Jesse Eisenberg está em alta. Indicado ao Oscar de melhor ator por A rede social, escalado para o novo filme de Woody Allen e a principal voz da principal animação do ano até o momento, Rio. Em 2011, Eisenberg ainda poderá ser visto em 30 minutos ou menos. A comédia de ação o reúne ao diretor Ruben Fleischer que o dirigiu em Zumbilândia, destaque de Cantinho do DVD desta semana. Foi nessa fita de 2009 que Eisenberg obteve seu primeiro protagonismo. Com ótimos papéis de coadjuvantes em filmes como A caçada (2007), A lula e a baleia (2005) e A vila (2004), o ator estava esperando uma oportunidade de mostrar seu talento como leading man. Como 2011 está provando, ele a agarrou com unhas e dentes.
Crítica
Muitos são os filmes que abordam o apocalipse como ponto de partida. Orientando-se por essa máxima e subvertendo as prioridades de uma fita de zumbis, Ruben Fleischer rodou uma perola do humor americano que alia clichês de filmes de terror, clichês de filmes de High school e Woody Harrelson. Essa salada se chama Zumbilândia (Zombieland, EUA 2009). O filme aposta na química entre os atores e em um roteiro esmerado no politicamente incorreto.
Os Estados Unidos foram devastados por uma epidemia em que todos se transformaram em zumbis. Columbus (Jesse Eisenberg) mantém –se vivo por seguir rigidamente um conjunto de regras, tão esdrúxulas quanto sérias, que cunhou quando a epidemia se pronunciou. Na estrada, porque cruzar o país é a única coisa que se pode fazer, encontra o amalucado Tallahassee (Woody Harrelson), um tipo que se diverte arregaçando zumbis. Unidos no propósito de não fazer nada juntos, encontram duas irmãs (interpretadas por Emma Stone e Abigail Breslin) que demonstram muito mais cérebro do que eles na hora de elaborar tocaias.
Zumbilândia logo se resolve como esse road movie familiar em que os protagonistas, vez ou outra, precisam atirar em um zumbi ou picá-lo com uma foice. O grande mérito da fita está em não se levar a sério, enumerando piadas que, se não suficientemente fortes, são melhoradas pelos itens da lista de Columbus que surgem na tela para ilustrar o que está acontecendo.
O grande trunfo de Zumbilândia, à parte a graça de ter Woody Harrelson destilando mais um personagem a sua imagem e semelhança iconográfica, é Jesse Eisenberg. O ator se apodera da lógica do humor com timing insuspeito. De porte físico miúdo, Eisenberg sabe trabalhar sua falta de pujança em favor do humor físico, mas se sai melhor ainda quando o fino reside nos diálogos.
Zumbilândia ainda oferece um momento pop de extremo efeito na participação especial de Bill Murray, que interpreta a si próprio: “Seis pessoas sobreviveram e uma delas é Bill Murray”, exclama um entusiasmado Tallahassee. Esse é o espírito de Zumbilândia, um filme que faz do tosco, uma forma de arte.
Ótima dica para um DVD Reinaldo, perfeito!
ResponderExcluirGosto muito do trabalho deste jovem ator chamado Eisenberg, realmente ele fará muitos filmes de ponta futuramente. É só o começo e este exemplar zumbi já deixou a carreira dele cult. Adoro!
Quero conferir '30 min. ou menos' logo. Pelo trailer deve ser bacana, wild!
Abs.
Rodrigo
Aeee, adorei ver "Zumbilândia" no Cantinho do DVD.
ResponderExcluirPosso estar exagerando sob a ótica de muitos, mas pra mim esse filme nasceu um clássico. Um clássico como da mesma forma o é "Todo Mundo Quase Morto". Não digo que o tempo será justo com o filme, mas suspeito de sua fama posterior. "Zumbilândia" é criativo, inteligente e um dos filmes mais divertidos dos últimos anos e consegue ser emocionante em seu desfecho, na reunião dos amigos. Lindo aquilo, inesquecível mesmo. Assim como o filme. Fazia tempo que não me sentia tão encantado com uma comédia recente.
abraços!
Rodrigo: Pois é, Já é cult e ainda será mais cult por representar o pontapé inicial nessa pródiga fase do Jesse. Tb quero ver 30 minutos ou menos. De ver so cara...
ResponderExcluirAbs
Elton: Tb acho que já nasceu clássico Elton. Exageramos juntos! rsrs.
Abs