Não deu!
Era uma tragédia anunciada. Lanterna verde (Green lantern, EUA 2011) sofreu duros golpes durante a produção, com sinais de descontentamento emitidos publicamente pelo estúdio (a Warner) e ainda tinha de corresponder as desmedidas expectativas de equiparar-se aos filmes da Marvel. Martin Campbell, um diretor bem sucedido no gênero da ação que viabilizou o Zorro de Antônio Banderas na tela grande e reiniciou duas vezes James Bond nos cinemas parecia o nome certo para fazer o primeiro super herói do segundo escalão da DC comics decolar nos cinemas. Parecia. Campbell, que até Lanterna verde enfileirava acertos, mantém o bom olho para a concepção de cenas de ação – e nisso não dá para dizer que Lanterna verde decepciona. Mas não consegue dar conta da profundidade que os filmes de super heróis demandam após as incursões do Batman de Christopher Nolan nos cinemas. Tão pouco se resolve como a sátira que é Homem de ferro, ainda que conte com um inspirado Ryan Reynolds – que regula seu personagem no mesmo tom de escracho com que Robert Downey Jr. compôs seu Tony Stark.
humm...: não tá cheirando bem |
Hal Jordan (Ryan Reynolds) faz o tipo irresponsável e arrogante que interioriza toda a sua nobreza de forma que ninguém perceba que ele a tem. Mas o anel alienígena percebe e faz dele o representante terráqueo de uma tropa intergaláctica formada por lanternas verdes.
O problema do filme, em um primeiro momento, é a forte hesitação em assumir-se como sátira (algo vislumbrado nas caracterizações de Reynolds, Tim Robbins como um senador cheio de segredos e Peter Sarsgaard como um potencial vilão) ou como um filme que se leve genuinamente a sério. É essa indecisão que faz de cenas como a que Jordan intercede a favor da terra em uma audiência com os guardiões do universo que tornam Lanterna verde quase risível. Um filme com espírito trash e orçamento de primeira grandeza que se perdeu no limbo das ambições mal calculadas. No final das contas, dá uma boa sessão de cinema. Contudo, em um mundo que super heróis geram metáforas sobre existência é pouco. E em uma indústria em retração, um filme orçado em U$ 200 milhões ser uma boa sessão de cinema é desesperadamente pouco.
Pois é... E eles ainda vão insistir no segundo? Ai ai.
ResponderExcluirbjs
Já não aguento mais esses filmes de heróis... Por isso, decidi deixar essas histórias de lado, uma vez que é raro encontrar algo que realmente seja diferente.
ResponderExcluirUma gosma verde maldita da Regan. Rs!
ResponderExcluirFui conferir o filme por uma curiosidade mórbida.
Não gostei, achei bobinho e insatisfatório. De longe o herói mais fraco da temporada.
Abraços
Rodrigo
Amanda: Pois é... eles vão! rsrs
ResponderExcluirbjs
Matheus:Te entendo. Vai ser difícil encontrar mesmo...
Abs
Rodrigo: rsrs. De longeeeeee...
Abs