Alfonso Cuarón realiza um filme solar, apesar de suscitar alguns dilemas e conflitos, E sua mãe também é um filme colorido, sexy, altivo e comunicativo. A fita tem a qualidade de dialogar indiscriminadamente com um público tão diverso quanto reticiente a interferências externas. É aqui que reside a maior virtude da película de Cuarón.
A seguir o trailer do filme e a minha critica:
Crescer é preciso!
Alfonso Cuarón realiza em E sua mãe também( Y Tu Mama También, MEX 2001) talvez o mais eloqüente e fiel retrato daquela fase em que a adolescência teima em partir. No filme dois amigos inseparáveis se aventuram em uma viagem para a praia, simbolo mor da idílica composição adolescente, e também se aventuram com uma mulher casada que vai orientar sexualmente os dois.
E sua mãe também é sexy, colorido e engraçado. Mas antes de ser isso tudo, é um filme delicado que explora com interesse genuíno todo um ritual de descobrimento e consciência. É nessa "simbólica" viagem que ambos serão confrontados com a urgência de crescer.
Road movies( filmes ambientados em viagens e deslocamentos físicos) são, por estrutura narrativa, convidativos a introspecção. Aqui não é diferente. Cuarón esgota todas as temáticas que seu plot sugere. O valor da amizade, o conceito de traição, a necessidade de amadurecer, o prazer de viver, o sexo e como todos esses elementos se combinam.
É com extrema satisfação que se percebe o vigor da história. E como Cuarón evita as soluções fáceis. O fim de seu filme é original, arrojado e plenamente fiel ao espírito dos personagens e da trajetória que eles construíram para si. E sua mãe também valoriza o cinema de autor ao mesmo tempo que se inscreve como um título de apelo popular.
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