(Antes da) Meia-noite levarei sua alma
Nova versão de um dos maiores clássicos do terror promete muita carnificina no cinema para um público já acostumado ao torture porn de filmes como Jogos mortais e O Albergue
Sam Raimi procurou Fede Alvarez depois deste último ter
feito sucesso na internet com um curta em que robôs gigantes invadem e destroem
Montevidéu (Ataque de pânico). A razão do contato era a possibilidade de fazer um longa a partir
daquele filme. Nem Alvarez nem Raimi souberam precisar exatamente como o papo
que bateram sobre cinema, e o gênero de horror em particular, levou-os ao
remake de A morte do demônio. O filme, bem mais hardcore do que a versão
original, na avaliação que Alvarez fez ao New York Times, é uma reimaginação do
filme de 1981 que pôs Sam Raimi no mapa e iniciou uma das séries mais cults da
história do cinema, no Brasil conhecida sob a alcunha Uma noite alucinante. Raimi decidiu patrocinar a estreia do uruguaio tanto no
cinema americano como na direção de longas. Sucesso absoluto de público – o
filme custou cerca de U$ 17 milhões e já rendeu somente nos EUA mais de U$ 45
milhões – uma sequência de A morte do demônio já está em pré-produção. “Terá
uma pegada mais humorística”, entrega Alvarez à Total Film.
Alvarez orienta uma de suas vítimas: sem poupar o elenco |
Uma das grandes diferenças entre essa reimaginação e o original
é justamente a pouca atenção ao humor. A outra é a ausência do personagem Ash
Williams, vivido por Bruce Campbell – de volta como produtor executivo na nova
versão. A razão para essas mudanças estruturais, segundo Alvarez, é forjar uma
identidade própria para a nova versão. “Ash é um personagem muito icônico. Não
acho que seria de bom tom atualizá-lo”. Alvarez conta que Raimi lhe deu total
liberdade e concordou com essa percepção. Outra ideia do diretor foi usar o
mínimo possível de recursos do CGI (os famigerados efeitos especiais). “Era de
bom tom manter a aura de terror do original”, brinca Alvarez com seus tons
sobre tons. Para ele, uma produção que abusa do CGI afasta o espectador. “Não
foi fácil para o elenco”, disse à revista brasileira Preview.
Esse elenco é composto majoritariamente por jovens. Shiloh
Fernandez, que já esteve em A garota da capa vermelha, e Jessica Lucas, que já
esteve em filmes como O pacto e Cloverfield – o monstro, são os menos
desconhecidos. A trama é a mesma do original. Cinco amigos vão para uma cabana
remota onde encontram um livro dos mortos que desperta demônios que moram na
floresta. Entre possessões e o grotesco nonsense como um estupro realizado por
uma árvore, A morte do demônio promete uma experiência que os filmes de horror
de hoje não conseguem oferecer: imersão total.
Confira Sam Raimi e Fede Alvarez falando sobre A morte do demônio
Tenho sempre muito rceio em relação a filmes de suspense/terror. Mas, tenho lido bons comentários sobre "A Morte do Demônio", o que me faz querer arriscar a ida ao cinema para conferir o filme.
ResponderExcluirAssim, mesmo tirando conscientemente o humor, tem muitos momentos trash que a gente ri, até de nervoso. Assim como tem muito mais horror que medo ou susto. Estômagos fracos é melhor não encarar a sessão depois de comer. hehe. Mas, a parte final vale e nos faz sair satisfeitos. Principalmente porque brinca com a questão icônica da saga. Belo apanhado, Reinaldo.
ResponderExcluirbjs
Kamila: Que isso Ka? Mergulhe no terror! rsrs
ResponderExcluirAmanda: Obrigado Amanda. Bem, um filme trash não poderia renegar completamente a sua origem, né?
bjs