10 diretores internacionais que valem o ingresso
OBS:Clique no título do filme na lista de recomendados para ver o trailer do filme.
10 - Oliver Hirschbiegel (Alemanha)
O diretor alemão chamou a atenção do mundo com o epílogo da vida do mais aterrador e controverso líder da história da Alemanha. A queda -as últimas horas de Hitler concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro. O diretor, então recrutado por Hollywood enveredou para o cinema de terror, com o remake Os invasores. Os produtores não gostaram de sua abordagem por demais sombria e impuseram uma versão arrematada pelos irmãos Watchoski de Matrix. O filme foi um fracasso e a director´s cut é que salvou o filme em DVD. Agora o diretor finaliza Five minutes from heaven.
Recomendado:
A queda - as últimas horas de Hitler
9- Bernardo Bertolucci (Itália)
Dos poucos diretores a já ter ganho de tudo. Oscar, Veneza, Cannes, Berlim. O diretor já ganhou prêmios de todas as proveniências. E seu cinema se comunica candidamente as mais diferentes platéias. Entre seus principais filmes, o vencedor do Oscar O último imperador (1987), o clássico inconteste O conformista(1970) e aquele que pode ser definido como sua obra prima, o impactante O último tango em Paris (1972).
Avesso a grandiloqüencia, quando cedeu a ela, não obteve grande sucesso como em O pequeno Buda (1993), um arroubo de vaidade, mas quando a evita realiza filmes antológicos e eternos como Assédio(1998) e Prima del rivoluzione (1962) , ainda em inicio de carreira. Seu último trabalho foi o fetichista e auto emulante Os sonhadores (2003), filme envolvente e que rememora o exercício de erotismo que fascinou meio mundo em O último tango em Paris.
Recomendados:
O último tango em Paris
Assédio
Beleza roubada
O conformista
8- Philippe Garrel (França)
Diretor de longo currículo. É notório em seu trabalho a influência tanto do cinema de autor, endeusado pela Nouvelle Vague francesa, quanto do cinema de recursos e congruência de técnicas como montagem, roteiro e atuação. Garrel ultimamente tem se debruçado sobre o ócio das relações cotidianas. Investigado como as bifurcações do amor nos levam a sandices e negações. Seus trabalhos mais relevantes atualmente são aqueles em que colabora com seu filho o ator Louis Garrel.
Recomendados:
Amantes constantes *
Wild innocence *
A fronteira do alvorada *
7 – François Ozon (França)
Ozon é daqueles diretores que não teme em se experimentar. A verve de seu cinema remete a Hitchcock, de quem é admirador confesso. Contudo, seu cinema em parte, supera o de seu mentor artístico. Ozon demonstra a mesma habilidade na elaboração de um suspense( Swimming pool - À beira da piscina) quanto na sustentação de um drama pesado( O tempo que resta).
Sua intenção, obviamente nunca foi rivalizar com Hitch, ao construir uma galeria tão plural de filmes no entanto, ele excede a vã admiração que nutre por Hitch para se posicionar ao seu lado. São obras eloqüentes de Ozon o suspense com retoques cômicos 8 mulheres em que reúne todo o time de grandes atrizes francesas,Amantes criminais(2000) em que ri, embora não seja uma comédia, das formas em que criminosos entendem o amor e sua forma de se manifestar. E ainda o sublime Sitcom- nossa linda família (1998), sobre como a tragédia vista de longe pode ser engraçada.
Recomendados:
Swimming pool - à beira da piscina
8 mulheres
Angel
6- Michael Haneke (Austria)
O diretor naturalizado alemão acaba de ganhar a Palma de ouro pela segunda vez em cannes por seu novo trabalho, A fita branca. Drama em que investiga as raízes do nazismo em uma Alemanha pré – primeira guerra mundial, o filme deve chegar ao país ainda em 2009, e já é um dos fortes candidatos ao Oscar do próximo ano. O trabalho de Haneke divide opiniões. O diretor faz uso da violência em seus filmes como um recurso estilístico. O que é saudado por uns como despreendimento narrativo e discurso pacifista, é tido por outros como sadismo exacerbado. Fato é que seu Violência gratuita(1997) que ano passado ganhou um remake americano dirigido pelo próprio Haneke escancara uma classe média estática e suscetível ao incomodo que seu filme almejava. Caché(2005) filme francês do diretor que polarizou a atenção por onde quer que tenha passado também mira na classe média e nos preconceitos que nela jazem. Contudo, para muitos seu melhor filme é A professora de piano (2001), também violento, mas uma violência mais psicológica do que explicita. Para Haneke é a violência que melhor explica a condição humana.
Recomendados:
A professora de piano
Violência gratuita
5 -Zhang Yimou (China)
Diretor de extrema técnica, capaz de conduzir sets mínimos como em Tempo de viver (1994) ou grandiosos como em herói (2002). Yimou sabe como produzir belas imagens. Sempre buscando ângulos novos, o diretor recentemente se apaixonou pelo cinema de artes marciais. Mas também ali, encontrou beleza e poesia como em seus trabalhos mais notórios. O clã das adagas voadoras(2004), saga sobre guerreiros assassinos é tão belo e dono de tantas sutilezas quanto Nenhum a menos (1999), sobre professora que perdeu uma aluna. Yimou é hoje quem melhor faz o corpo a corpo entre o cinema do ocidente e do oriente.
Recomedados:
Herói
Nenhum a menos *
Lanternas vermelhas *
4- Domingos de Oliveira ( Brasil)
Ele não tem os prêmios que outros cineastas da lista tem. Mas a filmografia do diretor brasileiro é tão sólida quanto a de qualquer um na lista. Longe da ferverção da critica e do público, Oliveira tem a liberdade para criar e seguir suas obsessões. Os relacionamentos, conjugais principalmente, são a pedra filosofal de sua obra. Separações(2005), Deliciosas traições do amor (1973) e Juventude(2008) montam um painel bastante fiel da obra do diretor. Contudo há outros grandes momentos como feminices(2005) e seu mais recente filme todo mundo tem problemas sexuais (2009).
Recomendados:
Juventude
Feminices *
Todo mundo tem problemas sexuais *
3- Costa – Gravas (Grécia)
O diretor, também naturalizado alemão, ficou conhecido como cineasta da esquerda. Seu cinema é politico, mas o diretor admitiu recentemente em entrevista não entender o porque de ser definido como esquerdista. Z(1969) e Estado de Sítio(1973) são tidos como perolas da esquerda no cinema, mas foi o júri presidido por Costa – Gravas quem deu a Tropa de Elite, considerado um filme fascista pela Vanity fair, o urso de ouro em Berlim ano passado. Uma demonstração do quão desajustadas podem ser as convicções em torno de uma obra. Fato é que os melhores filmes de Costa – Gravas são mais recentes. O americano O quarto poder (1997), sobre a força que a imprensa representa, o francês O corte (2005), um curioso olhar sobre os desdobramentos do desemprego e o alemão Amém (2002), em que relativiza a função soberana da igreja.
Recomendados:
O quarto poder
O corte
Amém
Z
2- Alfonso Cuarón ( México)
Diretor de grande esmero visual. Cuarón também é conhecido por ser um competente interlocutor da fase mais alvoroçada de nossas vida. A adolescência. Foi seu trabalho em E sua mãe também(2001), filme mexicano sobre os pormenores de crescer, que lhe valeu o carimbo para dirigir o terceiro filme de Harry Potter, O prisioneiro de Askaban(2004). São dele também o romance com toques de fantasia Grandes esperanças(1998) e o thriller futurista Filhos da esperança (2006).
Recomendados:
Filhos da esperança
E sua mãe também
Grandes esperanças
1- Ang Lee (Taiwan)
Não há cineasta no mundo hoje que consiga imprimir sutilezas em temas tão espinhosos com a habilidade de Ang Lee. O diretor que já arranjou problemas com a censura chinesa e ganhou um Oscar por um filme sobre amor homossexual, construiu uma filmografia robusta e interessante. Com trabalhos nos EUA em que desafia a lógica comercial, o desvalorizado Hulk(2003) e o pouco visto Tempestade de Gelo (1998) e trabalhos em seu país que lhe permitem aprimorar seu ofício como em O Tigre e o dragão (2000) e Banquete de casamento (1993), Lee desenvolveu um repertório abrangente e ao mesmo tempo específico que encontra em O segredo de Brokeback Mountain(2005) seu grande momento.
Recomendados:
O segredo de Brokeback Mountain
Tempestade de gelo
Desejo e perigo
* Não há trailers disponíveis
Oi, posso dá uma dica?
ResponderExcluirO filme As Horas com Meryl Streep.
Perfeito.
Eu já ví quase 300 vezes.
Beijos pra você!
Oie, queria agradecer pelo seu comentário no meu blog, e dizer que ele não falará sobre algo especifico mas sim por coisas que passam pela minha cabeça e que acho importantes. :)
ResponderExcluirSucesso com seu blog.