Uma nova forma de ganhar dinheiro em Hollywood
A Commodity Futures Trading Commission, órgão regulador das transações do mercado norte-americano de commodities, aprovou no mês passado a primeira venda oficial de papéis baseados em desempenhos de bilheteria de filmes. A regulamentação ainda deve passar por outros órgãos reguladores e ser ratificada no congresso, mas se as coisas se mantiverem no curso atual, será possível para qualquer um investir em filmes, tal qual se faz com empresas que tenham capital aberto na bolsa de valores.
A iniciativa da empresa Movie Derivatives Inc. irá conduzir uma experiência com o filme Takers, dos estúdio Screen Geems, para amadurecer o modelo que será apresentado ao congresso americano. Na prática a coisa funciona assim: Você compra as “ações” de um filme por um valor pré-fixado no momento em que ele é anunciado e o valor dessas “ações” vai variando conforme os rumos da produção. Por exemplo, se Angelina Jolie assina para viver a protagonista, a possibilidade de uma bilheteria maior aumenta, assim como a valorização das “ações”. Dessa maneira, na onda do dinheiro virtual, muita gente faria dinheiro com um sucesso de bilheteria. Isso, justamente, é o que anda incomodando a Motion Picture Association of America (MPAA), principal entidade que representa os interesses dos estúdios de cinema. Incomoda a indústria saber que muita gente pode lucrar em sua seara. Existe também a preocupação de manipulação de dados e desempenhos. Todos sabemos o quão nocivo é o mundo de Wall street. Os números de bilheteria e desempenhos de filmes (com campanhas de marketing pró ou contra demolidoras) são muito mais suscetíveis a desarranjos típicos do mercado financeiro do que se pode supor a princípio. Para não falar na posição confortável em que estúdios ficariam para manipular números, estimativas e distribuição de seus próprios filmes no mercado americano, já que estaria em jogo garantir o próprio pão. Para quem gosta de cinema, mesmo que como negócio, o melhor que poderia acontecer neste cenário é que essa proposta não avance no congresso americano. A probabilidade de isso acontecer é a mesma de que não aconteça. Tem gente graúda defendendo a ideia assim como tem gente graúda contra. Como sempre, ficamos no meio do tiroteio.
A Commodity Futures Trading Commission, órgão regulador das transações do mercado norte-americano de commodities, aprovou no mês passado a primeira venda oficial de papéis baseados em desempenhos de bilheteria de filmes. A regulamentação ainda deve passar por outros órgãos reguladores e ser ratificada no congresso, mas se as coisas se mantiverem no curso atual, será possível para qualquer um investir em filmes, tal qual se faz com empresas que tenham capital aberto na bolsa de valores.
A iniciativa da empresa Movie Derivatives Inc. irá conduzir uma experiência com o filme Takers, dos estúdio Screen Geems, para amadurecer o modelo que será apresentado ao congresso americano. Na prática a coisa funciona assim: Você compra as “ações” de um filme por um valor pré-fixado no momento em que ele é anunciado e o valor dessas “ações” vai variando conforme os rumos da produção. Por exemplo, se Angelina Jolie assina para viver a protagonista, a possibilidade de uma bilheteria maior aumenta, assim como a valorização das “ações”. Dessa maneira, na onda do dinheiro virtual, muita gente faria dinheiro com um sucesso de bilheteria. Isso, justamente, é o que anda incomodando a Motion Picture Association of America (MPAA), principal entidade que representa os interesses dos estúdios de cinema. Incomoda a indústria saber que muita gente pode lucrar em sua seara. Existe também a preocupação de manipulação de dados e desempenhos. Todos sabemos o quão nocivo é o mundo de Wall street. Os números de bilheteria e desempenhos de filmes (com campanhas de marketing pró ou contra demolidoras) são muito mais suscetíveis a desarranjos típicos do mercado financeiro do que se pode supor a princípio. Para não falar na posição confortável em que estúdios ficariam para manipular números, estimativas e distribuição de seus próprios filmes no mercado americano, já que estaria em jogo garantir o próprio pão. Para quem gosta de cinema, mesmo que como negócio, o melhor que poderia acontecer neste cenário é que essa proposta não avance no congresso americano. A probabilidade de isso acontecer é a mesma de que não aconteça. Tem gente graúda defendendo a ideia assim como tem gente graúda contra. Como sempre, ficamos no meio do tiroteio.
A Viva a Indústria, hehe. Temo pela qualidade dos filmes, afinal, pela bilheteria, os estúdios podem começar a apelar demais... Mas, acho que ainda tem espaço para o Cine Arte.
ResponderExcluirAh, já passei aqui, mas não tinha comentado. Legal o novo Lay out. Ainda me acostumando a ver o claquete pela direita, hehe. Mas, legal.
bjs
Espero que não aconteça isso.
ResponderExcluirIsso parece muito com um site chamado Hollywood Stock Exchange!!!!
ResponderExcluirAmanda: Obrigado Amanda. Que bom que gostou.
ResponderExcluirQuanto a esse novo modelo de negócios, temos todos motivos para ficarmos apreensivos...
bjs
Alan: Eu tb. Abs
Kamila: Exatamente. Eu conheço este site. Não sei dizer se pertence a mesma empresa, a Movie Derivatives, mas dá para dizer que em Hollywood, coincidência é uma coisa difícil de acontecer...
bjs