lua nova, continuação de Crepúsculo, continuam a impressionar. Eles bombardeiam diariamente, e das formas mais diversas possíveis, a Internet com novidades da produção. A última cartada, plenamente calculada, foi do diretor Chris Weitz. Ele inaugurou o twitter oficial do filme, onde se encarrega, pessoalmente, de lançar fotos de bastidores e novidades fresquinhas sobre a produção. Bem, não são novidades de fato. Já que o filme está pronto há pelo menos 3 meses e a terceira parte, a cargo de David Slade já está sendo filmada.
Na psicologia do marketing hollywoodiano, no entanto, o que vale é manter a chama acesa.
O link para o twitter oficial do longa é: www.twitter.com/twilight

Eu tinha a força!

E todo mundo está preocupado com o rendimento (nas bilheterias) do outrora infalível Tom Cruise. Após alguns estudos de “target”, como os entendidos chamam, a FOX resolveu mudar o nome do novo filme protagonizado pelo ator. Temiam que Wichita não atraísse público. Resolveram pelo infame trocadilho Knight & day ( cavaleiro & dia) tirando o k da palavra em inglês, torna-se a palavra noite. Em Knight & Day, Cruise vive um agente secreto incumbido da segurança de Cameron Diaz. A direção é de James Mangold.


Os Dias de Mel voltarão

Depois de um longo e tenebroso inverno, mais precisamente desde 2002, quando estrelou Sinais, Mel Gibson retorna para frente das câmeras. Em Edge of Darkness, Gibson vive um detetive, cuja filha, ativista, fora assassinada brutalmente. Não precisa dizer que ele irá atrás de justiça, certo? A fita dirigida por Martin Campbell estréia em Janeiro do ano que vem nos cinemas americanos. Assim que tiver previsão por aqui, você fica sabendo em Claquete. Por enquanto, repara na cara de sério do ator no pôster.