Dando gás na lenda!
A releitura da clássica história de chapeuzinho vermelho vem embalada pela aura do hit adolescente Crepúsculo. Mas isso o leitor/espectador já sabia. A diretora Catherine Hardwicke contava com isso para incrementar a audiência de seu filme, A garota da capa vermelha (Red riding hood, EUA 2011). O que o leitor/espectador não sabia é que o filme se pretende maior que a lenda. A grandiloquência de Hardwicke contrasta, não só com o caráter fabular de Chapeuzinho vermelho, como com o péssimo trabalho do elenco, a direção de arte amadora, a fotografia pouco imaginativa e o roteiro capenga. A sensualidade cortejada pelo argumento do filme perde em erotismo para a versão infantil do conto em mais uma profanação desse longa pouco feliz em entreter.
Valerie (Amanda Seyfried) está dividida entre dois garotos de seu vilarejo, um pobre (Shiloh Fernandez) e outro rico (Max Irons), a quem já está prometida. Enquanto trama uma fuga com seu amor pobre, o vilarejo volta a ser alvo dos ataques de um lobisomem. Para não perder o conto original de vista, Valerie tem uma ligação com sua avó (uma encabulada Julie Christie) que mora no coração da floresta.
Valerie (Amanda Seyfried) está dividida entre dois garotos de seu vilarejo, um pobre (Shiloh Fernandez) e outro rico (Max Irons), a quem já está prometida. Enquanto trama uma fuga com seu amor pobre, o vilarejo volta a ser alvo dos ataques de um lobisomem. Para não perder o conto original de vista, Valerie tem uma ligação com sua avó (uma encabulada Julie Christie) que mora no coração da floresta.
O triangulo amoroso nunca convence. Shiloh Fernandez tenta emular Robert Pattinson através de caretas e gestos obtusos e algumas opções de Hardwicke reforçam a fragilidade do filme – como, por exemplo, focar os olhos de todo e qualquer personagem como tentativa de afligir a platéia sobre a identidade do lobo. Um recurso que rapidamente se esgota, mas Hardwicke parece não se dar conta disso.
São muitos os defeitos de A garota da capa vermelha, mas um inegável trunfo do filme, a despeito da péssima direção de atores, é Gary Oldman. Visivelmente hiperbólico, e naturalmente confortável nessa situação, Oldman cria um padre inquisidor caricato, mas aprazível. É o ator quem responde pelo mínimo de interesse que esse filme, que ainda assim é superior ao primeiro Crepúsculo como cinema, possa despertar.
O gás na lenda passou do ponto. Convém à diretora deixar a fantasia de lado e voltar à abordagem que fazia tão bem dos “jovens reais” em filmes como Aos treze (2003) e Os reis de dogtown (2005).
Mesmo já sabendo que é ruim [o que era de se esperar], estou afim de conferir. Consigo ficar curioso com esta versão da Chapeuzinho, mesmo sabendo que é genérico do Crepúsculo, rsrs
ResponderExcluirAté mais!
Alan: Rsrs. Nisso vc é igual a mim. Quero ver todos os filmes. Mesmo aqueles que sei que serão ruins.
ResponderExcluirAbs
Alan: Nisso vc é igual a mim! Eu sempre quero ver qualquer filme, mesmo sabendo que ele é ruim de doer...
ResponderExcluirAbs
E aquela clássica cena: "você, por que esses olhos tão grandes?" hehe. Fico triste que a idéia parecia tão boa...
ResponderExcluirbjs
Amanda: Essa cena é vergonhosa. Deixa o esdrúxulo para trás...
ResponderExcluirBjs
Discordo da crítica. A melhor atuação não foi a do inquisidor... foi a do lobo animado digitalmente. hahaha!
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