quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Crítica - Gigantes de aço

Rocky de metal!

Não deixa de ser surpreendente o efeito que Gigantes de aço (Real steel, EUA 2011) provoca no espectador. Com uma premissa mais ajustada à ficção científica, essa improvável incursão do diretor Shawn Levy pelo gênero se mostra um drama sobre paternidade bastante edificante.
Hugh Jackman vive Charlie Kenton, ex-pugilista com sérios problemas financeiros e de autoestima. Essa combinação lhe embute um comportamento autodestrutivo. Estamos falando de um cara que, literalmente, vende o filho para custear suas apostas. As apostas de Charlie são em robôs lutadores. A história de Gigantes de aço se passa em 2020 e o boxe volta a reinar como principal esporte de luta, só que no ringue estão máquinas e não humanos.
É da convivência forçada – fruto de um acordo financeiro com o tio de seu filho - entre Charlie e o menino Max (o cativante Dakota Goyo), que pai e filho vão notando as muitas similaridades que os aproximam. Essa aproximação ganha velocidade quando Atom, um robô achado no ferro velho, entra na história.
Todos os elementos de um bom drama familiar e de um bom filme de boxe estão presentes em Gigantes de aço. As cenas de luta, coreografadas com a assistência do performance capture, engrandecem um espetáculo visual que encontra par nas carismáticas atuações do par de protagonistas.

Evangeline Lilly e Hugh Jackman em cena do filme: aí você aperta aqui e ó...


É redenção para todo lado. Charlie se redime do passado omisso como pai, tem seu grande momento como lutador de boxe em um ringue (ainda que com ressalvas) e um robô desacreditado triunfa na principal liga de boxe. 
É verdade que não há a envergadura dramática de produções recentes ambientadas no universo do boxe como A luta pela esperança (2006) ou O vencedor (2010), mas Gigantes de aço compensa essa “desvantagem” com muito carisma, energia e bom humor.
Uma das boas surpresas de 2011 nos cinemas.

4 comentários:

  1. Pois é, o filme surpreende por essa fórmula bem organizada, mas com um quê original. Não dava nada e dei o braço a torcer, hehe.

    bjs

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  2. deve ser uma surpresa mesmo reinaldo? todo mundo elogiando o filme.

    irei ver, não esperava tanto de filme com esta temática.

    []s

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  3. Amanda: Acho que esse sentimento predominou na audiência amanda.
    Bjs

    Alan: Bem vindo ao clube dos que não esperava.
    Abs

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  4. eu acho q vc foi muito profundo nesse caso respira ai um pouco

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