A turbulência do voo da Marvel
Homem de ferro 3 e Thor – o mundo sombrio são filmes que não
colocariam a Marvel no patamar em que ela se encontra hoje. Essa é a melhor
análise que se pode fazer desses dois indiscutíveis campeões de bilheteria que,
paradoxalmente, sinalizam esgotamento criativo na casa das ideias. A Marvel,
ironicamente, pode seguir o caminho de outra empresa comprada pela Disney
(Pixar) e enveredar por uma crise criativa que, a princípio, não comprometerá
suas bilheterias, mas a banalizará irrevogavelmente. Como a estafa que já se
avizinha em relação aos filmes de super-heróis, é um prognóstico deverás
preocupante.
Sexo, sexo... e sexo
Foi o tema dominante do ano no cinema. Do premiado e
polêmico Azul é a cor mais quente ao pop e reflexivo Como não perder essa
mulher, passando por obras como Lovelace, Spring breakers, Tatuagem, Jovem e
bela, Um estranho no lago, entre outros. Os festivais de Sundance e Cannes também se viram sob
o signo do sexo, uma vez que a maioria dos filmes exibidos tinham em seu cerne
o interesse em abordar o tema.
O nosso Antes do amanhecer
A trilogia de Richard Linklater teve um novo capítulo, muito
elogiado, lançado em 2013. Antes da meia-noite agradou a crítica e acresceu
mais realidade à jornada romântica de Jesse e Celine. No entanto, se apequenou
em matéria de arroubo estético e qualidade argumentativa para um projeto
brasileiro. Idealizado por Felipe Braga, Latitudes teve lançamento simultâneo
na tv e na internet, mas a fronteira não era apenas a distribuição, mas sim,
também, a linguagem. Mesclando cenas de ensaio, takes descartados com o
material oficial, o diretor e seus protagonistas produtores (Daniel de Oliveira
e Alice Braga) fizeram da história de encontros e desencontros de um fotógrafo
e uma editora de revista de moda, das coisas mais apaixonantes, inteligentes e
originais lançadas em 2013.
O cinema nordestino como cartão postal do cinema nacional
Esse negócio de cinema confinado ao eixo Rio-São Paulo já
havia ficado para trás. Principalmente com a excelente fase vivida, já há algum
tempo, pelo cinema pernambucano. O ano de 2013, no entanto, mostrou que a força
do cinema nordestino já não está mais confinada ao Estado de Pernambuco. Cine
Holliúdy, que é cearense, foi o maior fenômeno do boca a boca já produzido em
terras brasileiras. Pelo menos se desconsiderarmos a pirataria que antecedeu o
lançamento de Tropa de elite nos cinemas em 2007.
O oscarizado O lado bom da vida foi um dos muitos filmes a ter sido alvo de reportagem no blog por ocasião de seu lançamento nos cinemas. Outros como Amor, A morte do demônio e O concurso também estiverem em destaque constituindo uma seleção eclética, plural e concatenada com o gosto amplo do leitor e cinéfilo que frequenta o blog
Filmes em destaque em Claquete
Os filmes que valeram reportagens no blog à época de seus
lançamentos nos cinemas
O mordomo da Casa Branca
O conselheiro do crime
Os suspeitos
Sem dor, sem ganho
Bling ring – a gangue de Hollywood
Flores raras
Wolverine: imortal
O concurso
O homem de aço
O lugar onde tudo termina
O abismo prateado
A morte do demônio
A hora mais escura
O lado bom da vida
Lincoln
O mestre
Amor
Django livre
Jack Reacher: o último tiro
125 críticas publicadas no ano no blog
Cinco especiais
Gravidade
Guerra mundial Z
O grande Gatsby
Elysium
O quinto poder
As surpresas do ano
As decepções do ano
Almódovar nos convenceu que precisa de férias!
Os filmes incompreendidos
Mama
O acerto de Guillermo Del Toro no ano foi produzir este pequeno sucesso de público e crítica. Filme de terror que instaura valiosa analogia entre o pavor da maternidade e o pavor de ser privado dela. Tudo em um filme para lá de climático e com arrojo técnico e visual.
O acerto de Guillermo Del Toro no ano foi produzir este pequeno sucesso de público e crítica. Filme de terror que instaura valiosa analogia entre o pavor da maternidade e o pavor de ser privado dela. Tudo em um filme para lá de climático e com arrojo técnico e visual.
Sem dor, sem ganho
A maior crítica ao capitalismo e ao sonho americano em um ano em que tivemos a adaptação de F. Scott Fitzgerald no cinema. Tudo com muito humor e sarcasmo.
Amor pleno
Um Malick que não deixa de ser Malick, mas restringe seu campo de divagação e alcança resultados muito mais entusiasmantes do que em A árvore da vida. Mas sem o mesmo bafafá...
Um Malick que não deixa de ser Malick, mas restringe seu campo de divagação e alcança resultados muito mais entusiasmantes do que em A árvore da vida. Mas sem o mesmo bafafá...
O conselheiro do crime
Uma reflexão lenta, profunda e questionadora sobre morte e instinto em um filme com pegada literária que poderia se beneficiar de um diretor mais concatenado com o espírito do roteiro de Cormac McCarthy, mas que ainda assim sobeja naquilo que se propõe.
Ah, o amor...
É uma das grandes questões da humanidade e em 2013, à parte as comédias românticas, esteve sob análise de importantes cineastas como Michael Haneke,Terrence Mialick e Karin Aïnouz e em filmes como À procura do amor, Azul é a cor mais quente, Boa sorte, meu amor e Anna Karenina. Além, é claro, do último (será?) filme da trilogia Antes do amanhecer. Definitivamente, foi um ano interessante para DRs no cinema.
Uma reflexão lenta, profunda e questionadora sobre morte e instinto em um filme com pegada literária que poderia se beneficiar de um diretor mais concatenado com o espírito do roteiro de Cormac McCarthy, mas que ainda assim sobeja naquilo que se propõe.
Cena de O conselheiro do crime, que reuniu Brad Pitt e Michael Fassbender pela terceira vez em um filme: um filme muito melhor do que um rápido olhar sugere
É uma das grandes questões da humanidade e em 2013, à parte as comédias românticas, esteve sob análise de importantes cineastas como Michael Haneke,Terrence Mialick e Karin Aïnouz e em filmes como À procura do amor, Azul é a cor mais quente, Boa sorte, meu amor e Anna Karenina. Além, é claro, do último (será?) filme da trilogia Antes do amanhecer. Definitivamente, foi um ano interessante para DRs no cinema.
"A mais cativante história de amor que todos nós do júri vimos em muito tempo", disse Steven Spielberg, presidente do júri que outorgou a Palma de Ouro a Azul é a cor mais quente em Cannes
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