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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Oscar Watch 2013 - E Bill Murray?

Murray em foto de editorial veiculado na edição de janeiro da GQ americana



Lá por setembro do ano passado, todo mundo dava como certa sua indicação ao Oscar. Agora, às vésperas do anúncio dos indicados ao Oscar, Bill Murray é o exemplo vivo do que é ser azarão na corrida pelo Oscar. Essa oscilação não é estranha à carreira do ator que já foi ícone pop, patrimônio cult e hoje se alimenta dessas vidas passadas. Para todos os efeitos, Bill Murray é pop e cult, mas não é ator com a penetração de outros atores pop e cults como Hugh Jackman, na primeira frente, e Daniel Day Lewis, na segunda, outras figuras com aspirações ao Oscar na temporada.
Em setembro dizia-se que Bill Murray era certeza entre os indicados ao Oscar de melhor ator por Um fim de semana em Hyde Park justamente porque se tratava de Bill Murray como um importante presidente americano. Justificativa idêntica apresentada à mesma época para confirmar o outro nome certo na disputa, o de Daniel Day Lewis. A uma semana das indicações para o Oscar, Day Lewis é fava contada. E Bill Murray?  
Pesa contra o ator o fato de seu filme, dirigido pelo competente, mas pouco acadêmico Roger Michell, não gozar do prestígio de Lincoln. Bill Murray também é reconhecido por ser um tipo antipático. Preservado, Daniel Day Lewis, para forçar na comparação, também é. Mas Day Lewis sabe promover um filme. É sociável e afável com repórteres e figuras de bastidores da indústria. No festival de Toronto, houve espanto por parte dos frequentadores em virtude da disposição de Bill Murray em promover o filme, em conceder entrevistas coletivas e afins. A atuação de Murray, indicado ao Globo de Ouro de melhor ator em comédia, foi elogiada. Mas novamente pesa contra ele o timing. Hugh Jackman e Bradley Cooper, dois galãs com pouco trânsito em premiações, defendem atuações em filmes mais pomposos e prestigiados e contam com maior simpatia da crítica especializada.
Mas Bill Murray é o homem que fez com que Sofia Coppola escrevesse um papel única e exclusivamente para ele. Que Wes Anderson diz ser sua bússola. Que fez a Sony retomar cinco vezes (e contando) as negociações para uma nova sequência da franquia Os caça- fantasmas. Bill Murray é o homem que fez Zumbilândia ser um filme mais cult do que pop. Ou seria o contrário?
Bill Murray não deve ser indicado ao Oscar. O Oscar não dá conta de sua complexidade. Do background no humorístico Saturday Night Live a muso indie, Murray nunca pareceu muito interessado no Oscar. Talvez tenha mudado de opinião. Talvez não.

2 comentários:

  1. Não só muita gente dava a indicação do Bill Murray como certa, por “Um Fim de Semana em Hyde Park”, como também muita gente dava como certa a menção de Laura Linney. Mas, o buzz em torno deles, bem como sobre o filme, caiu MUITO... Beijos!

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