TOP 10 - Os dez melhores personagens coadjuvantes de Robert De Niro

Robert De Niro vira e mexe volta a cena aqui em Claquete. Não é para menos. Um dos poucos atores que repousam sob a unanimidade de crítica e público, De Niro já é reconhecido em dicionários de cinema como lenda viva. Cultuado por espectadores de todas as procedências cinéfilas, De Niro apresenta alguns protagonistas marcantes como o taxista marcado pelos horrores do Vietnã de Taxi driver ou o pugilista em decadência de Touro indomável. O que pouca gente atenta, é para o grande número de personagens coadjuvantes de primeira categoria que o ator ostenta. É para iluminar esses tipos tão variados que Claquete elaborou esse TOP 10.

10 – Senador John McLaughlin em Machete (Machete, EUA/MEX 2010)

De Niro, cheio de espírito esportivo, aceitou fazer esse político carregado em tintas caricaturais no filme B maiúsculo que Robert Rodriguez fez sobre um heróico imigrante mexicano - que dá nome ao filme. De Niro, abusando da canastrice, surge como um senador misógino, intolerante, oportunista e assassino. Uma perola!

9 - Louis Gara em Jackie Brown (EUA 1997)

Quentin Tarantino era “o” cara depois da explosão de Pulp fiction. Mas até “o” cara queria trabalhar com De Niro. Foi assim que o ator acabou entrando para o elenco do filme subsequente de Quentin. Aqui ele faz um gangster que diz “fuck” o tempo todo e só pensa em, vá lá, “fuck”, a ninfa vivida por Bridget Fonda. Uma composição com a tecla “fuck” acionada. Não precisa dizer que De Niro é das melhores coisas do filme, né?

8 - Capitão Shakespeare em Stardust – o mistério da estrela (Stardust, EUA 2007)

Nessa fantasia com gosto de matinê, De Niro vive um pirata que gosta de recitar Shakespeare, mas esconde sua natureza “sensível” devido a liturgia do cargo, digamos assim. O personagem é uma gozação só e De Niro lhe dá vida com o devido respaldo. Afetação, histrionismo e paródia dão o tom desse bem sacado personagem muito bem afinado pelo ator.

7- Carl Van Loon em Sem limites (Limitless, EUA 2011)

Aqui De Niro vive um papel pequeno, mas cheio de frases impactantes. Com cara de mal, o ator vive um magnata das finanças que se interessa pelo protagonista espertinho vivido por Bradley Cooper. O ator consegue, na base de sua envergadura artística, construir um antagonista interessante e ameaçador, mesmo com pouco tempo em tela.

6 - Detetive Eddie Flemming em 15 minutos (15 minutes, EUA 2001)

Nessa subestimada fita de ação, De Niro coadjuviza para Edward Burns. Seu personagem, no entanto, é quem materializa toda a crítica que 15 minutos objetiva fazer à cultura de celebrização de atividades policiais e da fama a qualquer preço. O ator vive um policial famoso que facilita para que equipes de tv acompanhem suas intervenções. Até em face da eminente morte, Eddie busca efeitos midiáticos.

5 - Conrad Brean em Mera coincidência (Wag the dog, EUA 1997)

Na pele de um assessor político que precisa criar diversões para um escândalo sexual que aflige a Casa Branca, o ator compõe uma dupla afinada com Dustin Hoffman. Sem medo de trabalhar em prol do companheiro, De Niro surge sofisticado, irônico e com tremendo charme.

4 - Don Lino em O espanta tubarões (Shark tale, EUA 2004)

Dando sequência a uma fase em que riu de si mesmo, em filmes como Máfia no divã, De Niro interpretou um tubarão mafioso que se ressente da “falta de instinto” do primogênito nesse divertido filme da divisão de animação da Dreamworks. Aqui ele aproveita para mostrar afinação com Scorsese, que dubla um dos capangas de Don Lino.

3 - Vito Corleone em O poderoso chefão-parte II (The godfather-part II, EUA 1974)

O primeiro Oscar veio por esse clássico papel defendido dois anos antes por ninguém menos que Marlon Brando. De Niro não se intimidou e reclamou a autoria de um dos personagens mais icônicos e influentes da história do cinema.

2 - Al Capone em Os intocáveis (The untouchables, EUA 1987)

De Niro é inegavelmente uma presença poderosa. E foi essa presença que Brian De Palma quis para antagonizar os inspirados Kevin Costner e Sean Connery nesse clássico oitentista. Seu Al Capone é vigoroso, sisudo e violento. Uma atuação providencial para o sucesso crítico que a fita amealhou.

1 - James Conway em Os bons companheiros (Goodfellas, EUA 1990)

Os bons companheiros certamente é dos melhores frutos da parceria com Scorsese. Com um personagem menor e com cenas menos explosivas do que seu companheiro Joe Pesci, De Niro é o grande compasso do filme. Combinando sutileza com firmeza, o ator empresta charme a um submundo de pura e crescente violência.