Murray em foto de editorial veiculado na edição de janeiro da GQ americana
Lá por setembro do ano passado, todo mundo dava como certa
sua indicação ao Oscar. Agora, às vésperas do anúncio dos indicados ao Oscar,
Bill Murray é o exemplo vivo do que é ser azarão na corrida pelo Oscar. Essa
oscilação não é estranha à carreira do ator que já foi ícone pop, patrimônio
cult e hoje se alimenta dessas vidas passadas. Para todos os efeitos, Bill
Murray é pop e cult, mas não é ator com a penetração de outros atores pop e
cults como Hugh Jackman, na primeira frente, e Daniel Day Lewis, na segunda, outras figuras com aspirações ao
Oscar na temporada.
Em setembro dizia-se que Bill Murray era certeza entre os
indicados ao Oscar de melhor ator por Um fim de semana em Hyde Park justamente
porque se tratava de Bill Murray como um importante presidente americano. Justificativa
idêntica apresentada à mesma época para confirmar o outro nome certo na
disputa, o de Daniel Day Lewis. A uma semana das indicações para o Oscar, Day
Lewis é fava contada. E Bill Murray?
Pesa contra o ator o fato de seu filme, dirigido pelo competente,
mas pouco acadêmico Roger Michell, não gozar do prestígio de Lincoln. Bill
Murray também é reconhecido por ser um tipo antipático. Preservado, Daniel Day
Lewis, para forçar na comparação, também é. Mas Day Lewis sabe promover um
filme. É sociável e afável com repórteres e figuras de bastidores da indústria.
No festival de Toronto, houve espanto por parte dos frequentadores em virtude
da disposição de Bill Murray em promover o filme, em conceder entrevistas
coletivas e afins. A atuação de Murray, indicado ao Globo de Ouro de melhor
ator em comédia, foi elogiada. Mas novamente pesa contra ele o timing. Hugh
Jackman e Bradley Cooper, dois galãs com pouco trânsito em premiações, defendem
atuações em filmes mais pomposos e prestigiados e contam com maior simpatia da
crítica especializada.
Mas Bill Murray é o homem que fez com que Sofia Coppola
escrevesse um papel única e exclusivamente para ele. Que Wes Anderson diz ser
sua bússola. Que fez a Sony retomar cinco vezes (e contando) as negociações
para uma nova sequência da franquia Os caça- fantasmas. Bill Murray é o homem
que fez Zumbilândia ser um filme mais cult do que pop. Ou seria o contrário?
Bill Murray
não deve ser indicado ao Oscar. O Oscar não dá conta de sua complexidade. Do
background no humorístico Saturday Night Live a muso indie, Murray nunca
pareceu muito interessado no Oscar. Talvez tenha mudado de opinião. Talvez não.
Não só muita gente dava a indicação do Bill Murray como certa, por “Um Fim de Semana em Hyde Park”, como também muita gente dava como certa a menção de Laura Linney. Mas, o buzz em torno deles, bem como sobre o filme, caiu MUITO... Beijos!
ResponderExcluirKamila: é verdade Ka...
ResponderExcluirbjs