Crítica - Caça aos gângsteres

Trivial!

Quando foi anunciado, Caça aos gângsteres (Gangster squad, EUA 2013) provocou certa expectativa. Em parte pelo elenco vistoso que reúne nomes como Josh Brolin, Ryan Gosling, Sean Penn, Emma Stone, Nick Nolte e Giovanni Ribisi, em parte pelas expectativas ensejadas pelo filme de estreia do diretor Ruben Fleischer (Zumbilândia) e em parte pelo fato de revisitar um gênero clássico americano: o filme de gangster.

Depois de ter diversas cenas refilmadas, em parte por insatisfação do estúdio e em parte pelo massacre no cinema em Aurora (o clímax do filme tinha um tiroteio dentro de uma sala de cinema), Caça aos gangsteres chega aos cinemas com a indisfarçável aparência de um filme que não deu certo. E não deu mesmo. Tudo é muito superficial na fita de Fleischer. Desde as interpretações, que ultrapassam o limite aceitável da caricatura, até a própria articulação dos conflitos. Não há nada que instigue o público, a não ser ver Sean Penn na pele de um gangster homicida que já foi interpretado por outros atores em outros filmes.

Gosling: uma das poucas satisfações em cena

A trama acompanha um grupo de policiais párias em Los Angeles. Ou seja, que não estão no bolso do impiedoso e ganancioso Mickey Cohen (Sean Penn). A equipe liderada por John O´Mara (Josh Brolin) e ungida pelo chefe de polícia vivido por Nick Nolte se incumbe de minar a riqueza de Cohen atacando carregamentos de drogas, cassinos e outros negócios escusos do mafioso.

Afora uma violência estilizada que nunca chega a impressionar, o filme de Fleischer não contribui em nada para a fauna de filmes sobre gangsterismo. De produtivo, fica o sarro que Ryan Gosling tira em cena fazendo as vezes de Humphrey Bogart. É pouco!