sábado, 12 de março de 2011

Cantinho do DVD

A Warner e a DC Comics sofreram em 2010 o primeiro revés na tentativa de rivalizar com a Marvel no cinema. Enquanto a editora (e estúdio) se prolifera no cinema com personagens tidos do segundo escalão (Homem de ferro, Hulk, Thor e Capitão América), a Warner (que distribui e produz os filmes da DC) aposta todas as suas fichas em Lanterna verde em 2011. O primeiro termômetro, Jonah Hex, herói pouco conhecido fora do mercado americano não foi bem no cinema. O filme, que até traz um elenco estrelado, capengou nas bilheterias e foi um sonoro fracasso. Não arrecadou nem metade do que custou. A Warner só não se avexa de vez porque a produção não teve a pompa que Lanterna verde está recebendo. Contudo, ficam algumas lições. A maior delas não é nenhuma novidade. Não precisa seguir piamente o material original, mas deve-se guiar por ele. E não se refere apenas a história, mas ao espírito da obra. Jonah Hex, que é o destaque de Cantinho do DVD desta semana, está aí para provar por A mais B que a Marvel não está dando certo no cinema por acaso.




Crítica
Na febre por adaptações de HQs muita coisa ruim é produzida. Mas pior do que isso é ver bons materiais adaptados de maneira desleixada e preguiçosa. Essa é a sensação que predomina após uma sessão de Jonah Hex – o caçador de recompensas (Jonah Hex, EUA 2010). O filme, um dos maiores fracassos de bilheteria de 2010, nem mesmo chegou aos cinemas brasileiros, sendo distribuído diretamente em DVD.
A fita de Jimmy Hayward se baseia em um célebre personagem do selo adulto da DC Comics. Jonah Hex mistura elementos do Western, gênero cinematográfico muito apreciado nos EUA que rende bons frutos em outras mídias, com características sobrenaturais. Jonah Hex é um pistoleiro sem pátria, que após uma experiência de quase morte pode se comunicar com os mortos, e atua como caçador de recompensas. O filme opta por criar um embate moral que em si nunca convence. Hex (Josh Brolin no limite da canastrice) após desertar do exército vira alvo de um militar lunático (John Malkovich, no piloto automático). A trama investe nesse confronto entre o bom e o mau como uma tentativa de se viabilizar. Optasse por aproveitar o humor negro do original e por uma narrativa menos convencional talvez fosse mais bem sucedido, pelo menos do ponto de vista qualitativo. O filme não é ruim, mas lançado em uma época em que produções baseadas em HQ estão em um nível de qualidade crepuscular, soa ingênuo um filme como Jonah Hex. Perto de O cavaleiro das trevas e Homem de ferro, o filme estrelado por Josh Brolin é apenas um entretenimento modesto.
Uma ou outra piada funciona bem e vale a pena conferir as participações especiais. Aidan Quinn aparece barbudo como o presidente americano, Jeffrey Dean Morgan faz um defunto que guarda mágoas de Hex, Michael Fassbender (cada vez mais in desde Bastardos inglórios) faz um capanga amalucado e Megan Fox faz uma reprodução de Mikaela (sua personagem em Transformers) no tempo das diligências.

5 comentários:

  1. Tenho curiosidade em conferir, apesar de achar que este tipo de adaptação de quadrinhos já está cansando um pouco.

    Abraço

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  2. Vixe, assisti esse filme. E olha Reinaldo,achei muito ruim. Ruim mesmo. O roteiro é um fiasco e deu a entender pelo menos pra mim que fizeram este filme para um público muito teen, tanto que o filme soou infantil em diversos momentos. Enfim, achei uma grande decepção!

    []s

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  3. Está aí um filme que eu nunca tive vontade de ver e agora menos ainda, hehe.

    bjs

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  4. Veria pela presença do Michael Fassbender, mas só por isso mesmo...

    Beijos! ;)

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  5. Hugo:Esse tipo em particular, Hugo, já parece não ter mais espaço...
    Abs

    Kleber: Valeu. Bem vindo ao clube e sinta-se a vontade. Abs

    Alan: É... é bem fraco mesmo. Abs

    Amanda: rsrs. Nós e nossas vontades né? Bjs

    Mayara: Há quem acredite que esse filme será descoberto no futuro não por causa de Megan Fox. Não por causa de Josh Brolin. Mas sim em virtude de Michael Fassbender...
    Bjs

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