Não estranhe a frase, mas Jennifer Lawrence é o mais próximo
de uma unanimidade que Hollywood chegou desde Marlon Brando. Líder em buscas no
Google (experimente começar a escrever Jen... e aí ela aparece), com uma base
estabelecida de fãs e um grupo de admiradores que só faz crescer, Jennifer
Lawrence desafia convenções a cada ano. Intérprete da maior heroína do cinema
desde Sarah Connor ou Ellen Ripley, a Katniss Everdeen de Jogos Vorazes, e
oscarizada com apenas 22 anos, se prepara para com 23 anos buscar seu segundo
Oscar e, esse último dado já é dado como certo, arregimentar sua terceira
indicação à estatueta em cinco anos.
O mundo parece estar aos pés de J. Law como gostam de
chamá-la. Ela parece suportar a pressão de ser a nova namoradinha da América.
Julia Roberts, eterna detentora do posto, que deve ser sua rival na categoria
de atriz coadjuvante no Oscar disse outro dia que J.Law é muito bacana para ser
a namoradinha da América. Inveja? Ressentimento? Ou seria um diagnóstico
certeiro tanto de Lawrence como dos padrões vigentes do status de american
sweetheart?
A especulação é tentadora, mas Roberts somente deixa
transparecer uma coisa: o bonde passa e os cães ladram. Jennifer Lawrence é uma
epidemia irreversível em Hollywood. Disputada por franquias, diretores de
vulto calibre e adorada por colegas de trabalho, a atriz já frequenta listas de
personalidades mais influentes do mundo sem sequer manifestar interesse de
opinar sobre o que quer que seja.
Em entrevistas, demonstra afetuosidade e cabeça no lugar.
Nega deslumbramento com Hollywood e diz adorar cinema. “Não sei como tem gente
que reclama da divulgação dos filmes. Eu estou recebendo rios de dinheiro para
fazer o que gosto. Não posso reclamar”, disse certa vez em um de seus corriqueiros
surtos de sinceridade.
Jennifer Lawrence já recebeu muitas postagens aqui no blog e
não dá pistas de que essa tendência será revertida. É, segundo a média das
críticas, quem mais chama a atenção no afinado elenco de Trapaça, novo filme de
David O. Russell. Nenhuma novidade aí. Uma das regras de J.Law é chamar a
atenção, sem fazer muito esforço para isso, onde der as caras. Seja em um
filme, em um tapete vermelho, em uma entrevista, ou mesmo aqui em Claquete.
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