quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Homem do mês - Joaquin Phoenix



Porto-riquenho de nascença, e americano de formação, Joaquin Rafael Phoenix, que já foi perfilado em Claquete, viu seu irmão sucumbir a uma overdose em sua frente. Por muito tempo se imaginou que Joaquin viveria à sombra de River, intenso e saudoso. Não foi o que aconteceu. Ainda mais intenso e grave do que seu irmão, o Phoenix mais novo rapidamente galgou posições em Hollywood. De participações pequenas em filmes como Circulo de paixões e Reviravolta, ambos de 1997, passando pelo notável papel coadjuvante em 8 milímetros (1999) até a glória alcançada no ano 2000. Foi nesse ano que estrelou o filme que redefiniria sua carreira: Gladiador. Mas esteve também em Caminho sem volta, no qual fundou a parceria com o cineasta James Gray, e em Contos proibidos do marquês de Sade. O melhor ano da carreira de Joaquin Phoenix, desde então, talvez tenha sido 2012, quando protagonizou O mestre, nova hiperbólica obra de Paul Thomas Anderson. "Sempre convidei Joaquin e ele sempre dizia não; até que dessa vez ele disse sim", contou o cineasta sobre sua intenção de trabalhar com o ator.
Joaquin Phoenix, é bem verdade, destronou a si mesmo em Hollywood. Há quatro anos anunciou que abandonaria a carreira de ator para ser rapper e fez todos crerem que tinha surtado. Tudo não passava de uma pegadinha em prol de um documentário amplamente experimental que patrocinava junto a seu cunhado Casey Affleck. A brincadeira custou caro e muitas portas se fecharam em Hollywood. Afeito à polêmicas, Phoenix, em plena jornada de volta à cidade dos anjos, maldisse a temporada de premiações - um dos alicerces hollywoodianos por excelência. Mesmo assim, chegou ao Oscar 2013 por seu trabalho em O mestre
Ator de proporções agigantadas, Phoenix faz o tipo bad boy, mas é também o tipo de profissional que alcança perfeição. "Ele é uma força da natureza", disse Philip Seymour Hoffman em entrevista recente. "Não me deixo tomar por um personagem dessa maneira". A forma passional com que Phoenix faz cinema e seu bem vindo retorno aos cinemas brasileiros em janeiro o alçam ao posto de homem do mês no blog.

4 comentários:

  1. Não sabia que ele era Porto-riquenho.Mesmo.Pode ser daí que venha todo esse charme devastador...Amei a capa do blog e adorei ele ser escolhido como Homem do Mês em Claquete.Bjs

    ResponderExcluir
  2. River Phoenix era simplesmente maravilhoso, realmente deixou saudades. Joaquin, no entanto, mostrou que também é um ator maravilhoso. Chega ao Oscar como azarão, pois creio que Daniel Day-Lewis já levou esse ano e acho difícil vislumbrar a possibilidade de Joaquin vencendo... De qualquer forma, sempre é bom ver que o talento é reconhecido, mesmo diante de tantas polêmicas! rs
    Abs.

    ResponderExcluir
  3. Daniel Day-Lewis está incrível em Lincoln, mas se tem um ator que se equipara em interpretação na categoria esse ano é Joaquin Phoenix em O Mestre. Uma entrega impressionante. E curioso que até corporalmente os dois estão semelhante, hehe.

    bjs

    ResponderExcluir
  4. Pat: Obrigado. Pois é, como Porto Rico é território americano, ele tem o melhor de dois mundos, não é mesmo?
    Bjs

    Danilo: Assino embaixo meu caro!
    Abs

    Amanda: Acho que, para variar, a categoria de melhor ator está equlibradíssima. Tantos trabalhos primorosos deixados de lado e um nível frantástico dos selecionados...
    bjs

    ResponderExcluir