terça-feira, 1 de março de 2011

Editorial - Sobre ritmo

Março de 2011 traz o carnaval. A folia, embora emule baderna, tem um ritmo próprio. Nas escolas de samba que desfilam Brasil afora (com maior destaque para as cariocas e paulistas), um importante quesito para o sucesso da escola é a harmonia. A harmonia nada mais é do que o saldo do ritmo com que a escola vai evoluindo pela avenida. É necessário equilíbrio, imprescindível cumplicidade entre os integrantes e a motivação é a alegria do samba. No cinema, a busca pelo ritmo perfeito também aflora. Muitos filmes são felizes em pontuá-la de maneira sutil. Como, por exemplo, o grande vencedor do Oscar, O discurso do rei, em que testemunhamos os esforços do monarca inglês para atingir o ritmo necessário em sua dicção para que possa se dirigir a nação. Em Amor sem escalas, outro filme que deu as caras em uma edição do Oscar, vemos o personagem principal batendo cabeça para descobrir um ritmo melhor para sua vida. O que ele descobre antes do filme atingir meia hora é que o recorde de milhas aéreas não será a solução harmônica objetivada.
É lógico que estamos falando de noções de ritmo diferentes. Mas elas se entrelaçam no que concerne um blog de cinema como Claquete.
Quem é leitor antigo do espaço, certamente já notou inovações e adequações que ao longo do tempo resultaram em um blog melhor, mais completo, multimidiático e que se preocupa em atender demandas cinéfilas de um público adulto, inteligente, sofisticado, bem informado e com opiniões fortes acerca do que gosta ou desgosta.
Em janeiro, em editorial, o leitor foi advertido de que mudanças se espraiavam. Colunas e seções estavam sendo aposentadas, algumas novas surgindo, com o objetivo de promover um novo ajuste rítmico na rotina do blog. O frisson da temporada do Oscar anuviou essas mudanças.
O desfile, agora com novo ritmo, continua e com muitas estrelas. Em março, o filme nacional Bruna surfistinha ganha destaque. Voltam a ser publicadas semanalmente a coluna Cantinho do DVD e a mostra Panorama, que neste mês agracia o diretor indicado ao Oscar David O. Russell. Vamos aferir se nomeação ao Oscar foi incidental ou merecida dentro do contexto da carreira do cineasta. Em março também chega uma reportagem especial sobre o cinema em tempos de internet. A internet modificou a relação do cinema com o público? Vai modificar? E qual o papel da pirataria nesse tabuleiro?
O ritmo ainda é incerto, mas o batuque já tá quente que tá danado!

6 comentários:

  1. Com muito ritmo o Claquete desfila com ótimos textos sobre cinema.

    Vamo que vamo, já ansioso com o que vem por aí!

    ABS.

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  2. E vamos no ritmo do cinema, vendo o desfile de bons textos do Claquete.

    bjs, Reinaldo.

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  3. Tutz tutz tutz

    =)

    gostei mto da proposta sobre as novas tendências do cinema e sua relação com o público devido à popularizaçãoda da internet.

    Mas o espaço dedicado ao Louro José, vou passar reto rs. Ao menos, por enquanto... rs


    abraço, meu caro!

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  4. Opa, o tempo urge e a Sapucaí é grande, rsrsrs

    Fiquei animada com as novas perspectivas. De novo, ficam os meus votos de sucesso nesta nova fase.

    Bjs

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  5. Ainda bem que o ritmo continua forte... Pensava que, depois do Oscar, a bateria ia desandar no ritmo! rsrsrsrs

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  6. Rodrigo :Poxa Rodrigo, obrigado mesmo pelo embalo (e pela letra do samba...)rsrs.
    Abs

    Amanda: Valeu Amanda. Obrigadão. Bjs

    Elton: rsrs. Valeu meu chapa! Abs

    Aline: A fase já não é tão nova assim (muitas colunas e seções já ficaram para trás), mas ela vai ficar mais transparente sem o frisson do Oscar...
    Obrigado pelos votos! Bjs

    Kamila: rsrs. É carregada no melhor dos combustíveis: o amor pelo cinema! Bjs

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