Todo cineasta, principalmente aqueles mais inventivos, gosta de demonstrar para o público – principalmente quando lhe dão o aparato para isso – o grande contador de histórias que é. Christopher Nolan rodou O grande truque (The prestige, EUA 2006) com esse intento. The prestige, como bem explica o personagem de Michael Caine , é o momento em que o mágico completa sua mágica. Em que faz o imponderável. 
E o imponderável ronda O grande truque. O filme é, em um riquíssimo exercício de metalinguagem, o prestige de Chris Nolan. Em que ele depois de ter feito uma promessa, com o filme Amnésia (the pledge, o primeiro ato do mágico) e uma virada com o primeiro filme do Batman (The turn, o segundo ato do mágico), encena o terceiro e mais elaborado ato de todos. O grande truque é deslumbrante em termos narrativos. Desde a insidiosa técnica (a vibrante fotografia, a direção de arte monumental, o figurino exato e etc) até a delineação dos personagens. Os amigos mágicos vividos por Christian Bale e Hugh Jackman (os interpretes de Wolverine e Batman; outro hype que Nolan abraçou assim como o vilão de Robin Willians em Insônia e os atores de Matrix em Amnésia) cedem gradativamente a uma obsessão vil e incontornável que destruirá não só a amizade deles como também suas vidas.
Nolan amadurece alguns pontos que já havia abordado em Insônia e Amnésia e, ao final de seu filme, tece um comentário um tanto quanto insidioso em relação a eles. Para o diretor, o homem é o reflexo de suas ações. Sejam elas quais forem. São elas, e a ideia que fazemos delas, a cova em que nos deitamos.
E o imponderável ronda O grande truque. O filme é, em um riquíssimo exercício de metalinguagem, o prestige de Chris Nolan. Em que ele depois de ter feito uma promessa, com o filme Amnésia (the pledge, o primeiro ato do mágico) e uma virada com o primeiro filme do Batman (The turn, o segundo ato do mágico), encena o terceiro e mais elaborado ato de todos. O grande truque é deslumbrante em termos narrativos. Desde a insidiosa técnica (a vibrante fotografia, a direção de arte monumental, o figurino exato e etc) até a delineação dos personagens. Os amigos mágicos vividos por Christian Bale e Hugh Jackman (os interpretes de Wolverine e Batman; outro hype que Nolan abraçou assim como o vilão de Robin Willians em Insônia e os atores de Matrix em Amnésia) cedem gradativamente a uma obsessão vil e incontornável que destruirá não só a amizade deles como também suas vidas.Nolan amadurece alguns pontos que já havia abordado em Insônia e Amnésia e, ao final de seu filme, tece um comentário um tanto quanto insidioso em relação a eles. Para o diretor, o homem é o reflexo de suas ações. Sejam elas quais forem. São elas, e a ideia que fazemos delas, a cova em que nos deitamos.
O filme mesmo sendo confuso se torna agradável
ResponderExcluir!!!
Adoro "O Grande Truque". A única coisa que lamento é que "O Grande Truque" e "O Ilusionista" tenham sido lançados no mesmo ano. Acho que, por isso, muita gente nem lembra muito da genialidade que são esses dois filmes. Os dois dão uma aula de roteiro bem feito e de história bem arquitetada. Adoro ambos!
ResponderExcluirBeijos!
Não imaginava que esse filme pudesse ser tão interessante e o melhor é que tá sempre passando na Warner, rsrsrs Perdi semana passada, mas aposto q na próxima tem mais :P Já está na minha lista de prioridades.
ResponderExcluirBeijos
Confesso, não assisti ainda. Vou corrigir o quanto antes.
ResponderExcluirbjs
Acho esse infinitamente superior à O Ilusionista, filme que eu considero bom, mas pelo final, porque o decorrer do filme em si, o romance e tudo, não me cativou. Diferente de O Grande Truque, que do começo ao fim te deixa com os olhos grudados na tela. Essse filme, assim como a maioria dos de Nolan estão na minha estante, no lugar de honra!
ResponderExcluirMarcelo: Não acho o filme confuso não... abs
ResponderExcluirKamila: Pois é, teve essa coincidência. Só penso diferente de vc. Acho que essa artimanha do destino (e de distribuidoras)fez com que o público atentasse e comparasse as duas obras. Eu, por exemplo, gosto muito dos dois. Mas prefiro com ênfase o filme de Nolan. bjs
Aline: Depois de o cavaleiro das trevas, é o melhor filme de Nolan. bjs
Amanda: Como não? Bora corrigir isso... bjs
Laís:Tb tem lugar de honra na minha estante. Mas tenho de fazer justiça a O ilusionista. Acho um filme de muitas camadas. Acontece que este aqui tem mais... bjs