Para onde está indo a carreira de Jennifer Aniston?
Jennifer recebe um globo de ouro por sua atuação em Friends: depois do fim do seriado ele nunca mais voltou as cerimônias de premiação como indicada
Ela é seguramente uma das mulheres mais bonitas do cinema. Por algum tempo foi uma das mais invejadas também. Casada com o ator Brad Pitt entre 2000 e 2005, dividiu os holofotes de sua vida pessoal com os holofotes do estrondoso sucesso na sitcom americana Friends. Antes do fim (traumático e difamatório) do casamento com Pitt, acabou o ganha pão de Jennifer na TV americana. Em muito por força da vontade da própria atriz que já ambicionava uma carreira no cinema mais ativa (algo difícil de conciliar com um programa de TV no ar), em parte porque o programa já caminhava para seu esgotamento.
Apesar de participações em alguns filmes e seriados, a carreira de Jennifer Aniston não existia antes de Friends. Como todo ator de sucesso na TV nos anos 90, a atriz foi convidada a se experimentar no cinema. O cinema independente foi o primeiro a abrir suas portas. Nosso tipo de mulher (1996) surgiu enquanto Friends ainda não era um sucesso absoluto. O filme, dirigido por Edward Burns, não exigia absolutamente nada de Jennifer, mas ela demonstrou desenvoltura cômica e potencial dramático na comédia romântica agridoce de Burns. Seguiram-se filmes mais comerciais que, de uma forma ou de outra, obedeciam ao arquétipo deixado pelo filme de Burns. Paixão de ocasião (1997), A razão do meu afeto (1998) e Como enlouquecer seu chefe (1999) traziam Jennifer em filmes como quem a acompanhava semanalmente na TV gostaria de vê-la. Ou seja, afastando-se um pouco da icônica Rachel Green, mas não muito. Foi a partir da união com Pitt e da consolidação de Friends como maior acontecimento midiático da TV no período (cada membro do elenco chegou a ganhar U$ 1 milhão por episódio entre 2001 e 2004), que Jennifer passou a perceber que tinha potencial para ser uma legítima estrela de cinema tal qual Julia Roberts, a maior daquele momento.
Apesar de participações em alguns filmes e seriados, a carreira de Jennifer Aniston não existia antes de Friends. Como todo ator de sucesso na TV nos anos 90, a atriz foi convidada a se experimentar no cinema. O cinema independente foi o primeiro a abrir suas portas. Nosso tipo de mulher (1996) surgiu enquanto Friends ainda não era um sucesso absoluto. O filme, dirigido por Edward Burns, não exigia absolutamente nada de Jennifer, mas ela demonstrou desenvoltura cômica e potencial dramático na comédia romântica agridoce de Burns. Seguiram-se filmes mais comerciais que, de uma forma ou de outra, obedeciam ao arquétipo deixado pelo filme de Burns. Paixão de ocasião (1997), A razão do meu afeto (1998) e Como enlouquecer seu chefe (1999) traziam Jennifer em filmes como quem a acompanhava semanalmente na TV gostaria de vê-la. Ou seja, afastando-se um pouco da icônica Rachel Green, mas não muito. Foi a partir da união com Pitt e da consolidação de Friends como maior acontecimento midiático da TV no período (cada membro do elenco chegou a ganhar U$ 1 milhão por episódio entre 2001 e 2004), que Jennifer passou a perceber que tinha potencial para ser uma legítima estrela de cinema tal qual Julia Roberts, a maior daquele momento.
Enquanto dizia sim para projetos que a direcionavam para esse objetivo, como Todo poderoso (2003) e Quero ficar com Polly (2004), Jennifer tornou a se aventurar pelo cinema independente. Rock Star (2001) e Por um sentido na vida (2002) colocaram a atriz fora de sua zona de conforto. No primeiro filme, ela faz um papel coadjuvante simplório em um filme com pretensões artísticas nunca alcançadas, enquanto que no segundo, ela se experimenta em um papel dramático bastante diferente da maneira como o público se acostumou a vê-la. Embora Jennifer tenha sido bem sucedida (do ponto de vista da atuação) nas duas incursões, os filmes não renderam (tanto na bilheteria quanto na crítica) o esperado. E Friends continuava, para o bem e para o mal, como parâmetro para tudo que Jennifer experimentasse.
O recomeço após o fim
Com Friends e Brad Pitt para trás era hora de trilhar o caminho para o sucesso do jeito que ela queria. E Jennifer Aniston alternou projetos seguros (e por seguro entenda-se que encontraria um público saudoso de sua persona na TV) como Dizem por aí (2005) com apostas em outros gêneros como no thriller Fora de rumo (2005). De qualquer maneira o projeto de ser um sucesso comercial eclipsava qualquer pretensão artística. E mesmo estrelando uma comédia romântica diferente, como Separados pelo casamento (2006) ou uma comédia dramática mais sofisticada, como Amigas com dinheiro (2006), Jennifer Aniston encontrava dificuldade em se desvencilhar da forma como as pessoas a queriam ver. Como a mulher traída de Brad Pitt que só sabe fazer comédias e olhe lá. Se em 2008 ela esteve em um verdadeiro campeão de bilheteria, esse fato pouco se deve a ela. Marley & eu seria um sucesso de qualquer maneira. Adaptado de best seller, filme família, de cachorro e lançado na época de natal é receita certa e vacinada. Jennifer teve a sorte de aí sim, escolher um projeto com timing perfeito. No principio de 2009 ela acertou de novo ao entrar para o elenco do sucesso de bilheteria estrelado, Ele não está tão a fim de você. Mas de novo, o filme já era um acerto, independentemente de Jennifer. Ainda em 2009, ela estrelou um filme renegado pelo público americano (que segue a mesma linha “comédia romântica madura” de Separados pelo casamento), O amor acontece foi para a atriz o que seus dois filmes anteriores não tinham sido. Uma tragédia em termos de timing. Caçador de recompensas (seu mais recente lançamento nos cinemas) pena nas bilheterias americanas e não deve chegar aos U$ 100 milhões (quantia necessária para deixar de ser considerado um fracasso). A comédia de ação traz Jennifer Aniston novamente como a Jennifer Aniston dos tempos áureos de Friends. Só que agora o público parece cansado dessa imagem. O mesmo público que não permitiu que ela mudasse de imagem.
Em dezembro de 2008, à época do lançamento de Marley & eu, a atriz foi capa da Entertinment weekly: mais um recomeço para JenCom Friends e Brad Pitt para trás era hora de trilhar o caminho para o sucesso do jeito que ela queria. E Jennifer Aniston alternou projetos seguros (e por seguro entenda-se que encontraria um público saudoso de sua persona na TV) como Dizem por aí (2005) com apostas em outros gêneros como no thriller Fora de rumo (2005). De qualquer maneira o projeto de ser um sucesso comercial eclipsava qualquer pretensão artística. E mesmo estrelando uma comédia romântica diferente, como Separados pelo casamento (2006) ou uma comédia dramática mais sofisticada, como Amigas com dinheiro (2006), Jennifer Aniston encontrava dificuldade em se desvencilhar da forma como as pessoas a queriam ver. Como a mulher traída de Brad Pitt que só sabe fazer comédias e olhe lá. Se em 2008 ela esteve em um verdadeiro campeão de bilheteria, esse fato pouco se deve a ela. Marley & eu seria um sucesso de qualquer maneira. Adaptado de best seller, filme família, de cachorro e lançado na época de natal é receita certa e vacinada. Jennifer teve a sorte de aí sim, escolher um projeto com timing perfeito. No principio de 2009 ela acertou de novo ao entrar para o elenco do sucesso de bilheteria estrelado, Ele não está tão a fim de você. Mas de novo, o filme já era um acerto, independentemente de Jennifer. Ainda em 2009, ela estrelou um filme renegado pelo público americano (que segue a mesma linha “comédia romântica madura” de Separados pelo casamento), O amor acontece foi para a atriz o que seus dois filmes anteriores não tinham sido. Uma tragédia em termos de timing. Caçador de recompensas (seu mais recente lançamento nos cinemas) pena nas bilheterias americanas e não deve chegar aos U$ 100 milhões (quantia necessária para deixar de ser considerado um fracasso). A comédia de ação traz Jennifer Aniston novamente como a Jennifer Aniston dos tempos áureos de Friends. Só que agora o público parece cansado dessa imagem. O mesmo público que não permitiu que ela mudasse de imagem.
Novos rumos
Recentemente a atriz manifestou ao site Contact music a vontade de dirigir. Alegou que chegou naquele ponto da carreira em que se cansou e gostaria de se experimentar. Como atriz ela tem engatilhado, ainda para esse 2010, The Switch, mais uma comédia dramática em que Jennifer se vê em apuros em uma relação conjugal.
Na verdade, a idéia de dirigir (segundo o site Contact music o projeto já estaria até mesmo em desenvolvimento), oriunda dessa dificuldade de assumir o controle de sua carreira propriamente dita. Jennifer Aniston tinha um plano. Mas os caprichos da vida e do público, que a fama com Friends e Brad Pitt constituiu, não permitiram que ele fosse executado a contento. A direção vem como mais um grito de socorro. Como parecem ter sido essas comédias dramáticas em que sua personagem não necessariamente tem um final feliz.
Recentemente a atriz manifestou ao site Contact music a vontade de dirigir. Alegou que chegou naquele ponto da carreira em que se cansou e gostaria de se experimentar. Como atriz ela tem engatilhado, ainda para esse 2010, The Switch, mais uma comédia dramática em que Jennifer se vê em apuros em uma relação conjugal.
Na verdade, a idéia de dirigir (segundo o site Contact music o projeto já estaria até mesmo em desenvolvimento), oriunda dessa dificuldade de assumir o controle de sua carreira propriamente dita. Jennifer Aniston tinha um plano. Mas os caprichos da vida e do público, que a fama com Friends e Brad Pitt constituiu, não permitiram que ele fosse executado a contento. A direção vem como mais um grito de socorro. Como parecem ter sido essas comédias dramáticas em que sua personagem não necessariamente tem um final feliz.
O contraposto de Friends nunca veio. Há quem diga que a atriz é a mais reconhecível e mais bem sucedida do elenco do antigo seriado. Essa impressão é apenas uma impressão. Jennifer Aniston está exatamente no mesmo ponto da carreira cinematográfica que estava quando atuava no seriado. A única coisa que está maior é o desgaste do público para com ela. Vale lembrar que ela era a única com pretensões de virar estrela de cinema. As pretensões dos demais atores, evidentemente mais modestas, podem até mesmo não ter sido plenamente realizadas, mas em termos de proporcionalidade, eles foram mais felizes em seus intentos.
Jennifer Aniston é boa atriz. Já mostrou isso em mais de uma oportunidade. Contudo, parece impossível evitar o pensamento de que é uma daquelas atrizes que foram engolidas pela celebridade que nela afloraram.
Jennifer Aniston é boa atriz. Já mostrou isso em mais de uma oportunidade. Contudo, parece impossível evitar o pensamento de que é uma daquelas atrizes que foram engolidas pela celebridade que nela afloraram.
É difícil acreditar que "Friends" será o auge da carreira da Jennifer Aniston, porque, quando o programa terminou, muita gente preveu uma carreira cinematográfica de sucesso pra ela, mas o desenho que se faz é outro. Acho que Jennifer errou muito por tentar se filiar demais ao filão de comédias românticas. Nesses filmes, ela repete os mesmos trejeitos que a gente via com Rachel Greene. Ela não se desafia, não modifica sua imagem. Ela não gosta de sair da sua zona de conforto. E isso é triste! Estou no time daqueles que esperavam mais da Jennifer.
ResponderExcluirÉ uma pena msm, que ela não se arrisque. Se bem que a Jennifer vai ser que nem a Sandra Bullock, logo logo ela fará um dramalhão e será ovacionado e pode ganhar o Oscar. Competência ela tem. Mas como todo mundo sabe, ela não se arrisca não se põe a uma prova. Espero que eum dia, ela acorde querendo ser atriz não apenas a garota das comédias !
ResponderExcluir#prontofalei ! hehehehe
É, não sei até que ponto o público não permitiu que ela mudasse a imagem conforme você falou. Ela que se arriscou pouco mesmo, aceitou papéis de comédia romântica que nos fazia lembrar da Rachel. O próprio ex dela é um exemplo que lutou para se libertar do estereótipo de galã adolescente e conseguiu. Achou-a melhor atriz que Bullock, poderia ir além com um pouco de empenho.
ResponderExcluirKamila:Tb esperava mais de Jennifer. Mas não acho que a culpa da carreira dela não ter correspondido as expectativas, até agora, seja só dela. Como defendi no artigo(de forma fundamentada), penso que a carreira de Jennifer está onde está por um acúmulo de fatores. É bem como está no artigo mesmo. Bjs
ResponderExcluirAlan: Drama, drama ela já fez Alan. Por um sentido na vida é um belo filme. Ela, inclusive, chegou a ser cotada para o Oscar. Contudo, entre ela e Sandra Bullock existe uma premente diferença. Sandra já tinha sido namoradinha da América e campeã de bilheteria. Jennifer Aniston nunca foi nenhuma dessas duas coisas. O fato de vir da TV (e não ter vingado como estrela de cinema) também não ajudam nessa previsão. Posso estar errado, mas salvo uma radical reinvenção em sua carreira, o Oscar não está no horizonte de Jennifer.
Amanda: Concordo que ela tenha se arriscado pouco Amanda. Mas ela assim o fez por causa da baixa recptividade do público e da critica a esses trabalhos. Imagine vc, tentando se vibilizar no cinema e sendo cobrada por agentes, indústria e por um público cativo a fazer mais do mesmo. Administrar uma carreira e uma imagem pública não é mole não. A seção Insight aqui do blog vai repercutir mais alguns casos ilustres como o de Jennifer. Conto com sua audiÊncia.
Bjs