O diretor e roteirista de O lado bom da vida se diverte no set de filmagens com seu par de protagonistas (Bradley Cooper e Jennifer Lawrence)
As mazelas da vida aos 40 anos; a incrível história de uma
missão da CIA que tinha como base um filme falso com locações no Irã; o recorte
sobre o engajamento abolicionista de um dos maiores presidentes americanos da
história; um escravo em busca de vingança; pessoas com problemas emocionais que
encontram a cura uma na outra; a operação para capturar o inimigo número 1 dos
EUA; a construção de uma seita e seus signos e a descoberta do primeiro amor de
uma maneira bem excêntrica. Esses são alguns dos principais roteiros na briga
por uma indicação ao Oscar. Dez serão indicados. Cinco no âmbito das adaptações,
segmento que surge bem congestionado em 2012, e cinco no lado dos
originais.
Os homens por trás desses roteiros não são marinheiros de
primeira viagem. Chris Terrio, responsável pelo festejado texto de Argo, na
verdade, é a exceção. Egresso da tv, esse é apenas seu segundo trabalho para cinema
– o primeiro como principal roteirista. O burburinho em torno de seu nome no
Oscar já lhe vale alguns convites e sondagens para trabalhos mais
interessantes, como, por exemplo, o novo longa de Paul Greengrass (Voo 93) com
George Clooney como protagonista. Já o dramaturgo Tony Kushner escreve pela
segunda vez o roteiro para um filme de Spielberg. Autor do elogiado e
sofisticado texto de Lincoln, Kushner já havia sido o responsável pelo elegante
Munique (2005), também indicado ao Oscar. David O. Russell, no melhor estilo
Woody Allen, costuma escrever os filmes que dirige e se não conquistar sua
segunda indicação ao Oscar de diretor, dificilmente deixará escapar a nomeação
pelo roteiro adaptado de O lado bom da vida.
Esses três roteiros são presença certa na categoria de
roteiro adaptado.
No eixo dos roteiros originais, Quentin Tarantino pode
faturar sua terceira indicação na categoria por Django livre. Mark Boal pode
conquistar sua segunda indicação pelo texto amparado em profunda pesquisa de A
hora mais escura. Paul Thomas Anderson é outro que pode voltar à disputa pelo
engenhoso roteiro de O mestre. São três presenças quase certas no Oscar.
Moonrise kingdom, This is 40, As vantagens de ser invisível,
As aventuras de Pi, Ted, Looper, entre outros são bons roteiros que podem ter
vez no Oscar.
Eu acho que as categorias de roteiro são as mais democráticas e interessantes do Oscar. Às vezes, filmes que são ignorados injustamente nas outras categorias, recebem seu devido reconhecimento por seus roteiros. Ano passado, por exemplo, Margin Call, Tudo pelo Poder, Bridesmaids e A Separação fizeram com que a lista de indicados fosse bem diversificada (muito diferente da previsibilidade das outras categorias). Será que isso se deve ao fato de que os roteiristas não têm aquele status de "astros"? E, por isso, mesmo filmes independentes, estrangeitos e comédias acabam tendo vez?
ResponderExcluirAbraço!
Bom panorama, Reinaldo. Vejamos o que a academia nos reserva.
ResponderExcluirbjs
Tô achando que Tarantino e Paul Thomas estão mais garantidos do que nunca nas indicações à "Melhor Roteiro" =]
ResponderExcluirJosé: Concordo com vc José, em tese. Via esse aspecto democrático mais quando eram apenas cinco os indicados a melhor filme. Ali também eram sinalizados os filmes que agradavam a academia, mas que não conseguiram entrar entre os cinco finalistas do ano. Agora, com essa constante mudança para a escolha das produções indicadas a melhor filme, creio que as categorias de roteiro estejam passando por uma "crise" a reboque. A tendência é estabilizar com os filmes indicados a melhor filme. Vamos acompanhar!
ResponderExcluirAbs
Amanda:Vamos ver!
Bjs
Alan: Tarantino eu não tenho tanta certeza, mas ele tem mais chances aqui.
Abs