sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cenas de cinema

A majestade veneziana

Há quem diga que George Clooney nasceu americano por erro de cálculo. Já que creem ser sua alma, italiana. O astro americano tem residência fixa na Itália e sempre dá as caras no principal festival de cinema do país. Em 2009 não poderia ser diferente. Dessa vez, Clooney tinha um álibi. Essa semana, esteve em Veneza divulgando seu mais recente trabalho, a comédia de humor negro The men who stare at Goats. Nova colaboração com o amigo Grant Heslov, produziram e roteirizaram juntos Boa noite e boa sorte, que aqui estréia na direção de longas.


O estilo dele
Foi exibido ontem o drama A single man, aguardada estréia na direção do estilista americano Tom Ford. E agradou. O filme que conta com as participações de Julianne Moore, Colin Firth e Matthew Goddie versa sobre um homem mergulhado em profunda depressão após a morte de seu parceiro. Os críticos presentes em Veneza elogiaram a contundência do primeiro trabalho de Ford atrás das câmeras.

A nova ironia de Soderbergh
O diretor mais inquieto do cinemão americano lança seu segundo longa em menos de 3 meses. O desinformante teve premiere mundial em Veneza no último dia 7. No filme Matt Damom faz um informante vigarista em uma complexa e multifacetada investigação federal que tem seus próprios planos. O filme ainda não tem data de estréia confirmada no Brasil. Mas como tem Damom, tem distribuição garantida. Algo que Soderbergh não tem conseguido assegurar somente com seu nome.


Chavez é coisa de cinema
O presidente Hugo Chavez polarizou atenções em sua passagem por Veneza. Não bastasse ser objeto de um documentário que suscita polêmicas, realizado pelo outrora polemizador americano número 1 Oliver Stone, o ditador venezuelano fez questão de endossar a visão de Stone enaltecendo o desprendimento e a sagacidade do cineasta.Para muitos ele estava se auto elogiando.


Ponte aérea Veneza- Rio
Aconteceu em Woodstock, novo filme de Ang Lee, presidente do júri da edição do festival de Veneza desse ano, abrirá o festival do Rio em 24 de setembro. A fita já participou da competição oficial em Cannes e é um dos lançamentos mais aguardados desse fim de ano. O cineasta, ao contrário de Quentin Tarantino, ainda não confirmou presença no festival.

O verdadeiro rei do mundo
Esse ano James Cameron volta a ativa e é bom que ele permaneça por perto. Seu alardeado reinado está por um fio. O candidato ao trono é o visionário e gente fina John Lasseter. Essa semana ele recebeu, das mãos emblemáticas de George Lucas, outro Midas do cinema, o primeiro leão de ouro de honra não apenas para si, como para sua empresa, a Pixar. Lasseter é a principal mente por trás do segmento mais criativo e lucrativo do cinema atual.

Sábado de favoritos ou de surpresas?
Amanhã serão divulgados os vencedores do 66º festival de Veneza. Existem os favoritos e existem os favoritos ao posto de azarão. Entre os mais vitaminados estão Life during wartime de Todd Solondz, Capitalism: A love story de Michael Moore, Persécution de Patrice Chereau e A single man de Tom Ford. Os mais bem posicionados para roubar a cena são os dramas Lourdes de Jéssica Hausner e o americano A estrada de John Hillcoat que também pode valer um prêmio de interpretação para Viggo Mortensen.

Filme surpresa
No fim de semana passado já havia aparecido um. My son, my son, what ye done de Werner herzog, agora surge outro, o filipino Lola, que causou verdadeiro alvoroço no festival. Lola fala sobre os problemas sociais na Filipinas sob o ponto de vista de duas avós ligadas pela tragédia. O neto de uma, matou o neto da outra. A pergunta que fica é: Por que que os dois filmes surpresa provocaram reações mais entusiasmadas do que muitos dos anunciados previamente? E por que eles tinham de ser surpresas?

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