quinta-feira, 13 de maio de 2010

Movies great Partnerships - Ridley Scott & Russel Crowe


Existem momentos no cinema que são únicos e definidores. Gladiador, por uma série de fatores, foi um destes momentos. A fita de 2000, vencedora de seis Oscars, resgatou o valor artístico e o interesse do público pelos filmes épicos. Projetou um dos últimos super astros a surgir em Hollywood, Russel Crowe, e devolveu a Ridley Scott a grandeza que lhe fugira durante os anos 90.
Gladiador marca, também, o começo da parceria entre Russel Crowe e Ridley Scott. O período de seis anos entre Gladiador e a segunda colaboração entre os dois serviu para dar perspectiva aos envolvidos e direcionar os rumos da parceria. “Russel é um ator fácil de trabalhar. Ele é esforçado e é um jogador de time. Não tem ataques de estrelismo”, disse certa vez o diretor inglês ignorando que Crowe já foi até mesmo detido por ter jogado um telefone em um funcionário de hotel. “É mais fácil fazer um filme quando ator e diretor já se conhecem de outros carnavais”, afirmou Crowe nas entrevistas promocionais de Rede de mentiras, último filme da parceria antes de Robin Hood. Scott recusa o rótulo de que Crowe seja seu ator fetiche. Para o diretor, todos os personagens que Crowe viveu em seus filmes não poderiam ser vividos por outros atores. “Crowe é um ator completo e cheio de recursos, por que não iria escalá-lo?”, brincou na ocasião do lançamento de O gangster em 2007.


Nos sets de O gangster: "É mais fácil quando já nos conheçemos de outros carnavais"



Mais um filme para a conta: Da Roma antiga ao Iraque, Scott leva Crowe com ele


Fato é que a parceria se intensificou. Nos últimos 5 anos, foram 4 filmes. A comédia dramática Um bom ano (2006), o épico do crime O gangster (2007), o thriller de espionagem Rede de mentiras (2008) e neste ano, Robin Hood. A escolha de Crowe para viver o famoso arqueiro inglês repercutiu negativamente. Muita gente questionou a escalação do neozelandês de 46 anos para fazer um personagem geralmente retratado como jovem. “Tudo que você conhece sobre Robin Hood é mentira, aqui está a verdade”, declarou com certa presunção o ator em recente rodada de entrevistas em Londres.
Perto de parcerias como Scorsese & De Niro e Fellini & Mastroianni, o legado da dupla Scott & Crowe pode não ser dos mais vistosos, mas a química é visível. Seus filmes sempre atraem grande público, geralmente são sucesso de critica e eles não parecem se importar muito com a repercussão da parceria. Querem fazer filmes juntos porque um aprecia a companhia e o trabalho do outro. No fundo, esse é o mais sólido indicativo de uma parceria de sucesso.

Aqui você faz assim ó: Ridley Scott gesticula para Cate Blanchet e Russel Crowe nos sets do aguardado Robin hood




Em time que está ganhando...

Gladiador (2000)


O maior épico do novo milênio ainda é o melhor trabalho da dupla. Gladiador estabeleceu Russel Crowe como nome quente em Hollywood e devolveu o prestigio ao diretor de Alien e Blade Runner.


Um bom ano (2006)



Russel Crowe exercita seu timing cômico em uma fita regada a romance, paisagens idílicas, vinho e Marion Cottilard antes do Oscar e da fama. De quebra, Scott e Crowe mostram alguns truques financeiros de Wall street antes da crise que tomaria o mundo em 2008.


O gangster (2007)



Ser comparado, favoravelmente, a O poderoso chefão já mostra que esse é um dos exemplares bem sucedidos da bem sucedida parceria entre Scott e Crowe. Aqui eles se unem para contar a história verídica do primeiro chefão do tráfego de drogas negro nos EUA. Crowe “joga para o time” (como diz Scott) e brilha, mas deixa Denzel Washington brilhar mais.


Rede de mentiras (2008)



Em O informante, Russel Crowe já tinha mostrado que não tinha problema em engordar. Aqui ele ganha uns quilinhos para viver um burocrata da CIA que não deixa seu agente de campo, vivido por Leonardo DiCaprio, ter paz. Um filme tenso em que Scott conta com a conhecida habilidade de Crowe para remoer clichês em seu favor.


Robin Hood (2010)

Depois de muitos problemas na produção, Scott bancou Russel Crowe como o protagonista de Robin Hood. O filme foi recebido com frieza e reservas no festival de Cannes. A estréia mundial ocorre amanhã.

2 comentários:

  1. Gosto dessa parceria porque eles realmente não estão preocupados com a crítica, goste dos filmes quem tem que gostar, doa a quem doer, no final, acho que quem ganha é o Cinema e os críticos ainda não se tocaram nisso, que é muito melhor fortalecer as relações humanas também no ambiente onde o cinema é feito e não só se preocupar com o resultado final.
    A propósito, prefiro o Scott da safra de 80 e 90 e o Russel Crowe de Gladiador, mas respeito a parceria e acho um bom exemplo de "benchmarking" de que as parcerias no Cinema são bem vindas.

    bjs

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  2. É isso mesmo madame. A verdade foi feita para ser dita.
    Bjs

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