Depois de um hiato de 20 anos, fazia sentido que Terrence Malick se dedicasse ao acontecimento que redefiniu a história e o rumo da humanidade: a segunda guerra mundial. Muita gente boa quis fazer parte da leitura que Malick faria do evento. Sean Penn, George Clooney, Nick Nolte, Jim Caviezel e Woody Harrelson são alguns deles. Além da linha vermelha (The thin red line, EUA 1998) é o mais próximo de belo e poético que um filme de guerra pode ser. Essa sensação se agiganta por uma curiosidade astrológica. Nesse mesmo ano, Steven Spielberg, um cineasta bem menos contemplativo do que Malick, rodou o seu filme sobre a segunda guerra. O resgate do soldado Ryan – que até melhor do que esse filme – podia ser mais urgente, sentimental e movimentado, mas Além da linha vermelha sobeja nas minúcias. Nos ínterins da guerra. Das amizades forjadas em meio a paradoxos monumentais. Da morte à espreita como convidada indesejada. É um filme de belas imagens, mesmo que essas imagens seja hediondas. Talvez isso as tornasse mais belas. Malick busca na insensatez da guerra, as bifurcações humanas mais improváveis e, justamente por isso, mais ricas para escrutínio no cinema. Não é um filme perfeito. Mas seu impacto provoca reações que não ocultam esse adjetivo da mente do espectador.
Eu já vi, mas não me lembro de absolutamente nada... Preciso rever!
ResponderExcluirAlan: então vamos rever, né?!rsrs
ResponderExcluirAbs