domingo, 15 de agosto de 2010

ESPECIAL OS MERCENÁRIOS - Insight

O cinema brucutu em todo o seu esplendor

Na última sexta-feira estreou aquele que promete ser o filme brucutu definitivo. Pelo menos em números absolutos, Os mercenários se garante. Vamos a eles: explosões? Check. Tiros ao ponto de ensurdecer desavisados? Check. Mocinha em perigo? Check. Piadas canastras em profusão? Check. Sylvester Stallone? Check. Arnold Swarzenegger? Check. Bruce Willis? Check. Jason Stathan? Check. Um país de terceiro mundo de nome fictício? Check. Fiapo de história? Check. Protagonista declarando que os “heróis da década não são homens”? Check.
Os mercenários é o supra-sumo do gênero ação. E, mais que isso, quer sê-lo. A grande gozação do filme é se vender como a hipérbole que é. Mas há predecessores legítimos. O cinema brucutu é um conceito que, embora pareça grosseiro, é dos mais bem definidos e alinhados do cinema contemporâneo. Surgiu, como não podia deixar de ser, nos anos 80. De uma variação de westerns típicos (como Era uma vez no oeste) com thrillers urbanos que apostavam em protagonistas carismáticos (Operação França e a série Desejo de matar).

Gene Hackman em dos clássicos da ação dos anos 70: Operação França, de William Friedkin, influencia até hoje

Esse tipo de filme tem como diretrizes, histórias que girem em torno de honra, mesmo que não na superfície, camaradagem e sobre a “coisa certa”. Os mercenários reúne as três características. Embora nossos heróis sejam mercenários (e o conceito de honra torne-se movediço), eles estão imbuídos de uma missão nobre: derrubar um ditador. Missão esta que só se torna mais digna de honra a medida que o filme avança. Há a camaradagem, explicitada no relacionamento dos personagens (nesse tipo de filme a nostalgia com o passado é de vital importância), e há a coisa certa a se fazer. Seja quitar dívidas com o passado, seja aliviar a consciência, seja fazer do mundo, um lugar melhor. O cinema brucutu é regido por esses três princípios e todos os apêndices que produções estreladas por todo esse pessoal que está no filme, e Jean Claude Van Damme e Steven Seagal que se negaram, apresentaram.
Os mercenários encerra uma era. Provavelmente ainda haverá filmes brucutu por aí (afinal, Jason Stathan e Jet Li ainda são garotos), mas o ato final está encenado. Em todo o seu esplendor.


Stallone e Stathan, dois dos expoentes do cinema brucutu: a galera reunida

7 comentários:

  1. Nunca gostei deste tipo de filme, não tenho paciência para ver sete explosões por minuto, sem contar que deve ser um terror ver Satallone na tela grande do cinema... HAHAHAHA.
    Mais, pelo que andei lendo, o filme não está ruim de bilheteria.

    Reinaldo, aconteceu algo.. chato. Meu blog está com problemas de HTML e não está querendo postar, eu posto mais o post não aparece, um colega que entende do assun já viu e bem.. não tem concerto pelo visto, bem, até cheguei a fazer outro endereço (eodiabodissenao.blogspot.com), mas é provável que não vá pra frente. Bem.. é isso, rs
    Valeu por tudo =)

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  2. Nossa, bela análise!
    Quase me fez querer assistir ao filme, o q também me fez ter um pouco de medo de vc, rsrsrs Brincadeira :P

    Bjs

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  3. Seria bom se fosse encerramento, mas vc mesmo falou que já estão pensando em continuação... Bom, de qualquer forma ainda estou na dúvida de se irei conferir no cinema ou não.

    bjs

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  4. Ain.. só vim, meio que, resolver um caso, rs
    Você deve ter lido meu comentário acima, pois bem, meu blog voltou ao normal hahaha.

    Até mais.

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  5. Alan: Que bom que seu blog voltou a funcionar normalmente. Marcarei presenla lá. As usual. abs

    Aline: Seus elogios são sempre graciosos. Obrigado Aline. bjs

    Amanda:Não é o encerramento Amanda. É o ato final, guardando as devidas proporções, é o que Eastwood fez com o western em Os imperdoáveis. Podem ter quinze Os mercenários. O cinema brucutu finda aqui com este. bjs

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  6. Adoro Operação França! Jimmy "Popeye" Doyle é um clássico!

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