sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cantinho do DVD

No final de semana da estréia do segundo longa metragem baseado na série de sucesso da HBO, Sex and the city 2, nada mais oportuno do que destacar na seção Cantinho do DVD desta semana, a crítica do primeiro filme. Lançado com pompa e dono de uma bilheteria arrasadora (chegou a tirar, inesperadamente, o último filme de Indiana Jones do topo das bilheterias), o filme peca por renegar a veia lacônica e subversiva da série. Nada que comprometa os figurinos, é claro.

Atenção: A crítica foi escrita à época do lançamento do filme



Viva a caricatura!


O maior problema de Sex and the city - o filme (Sex and the City EUA 2008) adaptação dos seriado de sucesso da HBO para os cinemas, não é nem mesmo a falta de zelo e carinho com as personagens que ajudaram a solidificar o conceito de feminismo na nossa sociedade. O grande equívoco do filme está na banalização desse feito. O filme nada mais é do que uma insossa caricatura do que Sex and the city representou para a cultura americana.
Ao fazer a opção por privilegiar o merchandising despudorado abraçando as ânsias dos fashionistas e assumindo os clichês do gênero que a série tão arduamente combateu, o filme se mostra desnecessário e, por consequência, órfão do público que deu combustível a série.
No filme, reencontramos Carrie, Charlote, Samantha e Miranda, exatamente onde as deixamos. Carrie e Big, maiores vítimas do filme, põe seu amor á prova, no que se imagina, a maior provação que um casal, sabidamente feitos um para o outro, pode passar. A despeito desse arco principal, basta dizer que é totalmente infeliz. Desde a abordagem até solução. Involuntariamente, o que esse arco transmite é que as mulheres não podem contar com um felizes para sempre e que realmente não há um príncipe encantado por aí. E pior, pela solução encontrada, desenha a mulher como um bicho vulnerável e suscetível a qualquer tipo de desarranjo da ala masculina. Mais machista impossível.
A essência da série foi preservada nos arcos de Miranda e Samantha. Bem desenvolvidos, embora nunca recebessem a merecida atenção do diretor. Michael Patrick King aliás, deve ter sentido na pele o quão difícil e diferente é fazer cinema.
O saldo geral ainda é positivo. Afinal de contas, a mulherada quer é seu espaço. E sinalizou muito bem isso, conferindo uma ótima bilheteria á fita em seu fim de semana de estréia. Em uma temporada de filmes feitos para o gosto do público masculino, Sex and the City quebrou recordes. Mesmo que por vias tortas, as meninas, agora quarentonas, de Manhatan continuam a carregar e hastear a bandeira feminista.

2 comentários:

  1. Até hoje não conferi esse filme, e nem pretendo, rs
    Nada contra, mas eu sei que não vou gostar!

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  2. Não vai gostar msm. É quase impossível! rsrs. abs

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